Olá
pessoal,
Muitas pessoas nessa época de pandemia se
encontram numa situação de insolvência. E em muitos casos essa situação é
decorrente de um erro muito comum cometido por pessoas sem uma educação
financeira adequada para investir o seu suado dinheiro: pegar todas as suas
reservas (emergência e oportunidade) e “empoçar” num imóvel físico, seja ele um
terreno, um apartamento ou uma casa, após uma recomendação de terceiros. No
final das contas, essa pessoa fica com todo o patrimônio imobilizado em um
único imóvel e sem reservas.
O conceito de que os imóveis físicos serão
sempre um porto seguro e são como as aplicações em renda fixa dos bancos, está
enraizado na cultura brasileira, conforme já expliquei em alguns artigos (ver aqui)
e (ver
aqui). Mas na verdade eles são renda variável, pois os preços são
determinados pela oferta e demanda do mercado. Neles predominam os riscos de
liquidez, que é o risco de não conseguir vender naquele momento pelo preço
desejado, e de vacância, que é o risco do inquilino solicitar o distrato do
contrato de aluguel. Então, o que acontece? Muitas pessoas com perfil de risco
conservador, sem conhecer a fundo o mercado imobiliário, seguiram recomendações
de terceiros (alguns com conflito de interesse) há vários anos atrás, na
esperança de auferir um ganho de capital expressivo num momento de boom imobiliário.
Mas investimento ruim é a coisa mais comum que existe, ainda mais se tratando
de investimentos grandes com baixa liquidez.
Nesse momento de pandemia, onde muitas
pessoas insolventes com dinheiro empoçado precisam de reservas financeiras
desesperadamente para quitar as suas obrigações, mas não tem e terminam se
endividando, é necessário fazer algumas reflexões. Primeiramente, é necessário
evitar as dívidas na pessoa física, pois as dívidas empobrecem o indivíduo e o
afastam cada vez mais da possibilidade de se tornar independente. Após se
conscientizar disso, é necessário “desempoçar” o dinheiro que era da reserva o
mais rápido possível, nem que para isso tenha que arcar com um prejuízo, pois
um único investimento ruim é como um câncer para o patrimônio do indivíduo, vai
se desvalorizando ao longo do tempo até não valer quase nada. Após desempoçar,
é necessário quitar todas as dívidas, e caso sobre algum capital repor as
reservas e começar a se educar financeiramente para começar a investir, ou por
conta própria ou por delegação a um profissional.
O indivíduo deve ter em mente que o ser
humano está sujeito a errar constantemente em sua vida para que possa aprender.
Com o dinheiro não é diferente. Por maior que seja o prejuízo com o “desempoçamento”
do dinheiro, procure encarar como um custo de aprendizado. Mas não demore muito
a tomar uma decisão, pois quanto mais tempo você demorar, mais você retardará o
efeito benéfico dos juros compostos nos seus investimentos. Pense nisso com
carinho, por favor. Para que você possa compreender melhor essa situação,
recomendo ler esse livro abaixo onde o autor mostra um caso típico de “empoçamento”.
https://www.amazon.com.br/gp/product/8568905153/ref=as_li_qf_asin_il_tl?ie=UTF8&tag=blogsejaindep-20&creative=9325&linkCode=as2&creativeASIN=8568905153&linkId=a4e47b53aa5fce57355e28e62775a9b9
Abraços,
Seja
Independente
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