sábado, 11 de julho de 2020

Está com dinheiro empoçado né minha filha?




Olá pessoal,

  Muitas pessoas nessa época de pandemia se encontram numa situação de insolvência. E em muitos casos essa situação é decorrente de um erro muito comum cometido por pessoas sem uma educação financeira adequada para investir o seu suado dinheiro: pegar todas as suas reservas (emergência e oportunidade) e “empoçar” num imóvel físico, seja ele um terreno, um apartamento ou uma casa, após uma recomendação de terceiros. No final das contas, essa pessoa fica com todo o patrimônio imobilizado em um único imóvel e sem reservas.
  O conceito de que os imóveis físicos serão sempre um porto seguro e são como as aplicações em renda fixa dos bancos, está enraizado na cultura brasileira, conforme já expliquei em alguns artigos (ver aqui) e (ver aqui). Mas na verdade eles são renda variável, pois os preços são determinados pela oferta e demanda do mercado. Neles predominam os riscos de liquidez, que é o risco de não conseguir vender naquele momento pelo preço desejado, e de vacância, que é o risco do inquilino solicitar o distrato do contrato de aluguel. Então, o que acontece? Muitas pessoas com perfil de risco conservador, sem conhecer a fundo o mercado imobiliário, seguiram recomendações de terceiros (alguns com conflito de interesse) há vários anos atrás, na esperança de auferir um ganho de capital expressivo num momento de boom imobiliário. Mas investimento ruim é a coisa mais comum que existe, ainda mais se tratando de investimentos grandes com baixa liquidez.
  Nesse momento de pandemia, onde muitas pessoas insolventes com dinheiro empoçado precisam de reservas financeiras desesperadamente para quitar as suas obrigações, mas não tem e terminam se endividando, é necessário fazer algumas reflexões. Primeiramente, é necessário evitar as dívidas na pessoa física, pois as dívidas empobrecem o indivíduo e o afastam cada vez mais da possibilidade de se tornar independente. Após se conscientizar disso, é necessário “desempoçar” o dinheiro que era da reserva o mais rápido possível, nem que para isso tenha que arcar com um prejuízo, pois um único investimento ruim é como um câncer para o patrimônio do indivíduo, vai se desvalorizando ao longo do tempo até não valer quase nada. Após desempoçar, é necessário quitar todas as dívidas, e caso sobre algum capital repor as reservas e começar a se educar financeiramente para começar a investir, ou por conta própria ou por delegação a um profissional.


  O indivíduo deve ter em mente que o ser humano está sujeito a errar constantemente em sua vida para que possa aprender. Com o dinheiro não é diferente. Por maior que seja o prejuízo com o “desempoçamento” do dinheiro, procure encarar como um custo de aprendizado. Mas não demore muito a tomar uma decisão, pois quanto mais tempo você demorar, mais você retardará o efeito benéfico dos juros compostos nos seus investimentos. Pense nisso com carinho, por favor. Para que você possa compreender melhor essa situação, recomendo ler esse livro abaixo onde o autor mostra um caso típico de “empoçamento”.   

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Abraços,
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