segunda-feira, 30 de março de 2020

Ninguém fica rico na Bolsa no curto prazo

Olá pessoal,
                            
  Hoje eu vou falar sobre uma verdade nua e crua que muitos investidores iniciantes resistem em aceitar. Mas após uma experiência como essa pela qual estamos passando, o investidor iniciante aprende a duras penas, inclusive quem já tem alguns poucos anos de prática como eu. A verdade é que ninguém fica rico na Bolsa no curto prazo (em poucos anos), pois para que isso aconteça é necessária uma larga experiência de vários anos. A experiência é adquirida apenas vivenciando o mercado ano após ano, como diz o jargão no mercado “skin in the game” (colocando a pele em risco).   
  Geralmente, quem começa a investir no mercado financeiro tem a falsa sensação de que está no controle (comigo não foi diferente) e sendo assim, conseguirá alcançar a independência financeira nos primeiros anos e ficará rico em uma década, por exemplo. E acredito que seja até natural pensar assim por ser uma característica muito comum do ser humano a ganância, que por sua vez leva ao excesso de otimismo. E é esse excesso que pode levar um investidor à ruína. É imperativo que o investidor tenha em mente que a construção de um patrimônio que o torne rico leva várias décadas, mas somente quando é adotada uma boa estratégia com uma pitada de sorte. Se não vejamos o caso de Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos e um dos homens mais ricos do mundo (veja aqui). Ele começou a investir aos 11 anos de idade, ou seja, são quase 80 anos de acumulação com o efeito dos juros compostos. Por isso que 99% de sua fortuna atual foi acumulada após os 50 anos de idade, ou seja, após 40 anos de investimento. Em um dos primeiros artigos do blog falei sobre o exemplo dele (veja aqui). Mas é importante ressaltar que, como eu havia falado anteriormente, é necessária a adoção de uma boa estratégia e um pouco de sorte. No caso do bilionário de 89 anos, ele teve todos os ingredientes necessários para alcançar o topo. Teve um pai corretor de ações que o ajudou muito com conhecimento. Começou a investir muito cedo, ainda na infância. Teve vários mentores importantes ao longo do caminho. E teve a sorte de nascer no país mais rico do mundo. É um outlier!           
  Portanto, é de se esperar que nem todos os investidores consigam superar os recordes de investidores como Warren Buffett. Até porque não se trata apenas de ter todos os ingredientes ou não. Também se trata de ter o perfil. E o verdadeiro perfil do investidor é reconhecido ao longo do tempo. Não são todas as pessoas que têm paciência para esperar 40 anos até o bolo crescer o suficiente para torna-lo verdadeiramente rico. Paciência conta muito para quem quer ingressar nesse ramo.  
    
Abraços,
Seja Independente

sábado, 28 de março de 2020

Afinal, por que investimos?

Olá pessoal,
                            
  Hoje eu vou refletir um pouco sobre o(s) motivo(s) pelo(s) qual(is) investimos o nosso suado dinheiro. Eu sei que muitas pessoas vão pensar que esse não é o momento ideal para refletirmos sobre isso. Mas eu tendo a discordar, pois eu acredito que após essa crise passar muitas pessoas sentirão uma necessidade maior de poupar e investir os seus recursos, não apenas no nosso país, mas no mundo inteiro. Elas irão perceber que o dinheiro é um importante aliado nos momentos mais difíceis das nossas vidas, como nesse momento atual pelo qual estamos passando. Como também é nos momentos mais felizes. Vamos refletir.       
   Muitas pessoas não gostam de investir, isso é fato. Ou por desconhecimento ou por medo se afastam do mercado financeiro, afirmando que é um cassino. E optam por investir apenas em imóveis físicos, por se sentirem mais a vontade. E existem aqueles que não gostam de investir em nada pelos mais variados motivos e comumente se endividam pelo simples fato de não saberem o dia de amanhã e por isso acham que devem aproveitar a vida ao máximo. Qual investidor nunca ouviu isso de algum familiar ou amigo? Muito comum, ainda mais no Brasil, não é mesmo? Mas essas pessoas devem entender que além da expectativa de vida estar aumentando significativamente no mundo inteiro, o mercado de trabalho irá mudar muito também, extinguindo várias profissões que se tornarão obsoletas e criando várias outras na esteira do avanço tecnológico. Sem contar o fato de que muitas pessoas são acometidas ao longo da sua vida laborativa por doenças ocupacionais, degenerativas e terminais, dificultando a sua capacidade de produzir e subsistir. Diante desse cenário, conclui-se que o risco de não investir é muito alto. Imagine você progredindo numa carreira profissional que no futuro se tornará obsoleta e envelhecendo sem nunca ter poupado e investido os seus recursos, mas apenas contribuído para a Previdência Social. Ficará numa situação muito delicada, não é mesmo? O aumento do desemprego gerado pelo avanço tecnológico sem uma educação de boa qualidade para as crianças e os jovens, aliado ao aumento da expectativa de vida, demandará uma poupança com o objetivo primordial de aposentadoria muito maior por parte das pessoas.  
  Além da finalidade previdenciária, o investimento também tem como objetivo a independência financeira, como prega o nome deste blog. Essa busca pela independência financeira surge por uma série de motivos. Você pode estar frustrado com o seu trabalho, independente de você ser um empregado, um autônomo ou um empresário. Você pode estar se sentindo menosprezado por depender financeiramente de algum familiar, podendo ser o pai, a mãe, o irmão(ã), o tio(a), o cônjuge ou até mesmo o filho(a). Ou talvez não seja nenhum desses motivos, você apenas quer aumentar a sua renda para ajudar algum familiar ou amigo. Para qualquer motivo, os investimentos servirão como uma “ponte para o futuro” e cabe a cada investidor construir essa ponte da melhor forma possível. Mas um objetivo em especial que eu gostaria de falar aqui é o objetivo da segurança financeira. Quando você investe com o objetivo de formar a sua reserva de emergência, você pode até achar que não está investindo, mas apenas poupando. Mas isso não é verdade. Você está investindo também (veja aqui). No dicionário a palavra investimento significa “aplicação de capitais com finalidade lucrativa”. Mesmo quando você aplica no ativo mais conservador e com maior liquidez para formar a sua reserva de emergência, como o Selic ou a caderneta de poupança, você está aplicando com a finalidade de lucro, mesmo que aquele lucro não tenha sido suficiente para superar a perda do poder de compra gerada pela inflação do período. O objetivo principal aqui é tentar conservar o poder de compra do capital aplicado com o máximo de liquidez possível. Nesse momento atual torna-se imperioso ter uma boa reserva de emergência, pois não sabemos por quanto tempo essa situação vai perdurar.
  Enfim, acho que a nossa preocupação principal no momento é com a nossa saúde e com a de nossos familiares e amigos, até porque, como havia frisado nesse artigo (veja aqui), se o mundo se acabar por causa dessa pandemia os investimentos passarão a não ter nenhuma importância. Mas, como eu acredito na ciência, acho pouco provável que isso aconteça e sendo assim essa crise nos fortalecerá e nos conscientizará mais acerca da importância dos investimentos, não apenas como um meio de nos prover aposentadoria ou independência, mas também segurança!
  
Abraços,
Seja Independente

sábado, 21 de março de 2020

Reserva de Oportunidade x Reserva de Emergência

Olá pessoal,
                            
  Hoje eu vou falar sobre a diferença entre a reserva de oportunidade e a reserva de emergência num momento crucial para os investidores. Assim como eu falei num dos primeiros artigos do blog sobre a importância da reserva de emergência (veja aqui), eu irei ressaltar a sua importância explicando a diferença entre ela e a reserva de oportunidade.     
   Assim como eu falei no artigo citado acima que a reserva de emergência é um dos principais pilares na formatação de uma carteira previdenciária por servir como uma espécie de “amortecedor de risco” para essas carteiras, volto a ressaltar aqui a sua importância explicando que existe a possibilidade, e é até mais seguro fazer isso, de dividir a reserva em dois “potes”, que são a reserva de emergência propriamente dita e a reserva de oportunidade. Essa última se configura como uma espécie de “caixa” da carteira, ou seja, aqueles recursos alocados em um ativo de alta liquidez e com boa segurança, como é o caso do título público Tesouro Selic. Esse caixa servirá exatamente para aproveitar as oportunidades de compra daqueles ativos com preços bastante descontados em crises econômicas como essa em que estamos vivendo. Mas eu percebo que muitos investidores iniciantes estão cometendo um erro básico que é o de resgatar 100% da reserva de oportunidade e, em alguns casos, até resgatando a reserva de emergência. O investidor deve ter em mente que essa crise econômica, infelizmente, pode se estender por mais alguns meses e até por mais alguns anos dependendo dos efeitos dela na economia. E nesse cenário se torna muito importante ter uma boa reserva de emergência para as necessidades básicas e uma reserva de oportunidade suficiente para aproveitar todas as oportunidades possíveis até o final da crise.
  Acredito ser de suma importância manter a calma e ter a cabeça no lugar nesse momento de turbulência pelo qual estamos passando. Se cada um tomar as precauções necessárias, continuar produzindo da forma como puder e investindo com cautela, sairemos dessa crise muito mais fortes do que antes. É como diz aquele velho ditado: “o que não me mata, me fortalece”. Avante!       
  
Abraços,
Seja Independente

sábado, 14 de março de 2020

Seja resiliente!


Olá pessoal,
                            
  Hoje eu vou falar sobre a importância da resiliência para os investidores iniciantes em meio a essa turbulência nos mercados financeiros ao redor do mundo causada pela pandemia do novo coronavírus e as suas consequências na economia mundial, como foi o caso da guerra de preços do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita. Assim como eu expliquei no artigo anterior sobre o coronavírus (veja aqui), eu irei explicar neste artigo que o investidor não deve seguir o efeito manada e, se for o caso, reavaliar o seu perfil de investidor.     
  É público e notório que após a mudança na política econômica brasileira com a implementação de reformas, programa de privatizações, redução da taxa de juros etc., um sentimento de otimismo e esperança tomou conta dos investidores individuais que já investiam na Bolsa como também encorajou vários brasileiros a investirem sem ter tido nenhum conhecimento prévio, sem nunca ter lido algum livro ou realizado algum curso sobre investimentos, apenas com base em recomendações de casas de análise, mídias especializadas, gerentes de bancos e outros veículos com conflitos de interesses. Portanto, é natural que numa crise mundial como essa que se propague um clima de pânico, ocasionando o famoso “efeito manada”. Nesse tipo de situação, surgem dois tipos de investidor iniciante: aquele que é agressivo, mas ainda não tem o conhecimento necessário para sair ileso numa turbulência como essa, e aquele que acha que é agressivo, mas na verdade é conservador, devendo reavaliar o seu perfil. A mensagem que eu pretendo passar nesse artigo é especialmente para o primeiro tipo de investidor, o agressivo “sem educação financeira”. Não é porque esse tipo de investidor perdeu dinheiro que ele deve desistir. Tem que ser resiliente. É óbvio que ninguém gosta de perder dinheiro. Mas o investidor deve encarar essa perda como um custo de aprendizado. Alguns perdem mais dinheiro do que outros, é verdade. Mas o grande segredo é saber tirar o aprendizado necessário para continuar em frente, e não desistir. Se o investidor perdeu dinheiro, é porque adotou a estratégia errada. Então ele deve procurar adquirir o conhecimento necessário para adotar a estratégia ideal para minimizar as perdas em épocas de crise. Vejam o exemplo do Thiago Nigro, do canal Primo Rico, que começou perdendo cinco mil reais (veja aqui) e hoje é uma celebridade no mundo dos investimentos. Não estou pregando aqui que todos devem seguir os mesmo passos seguidos pelo Thiago, mas sim continuar em frente para alcançar um resultado satisfatório. Já para aquele investidor que se iludiu com “especialistas” achando que iria ficar rico do dia para a noite, mas entrou em pânico e resolveu vender tudo, eu recomendo reavaliar o perfil reconhecendo ser conservador, e não há nenhum problema nisso. E como o investidor descobre se é mesmo agressivo ou se é conservador? Simples: aquele que é conservador se conforma com a perda e resolve nunca mais investir em algo que não sabe e que não tem interesse em aprender. Já o agressivo não se conforma com a perda e resolve continuar estudando sobre o mercado, reverter o prejuízo que teve e continuar investindo até se tornar um “profissional”, como foi o caso de Thiago Nigro.
  Como tudo na vida, apenas a prática diária com disciplina e perseverança é que te torna um especialista, um expert, um conhecedor da matéria. Por exemplo, fiz um curso intensivo de inglês durante dois anos e meio. Mas após a conclusão do curso não fiz outros cursos periódicos, não estudei por conta própria em casa e não conversei em inglês com ninguém. O resultado não poderia ser outro a não ser ainda ter dificuldade para falar e escrever fluentemente. Quando eu viajo para o exterior eu consigo me comunicar com outras pessoas em inglês, mas ainda com dificuldade. Percebam que a dificuldade sempre estará presente enquanto não houver a prática diária suficiente para treinar a sua mente a incorporar aquela habilidade. Com os investimentos funciona da mesma forma. Nunca deixe de investir periodicamente. E quando falo em investir não falo apenas no ato de aportar na corretora, abrir o home broker, escolher o ativo e enviar a ordem de compra. Investir vai muito além disso. Falo também no ato de analisar as demonstrações financeiras dos ativos alocados na sua carteira, tomar as decisões de comprar ou vender um ativo ou vários ativos em um determinado período de tempo, rebalancear a carteira periodicamente etc.     
  Enfim, a mensagem foi passada e acredito que muitos investidores iniciantes irão ler esse artigo e se identificar com ele. Tanto o investidor agressivo sem o devido preparo como o investidor conservador. E cada um deles irá descobrir qual é o melhor caminho para atingir a independência financeira através dos investimentos no futuro. Podem-se delegar os investimentos a um profissional do mercado devidamente habilitado, geralmente no caso do conservador, ou pode-se assumir a gestão da carteira assumindo todos os riscos inerentes a atividade, geralmente no caso do agressivo ou moderado. Eu já decidi o melhor caminho para mim. E você, já decidiu o seu?

Abraços,
Seja Independente

domingo, 8 de março de 2020

A vida do empreendedor brasileiro


Olá pessoal,
                            
  Hoje eu vou falar sobre as dificuldades que o empreendedor brasileiro enfrenta. Um dos primeiros artigos publicados aqui no blog tratou esse assunto de forma bem resumida, com o título “Empresário x Investidor” (veja aqui). Mas desta vez eu vou entrar em maiores detalhes esmiuçando como é a vida do empreendedor brasileiro de fato.   
   Existem muitas dificuldades para o empreendedor brasileiro, mas existem aquelas que pesam mais nas costas do empreendedor. Portanto, vou me ater somente a elas para que o artigo não fique extenso e enfadonho para o leitor. Em minha opinião a carga tributária e os desdobramentos para a apuração e recolhimento dos tributos é a dificuldade mais impactante e comum entre o empresariado brasileiro. Como muitos devem saber, a maioria esmagadora desse empresariado é composta por microempresas e empresas de pequeno porte (veja aqui). Sendo assim, esse empresariado ou é tributado pelo Simples Nacional ou pelo Lucro Presumido, o que significa dizer que a tributação do lucro dessas empresas ocorre no momento do faturamento (na emissão da nota fiscal), ou seja, independente da empresa ter lucro ou prejuízo, o governo recebe a sua participação no negócio antecipadamente, se tornando um sócio desleal, sem correr riscos. Mesmo que o leitor se valha do argumento de que a empresa embute previamente os tributos nos custos dos produtos e serviços vendidos repassando para o consumidor final, sabemos que sempre existirá o risco de arcar prejuízo ao final do ano. Sem contar o fato de que os tributos recolhidos pelo governo não retornam para a sociedade de forma satisfatória, obrigando esse empresário a pagar por educação, saúde e segurança. Mas a dificuldade não para por aqui. Além disso, a complexidade para apuração e recolhimento dos tributos é tamanha que os empresários gastam uma quantidade absurda de tempo e dinheiro para tal (veja aqui), aumentando os custos com honorários contábeis e advocatícios. E se não bastasse esse manicômio tributário, o “sistema” ainda esfola o empresário com tarifas burocráticas como licenças, alvarás, emolumentos cartoriais, taxas de juntas comerciais, taxas de conselhos de classe, etc. Percebam o desafio que é para o empresário brasileiro vender produtos e serviços de boa qualidade para os consumidores finais a um preço justo repassando todos esses custos.
  Outra grande dificuldade para o empresário brasileiro é a mão-de-obra (veja aqui). Não vou aqui me ater à questão da qualificação, mas sim à questão dos custos para se manter um empregado com carteira assinada. Além dos encargos com descanso semanal remunerado, adicional de hora extra e hora noturna (quando houver), adicional de periculosidade e insalubridade (quando houver), 13° salário, férias remuneradas e FGTS, o empresário deve contribuir para o sistema S com base no salário total de cada funcionário a uma alíquota de 20%. Também deve arcar com os custos de auxílio-transporte, auxílio-alimentação, exames médicos, indenização de aviso prévio, atestados médicos de até 15 dias, treinamento de segurança do trabalho, elaboração de programas para prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, etc. Sem contar ainda com as declarações obrigatórias exigidas pelos entes governamentais, como, GFIP, DIRF, CAGED, etc. Para as microempresas e empresas de pequeno porte é inviável repassar todos esses encargos sociais e trabalhistas para os consumidores finais, restando poucas opções ao empresário para solucionar esse problema: ou diminui a margem de lucro ou diminui a contratação de mão-de-obra.
  Assim como eu frisei no artigo “Empresário x Investidor”, irei frisar mais uma vez neste artigo: não sou o dono da verdade e não pretendo aqui persuadir o leitor que é empresário a deixar de reinvestir os lucros. Quem tem perfil empreendedor, sabendo gerenciar capital financeiro e, principalmente, humano, deve continuar reinvestindo na sua empresa. Mas não 100% dos lucros. Como diz aquele velho ditado, “não coloque todos os ovos na mesma cesta”. Pois nunca saberemos como será o dia de amanhã!

Abraços,
Seja Independente

domingo, 1 de março de 2020

Minha opinião sobre o CORONAVÍRUS




Olá pessoal,
                            
  Hoje eu vou falar sobre o assunto mais comentado não apenas na mídia especializada em investimentos, mas na mídia em geral, que é o surto do Coronavírus ao redor do mundo. Vou explicar neste artigo que esse surto não deve ser motivo de preocupação para o investidor de longo prazo. Na verdade representa uma janela de pequenas oportunidades.  
    Como muitos devem se lembrar, já existiram diversos surtos de diferentes tipos de vírus ao longo das últimas décadas, mas nenhum deles foi capaz de dizimar a civilização humana (veja aqui). E todos eles provocaram quedas abruptas nas Bolsas ao redor do mundo, mas por um período curto (veja aqui). Portanto, para o investidor de longo prazo, não há motivo para preocupação, muito pelo contrário, abre-se uma janela de pequenas oportunidades para os investidores, aportando em bons ativos com preços descontados. Há quem discorde, afirmando que esse tipo de vírus está se tornando o mais letal da história recente, com um crescimento de casos registrados bem mais acelerado do que os anteriores, no caso SARS em 2003, gripe aviária (H5N1) em 2006, gripe suína (H1N1) em 2010, etc. Bem, eu sou otimista em relação à evolução da medicina nas últimas décadas e consequente resolução de muitas epidemias que ameaçaram dizimar toda ou quase toda a população mundial. Caso a medicina não consiga conter o avanço do vírus e o mesmo ameace frontalmente a existência da nossa raça humana, o investidor há de concordar comigo que a maior preocupação deixará de ser o dinheiro e sim a nossa própria vida, pois o dinheiro, nesse caso, passa a não ter nenhuma importância.
  O colega investidor deve ter em mente que, independente do avanço do vírus, as empresas e as pessoas continuarão demandando bens e serviços a todo o momento, aumentando os lucros das boas empresas e, consequentemente, os juros e dividendos a serem distribuídos aos investidores. Portanto, não há motivo para pânico. Não é o fim do mundo!

Abraços,
Seja Independente