domingo, 31 de maio de 2020

Agora sou associado da Amazon!

Olá pessoal, 

  Neste final de semana decidi me tornar associado da Amazon para vender livros sobre finanças, investimentos e desenvolvimento pessoal que já li e recomendo. Quem lê os meus artigos aqui no blog sabe da importância que eu dou para os livros. O livro é a ferramenta mais poderosa já inventada pela humanidade para transmitir conhecimento.





  Funciona da seguinte forma: o leitor clica no link do livro à venda pela Amazon e é direcionado para o site dela para efetuar a compra, lembrando que é o mesmo preço divulgado no site, ou seja, o leitor não comprará mais caro por aqui. A diferença é que eu irei ganhar uma comissão por cada livro vendido. Lembrando que não são quaisquer livros. São livros que eu já li, gostei e recomendo para todos aqueles que desejam trilhar o caminho do desenvolvimento pessoal e profissional, e da aquisição de conhecimento em finanças e investimentos. 
  Também quero lembrar que no blog existem artigos falando sobre alguns livros (resenha) que estou vendendo agora por aqui (ver aqui). Fiquem à vontade para ler esses artigos antes de comprar o livro que deseja ler. Esse momento de isolamento social pelo qual estamos passando é uma ótima oportunidade para ler livros que contribuam para o seu desenvolvimento em todos os aspectos da sua vida. Deixem de preguicinha e comecem agora! 

Abraços,
Seja Independente

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Foque sempre em valor!


Olá pessoal,

  Talvez muitos não concordem comigo, mas às vezes tenho a percepção de que muitos investidores iniciantes não costumam focar no detalhe mais importante na hora de investir em ativos de renda variável, que é a geração de valor. Muitos adotam estratégias diferentes do Buy and Hold, como o Swing Trade, onde o investidor compra e vende ativos em um determinado período seguindo recomendações de terceiros, ou operando derivativos, sendo as opções de compra (call) e venda (put) de ações ou índices as mais comuns. E há quem foque exclusivamente no recebimento de dividendos, se baseando no ranking de dividendos, mesmo sem analisar previamente os fundamentos dessas empresas.
  Não vejo como um problema em si adotar essas estratégias, pois depende do perfil de cada investidor. Mas não vejo muita vantagem em adotar essas estratégias para quem não vive do mercado financeiro. Estratégias mais “ativas” tomam mais tempo e aumentam os custos com corretagem e emolumentos. Aconselho focar na estratégia Buy and Hold e focar no aumento da renda proveniente do seu trabalho, pois com essa estratégia é perfeitamente factível alcançar a independência financeira sem correr grandes riscos, até mesmo para aquelas pessoas que não vivem do mercado financeiro e precisam de uma assessoria para investir.
  Há quem pregue no mercado financeiro a adoção da análise fundamentalista e da análise técnica para investir em ações, alegando que um complementa o outro. Particularmente não curto análise técnica, pois não adoto estratégias ativas para a minha carteira. Prefiro a análise fundamentalista para saber se aquela empresa é capaz de gerar valor para o acionista no longo prazo. No final das contas, o investidor irá perceber que o valor gerado pela empresa é o que realmente importa, independente de estar no topo do ranking de distribuição de dividendos em um determinado ano ou ser considerada um case de turnaround por analistas de valores mobiliários.
  É como eu disse anteriormente, depende muito do perfil do investidor. Se ele aceita correr riscos maiores para ter retornos maiores no curto prazo, tudo bem. Vá em frente. Apenas esteja ciente de que vai tomar muito o seu tempo e talvez mais na frente você tenha que assumir as operações como a sua atividade principal. Você vai viver disso. Caso contrário, sugiro adotar mesmo o Buy and Hold como estratégia de investimento e focar na sua ocupação principal. E se não souber ou não tiver interesse em aprender, mas tiver consciência da importância de investir para a preservação do poder de compra, sugiro contratar uma assessoria de investimentos.


Abraços,
Seja Independente

sábado, 23 de maio de 2020

Tenham muita cautela nesse momento!


Olá pessoal,

  Muitos investidores iniciantes neste momento difícil pelo qual passamos estão procurando incessantemente oportunidades de compra de ativos de renda variável na bolsa de valores. Acredito que seja do conhecimento de muitos que o Brasil ganhou 350 mil novos investidores entre março e abril, e o total de “CPFs” investindo na bolsa passou de 2 milhões (fonte). Mas é preciso ter muita cautela nesse exato momento. Vou explicar melhor.
  Estamos vendo no atual momento um descolamento entre o Índice Bovespa e os resultados das empresas. Isso é um sinal de que muitos investidores estão investindo de forma equivocada, pois os fundamentos até mesmo das melhores empresas sofrerão muito nos próximos meses devido à crise econômica causada pela pandemia do covid-19. Para exemplificar segue abaixo o indicador Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP) de algumas ações:

Ambev => 2,56
B³ => 3,63
Itaú => 1,48
Weg => 7,91
Fleury => 4,34
Qualicorp => 4,21
Engie => 4,58
  
  Isso indica que essas ações ainda estão caras. Para quem investe pouquinho nessas ações no mercado fracionário todo mês, pode continuar. Mas para quem investe aproveitando preços descontados recomendo um pouco de cautela. Já quando se trata de ações com P/VP menor que 1, não se trata necessariamente de um indicativo que a confiança naquela empresa está em baixa para o mercado. Depende da empresa e do setor em que ela atua. Se o investidor confia na governança da empresa, no projeto de expansão implementado e no futuro do setor em que ela atua, ele pode continuar investindo nela, com muita cautela.
  Um exemplo típico na minha carteira é a Cogna (antiga Kroton). É uma empresa que é líder em seu setor (educacional), sendo uma das maiores empresas de educação do mundo, e surfou na onda do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), programa do MEC ampliado pelo governo Dilma que beneficiou empresas privadas de ensino superior. Com a redução drástica do programa, o faturamento dessas empresas diminuiu sensivelmente, obrigando-as a cortar custos e despesas e reverem os seus modelos de negócios. Mas a Cogna tem se tornado nos últimos anos a empresa de educação privada mais agressiva em termos de expansão, se transformando numa holding de empresas educacionais nos mais diversos segmentos (veja aqui). Como não existe almoço grátis, esse projeto de expansão implicou em pressões imensas nos seus resultados operacionais. O resultado disso são indicadores comprometidos como margem líquida, ROE, LPA, dentre outros, que assustam os investidores iniciantes que não conhecem a empresa mais a fundo. Com a eclosão da pandemia do covid-19, o P/VP da Cogna tem ficado até abaixo de 0,50, ou seja, tem ficado com um preço bastante descontado, se tornando uma rara oportunidade de compra. Mas quero alertar todos que estão lendo esse artigo que não se trata de uma recomendação de compra.    


  As oportunidades existem para aqueles que sabem analisar os indicadores e os fundamentos das empresas. Não invistam muito dinheiro sem saber o que estão fazendo, pode ser perigoso! Sempre mantenham uma boa reserva de emergência para imprevistos e uma boa reserva de oportunidade e muita paciência para aproveitar as oportunidades!

  Esse gráfico abaixo presente no Livro Investindo em Ações no Longo Prazo do Autor Jeremy J. Siegel (ver artigo) é um clássico da literatura dos investimentos, mostrando que no longo prazo as melhores opções para o crescimento patrimonial dos investidores são as ações de boas empresas!


  Percebam a diferença de retorno real (acima da inflação) entre as ações e os títulos de renda fixa, o ouro e o dólar. As boas empresas são a grande mola propulsora do capitalismo, portanto não há nada mais valioso no mundo do que investir nelas, com cautela e diversificação, obviamente!
 
Abraços,
Seja Independente 



quinta-feira, 7 de maio de 2020

Seja um exemplo para a família e os amigos


Olá pessoal,


  Após você entender o efeito benéfico dos juros compostos ao longo do tempo e a possibilidade de conquistar a independência financeira e até mesmo a riqueza, com certeza você deve estar sentindo falta de algo mais nesse processo de formação de patrimônio através dos investimentos. Acredito que esse algo mais seriam as pessoas ao seu redor, que fazem parte do seu convívio, caminharem juntamente com você nesse processo, tomarem conhecimento da possibilidade real de alcançar as mesmas metas de independência e riqueza e replicarem essa “filosofia de vida” (sim, podemos definir dessa forma) para as outras pessoas, gerando um círculo altamente virtuoso de prosperidade. Mas veremos que isso não é tão simples como parece.
  A cultura de poupança e investimento, muito presente nos países capitalistas mais desenvolvidos, nunca foi predominante no nosso país. Herdamos de Portugal, nossa antiga metrópole, um Estado intervencionista e centralizador que persiste até os dias atuais. Por isso ainda persistem mitos sobre aposentadoria e investimentos no nosso país, como uma Previdência Social “autossustentável”, uma Caderneta de Poupança “segura e rentável” (uma jabuticaba brasileira), um “porto seguro” eterno em imóveis e uma loteria “sempre da sorte”. Essas idiossincrasias brasileiras são frutos de uma cultura perniciosa que atravessa gerações e que nos mantêm ignorantes financeiramente e reféns de promessas demagogas feitas por políticos. Experimentem criticar a sustentabilidade da Previdência Social, ou a segurança dos imóveis, ou a perseverança de quem aposta na loteria todo santo mês. Vão te chamar de tolo ou qualquer outra coisa do tipo. Não é fácil no nosso país disseminar a educação financeira. É quase como pregar no deserto. Para quem está começando, obviamente. E boa parte dessa dificuldade é decorrente do componente cultural que alimenta crenças limitantes nas mentes dos brasileiros de geração em geração.
  Mas há motivos para sermos otimistas. Nunca antes na história do nosso país tivemos tantos disseminadores de educação financeira, disseminação essa aumentada pelo surgimento de digital influencers na área de investimentos e finanças que conseguem apresentar um bom conteúdo em um nível de escala muito grande. Esses influenciadores são a primeira referência de muitos investidores que por sua vez serão os exemplos para a sua família e amigos. Mas o investidor não se torna um exemplo para eles do dia para a noite. Geralmente se torna após se tornar independente e ter disseminado antes a educação financeira como elemento transformador na vida das pessoas. Até lá não sobrarão críticas a você. Até elas verem que você conseguiu atingir o patamar financeiro que você tanto almejava.
  Portanto, caro investidor, comece agora mesmo, alcance todas as suas metas, realize sonhos que você sequer sonhou um dia e seja um exemplo para a família e amigos. Acreditem, é possível! 


Abraços,
Seja Independente

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Posso me tornar rico?


Olá pessoal,

  Talvez alguns investidores se perguntem: “Posso me tornar rico?”. E a resposta é: se você quiser, sim. Se um dos seus objetivos de vida é se tornar rico no futuro, então sim, você se tornará rico um dia através dos seus investimentos. Mas o processo para se alcançar a riqueza através do mercado financeiro não é tão simples assim. 
  O processo é longo, tedioso e requer muita disciplina. É mais uma questão de temperamento do que de inteligência. É preciso antes ajustar o mindset necessário para o enriquecimento no longo prazo, caso contrário o investidor provavelmente desistirá no meio do caminho. Se o investidor acha que não haverá nenhum problema em consumir os rendimentos, deixando de reinvestir para que possa aumentar o efeito exponencial dos juros compostos. Que poderá resgatar os investimentos parcialmente durante o processo. E que poderá aumentar o padrão de vida aumentando os seus gastos, nem que seja necessário se endividar. Então o investidor escolheu o caminho errado para enriquecer. Sugiro escolher outro caminho para tal. Talvez o investidor tenha um perfil mais apropriado para ser um empreendedor, um profissional liberal, um executivo de empresa privada, um funcionário público do alto escalão do governo, etc. Mas não para ser um investidor do mercado financeiro.
  Na cabeça da maioria das pessoas que pretendem um dia se tornarem ricas, o estereótipo perfeito de uma pessoa rica é aquela pessoa que mora numa mansão, veste roupas e joias caras, tem uma coleção de carros esportivos, tem um jatinho particular, etc. Mas esse tipo de estereótipo não faz parte da realidade da maioria dos investidores mais ricos do mundo. E exemplos não faltam. Uma das pessoas mais ricas do mundo, o megainvestidor bilionário Warren Buffett, ainda mora na mesma casa de cinco quartos que comprou em 1957 por US$31.500,00 em Omaha (EUA). Muitos que não conhecem a sua história podem o achar uma pessoa extremamente sovina, mas não sabem que ele é um dos maiores filantropos da humanidade ao lado do seu amigo também bilionário Bill Gates, doando mais de 80% da sua fortuna para diversas instituições filantrópicas. Existe um exemplo também no Brasil. Trata-se do maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores brasileira, o megainvestidor bilionário Luiz Barsi Filho. Ele vai para o seu escritório em São Paulo de metrô, todos os dias. 


Warren Buffett


Luiz Barsi

  Obviamente que não pretendemos criar um estereótipo ao avesso do da maioria das pessoas ricas para esses megainvestidores que fizeram fama e fortuna. Não sugerimos que o leitor faça exatamente o mesmo. Um meio-termo pode ser encontrado no meio do processo tranquilamente. Apenas queremos alertá-los de que o “perfil padrão” de uma pessoa rica não representa exatamente a realidade de um investidor rico, pois o racional por trás do desempenho do investidor rico é diferente do racional por trás do sucesso de uma pessoa rica que trilhou um caminho diferente. Para quem tem um perfil similar ao desses megainvestidores, alcançar a riqueza através dos investimentos será algo bem mais factível do que para aquelas pessoas que não tem. São pessoas muito pacientes, com grande facilidade para entender negócios através da análise de demonstrações financeiras e que levam uma vida simples sem grande ostentação (discretas). 
  O investidor ainda pode estar se perguntando: “tudo bem, eu já entendi. Mas se eu não tiver o perfil ideal, significa dizer que eu não conseguirei alcançar a riqueza através dos investimentos?” E a resposta é: não necessariamente. Dependerá de quão longo é o seu horizonte de investimento, do valor médio mensal investido ao longo do processo – o quanto você consegue poupar e investir mensalmente – e o seu nível de habilidade para selecionar bons ativos para a sua carteira ou do profissional contratado por você para realizar tal atividade, caso não tenha interesse ou aptidão para tal. Então a pergunta que fica é: “O quão disposto você está para se sacrificar no presente com o intuito de enriquecer no futuro?”


Abraços,
Seja Independente

terça-feira, 5 de maio de 2020

A conquista da independência financeira





Olá pessoal,                                                                                                                                                                   
                           
  A independência financeira é o primeiro objetivo a ser alcançado ao iniciar-se a formação de uma carteira de investimentos. Somente após alcançar a independência financeira é que o investidor poderá alçar voos maiores, como tornar-se rico. A busca pela independência financeira, como veremos mais adiante, surge por uma série de motivos.
  O primeiro motivo pode ser a frustração com o seu trabalho, independente de ser empregado, autônomo ou empresário. É uma das coisas mais normais do mundo sentir esse tipo de frustração, é verdade. Mas acredito que ninguém deseja passar uma boa parte da vida trabalhando em algo que não faz sentido para ela ou é muito entediante, mas remunera muito bem, por exemplo. Sem contar que em alguns casos a pessoa termina sendo obrigada a agir de forma antiética para agradar o chefe ou o sócio. Mas independente do motivo da frustração é necessário fazer o “serviço” para colocar a comida na mesa.
  O segundo motivo pode ser o fato de se sentir menosprezado por depender financeiramente de algum familiar, podendo ser o pai, a mãe, o irmão(ã), o tio(a), o cônjuge ou até mesmo o filho(a). Por mais amorosa e pacífica que seja uma relação familiar em que haja uma certa dependência financeira, sempre existirão aquelas pessoas que se recusam a dependerem financeiramente por muito tempo. Acredito que em muitos casos, “cortar esse cordão umbilical” pode até ajudar a melhorar a relação entre os familiares e ser libertador para quem consegue alcançar a independência.
  O terceiro motivo pode ser o simples desejo de aumentar a renda para quem sabe um dia tornar-se rico, usufruir de um bom padrão de vida, ajudar as outras pessoas e ter mais liberdade para fazer outras coisas que dão prazer, como ensinar as outras pessoas a trilharem o mesmo caminho que você percorreu para alcançar a meta desejada. Não sei se o leitor concorda e enxerga isso, mas muitos digital influencers na área de investimentos e finanças surgiram ultimamente no nosso país, incentivando os brasileiros a trilharem o mesmo caminho e servirem de exemplo para as outras pessoas em um processo de círculo virtuoso.


  
  Independente de qual seja o motivo, os investimentos servirão como uma “ponte para o futuro” que irá garantir o seu objetivo, seja ele a sua independência financeira, seja ele a sua riqueza. Mas o leitor pode estar se perguntando agora: “Como eu vou saber qual é o valor mensal gerado pelos meus investimentos suficiente para eu poder me declarar independente financeiramente ou rico?”. É simples!  Basta estabelecer uma renda mensal que seja suficiente para arcar com todas as despesas mensais e ainda sobre um pouco para reinvestir. Para alcançar a meta é necessário estabelecer em quanto tempo o investidor deseja alcança-la, para que assim possa calcular o valor mensal necessário para investir. Também será necessário estabelecer uma rentabilidade mensal média. Para ficar mais claro vamos observar essa simulação abaixo.

Calculadora de Investimento

Valor inicial aplicado                        
30.000,00
Rendimento estimado
0,80%
Tempo (meses)
360
Aplicações mensais
1.500,00   
Acumulado
R$3.642.959,02
Total investido
R$570.000,00
Juros Total
R$3.072.959,02
Rendimento mensal estimado
R$10.119,33



  Nessa simulação consideramos uma aplicação inicial de R$30.000,00. Um rendimento mensal estimado de 0,8%. Um período de 360 meses. E um aporte mensal de R$1.500,00. Com esses números chegamos a um valor total acumulado de R$3.642.959,02, que por sua vez gera uma renda mensal líquida de taxas e impostos de R$10.119,33 (a simulação considerou uma taxa líquida mensal de aproximadamente 0,28%). Quem tem um pouco de familiaridade com a calculadora HP 12C também pode conseguir esses valores sem precisar recorrer a simuladores. Também é possível conseguir, inclusive com uma riqueza maior de detalhes, no Excel. 



  Enfim, não faltam ferramentas para você simular as suas metas financeiras. A simulação das metas é de fundamental importância para o planejamento financeiro. Mas isso varia de investidor para investidor. Existem aqueles investidores que preferem estabelecer várias metas de curto prazo por terem uma instabilidade financeira maior e não conseguirem se planejar para o longo prazo. E existem aqueles investidores que não seguem um planejamento financeiro pré-estabelecido, pois estabeleceram como meta de vida se tornar um investidor melhor a cada dia, procurando poupar o máximo que pode e estudando as melhores opções de investimento. Mas não é a regra.
  O planejamento financeiro, diga-se de passagem, não é algo estático. Ele é dinâmico, variando ao longo do tempo de acordo com as mudanças que ocorrem na vida do investidor. Aumento/diminuição da renda, despesas com dependentes, recebimento de herança, cuidados médicos com os pais, etc. Mudanças não faltam para influenciar no planejamento financeiro, cabendo ao investidor ajustar as metas de acordo com o seu perfil. Mas um fator é preponderante no sucesso de qualquer planejamento financeiro: ter perseverança!

Abraços,
Seja Independente

sábado, 2 de maio de 2020

O efeito dos juros compostos


Olá pessoal,                                                                                                                                                                   
                            
  Hoje eu vou falar sobre um fator primordial nos investimentos. Trata-se dos juros compostos. Inclusive já escrevi um artigo neste blog sobre eles (ver aqui). Mas resolvi escrever novamente a respeito dada a importância deles. Já dizia o grande cientista Albert Einstein, “os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Quem entende, ganha. Quem não entende, paga.” Mas afinal, o que são os juros compostos? Juros compostos são os juros de um determinado período somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Resumidamente, são os juros sobre os juros. E justamente por esse fenômeno financeiro existir, o tempo se torna o fator mais importante na capitalização dos juros, aumentando exponencialmente o valor do patrimônio investido, conforme as imagens abaixo.




  Se o leitor consegue entender o efeito da potenciação/exponenciação do fator tempo (n) observando a fórmula matemática na imagem acima, concluirá que se ele investir em uma carteira de investimentos razoavelmente rentável e se mantiver vivo enquanto o fator tempo exponencializa o fator de capitalização (1+i), ele terá uma grande surpresa positiva ao final do período de investimento.
  A prática de juros compostos é usada desde a antiguidade na civilização babilônica e em outras civilizações da época. Porém, naquela época, as transações comerciais eram muito mais complexas por não existirem unidades de troca, como a moeda. Então se recorria ao escambo de produtos agrícolas para se determinar valores, inclusive dos juros compostos dos empréstimos. Para ilustrar o poder dos juros compostos nós iremos contar a fábula educacional do xadrez e a função exponencial. A fábula conta que o xadrez foi inventado na Índia há mais de 1.500 anos e o rei ficou tão fascinado com a invenção que resolveu recompensar o inventor. O rei perguntou: “O que você quer de recompensa?”. O inventor respondeu: “Quero um grão de arroz para a primeira casa, dois grãos para a segunda casa, quatro para a terceira, e assim sucessivamente.” O rei retrucou: “Apenas isso?”. Então, o rei pediu para os matemáticos do reino fazerem as contas. Trata-se de uma progressão geométrica. O tabuleiro é um quadriculado de 8x8, portanto tem 64 casas. O resultado final seria 2 elevado a 64 (2^64). O número é tão absurdamente grande que seriam necessárias dezenas de trilhões de toneladas de arroz, provavelmente mais do que o mundo poderia produzir. Se não acreditam tentem calcular o número numa calculadora científica. O número é tão grande que não cabe no visor, precisando estar em notação científica (1,84467441E+19 ou 1,8*10^19). Qual é o resultado? 18.446.744.073.709.551.615 (dezoito quintilhões, quatrocentos e quarenta e seis quatrilhões, setecentos e quarenta e quatro trilhões, setenta e três bilhões, setecentos e nove milhões, quinhentos e cinquenta e um mil e seiscentos e quinze).


 Obviamente que ninguém investe durante 64 anos sem consumir boa parte dos rendimentos e do principal, pois seria loucura. A fábula está sendo contada apenas para ilustrar o poder dos juros compostos a favor do investidor. 
  E aí leitor, após ter uma ideia do quão poderosos são os juros compostos, se sente mais encorajado a começar a investir? Perceba que quanto antes você começar, maior será a exponenciação dos juros compostos pelo tempo investido. Acredito que esse fator bastante favorável seja um ótimo incentivo para começar.



Abraços,
Seja Independente 

Loteria


Olá pessoal,                                                                                                                                                                   
                            
  Hoje eu vou desmistificar outro mito que ainda prevalece no nosso país em relação à aposentadoria e investimentos, que é o de que a loteria é uma boa alternativa para se tornar rico. É verdade que algumas pessoas têm muita sorte e conseguem ganhar uma fortuna e acredito que quase todas as pessoas nesse mundo já ouviram falar na história de pessoas que ganharam na loteria e perderam tudo em poucos anos gastando até o último centavo com excentricidades como se não houvesse amanhã. Esse tipo de comportamento é um sinal nítido e transparente de falta de educação financeira. 
  A probabilidade de um apostador ganhar numa loteria como a mega-sena, por exemplo, é de 1 em 50.063.860 (veja a fórmula abaixo), que corresponde a 0,000002% de chance de ganhar.

C60,6 = 60!/[6!(60-6)!] = 50.063.860

  É preciso ter uma sorte gigantesca para ganhar com essa chance. O problema é que no Brasil muitas pessoas encaram as apostas como um investimento, quando na verdade deveriam ser encaradas como um passatempo, similar aos jogos de bingo. Muitos apostam todo mês religiosamente. Cada bilhete custa um valor simbólico de no máximo 10 reais. Mas muitos apostadores compram vários bilhetes na ganância de um dia tornarem-se multimilionários, sem saberem que é muito mais factível tornarem-se milionários em algumas décadas investindo o valor despendido todo santo mês com esses bilhetes em uma carteira de investimentos devidamente balanceada e selecionada.



  Vamos fazer um exercício prático com um exemplo hipotético de um ambulante que vende milho cozido na praça da cidade chamado João (chamado pelos clientes de Seu João) que tem 50 anos de idade, mas aparenta ter 70 anos, pois começou a trabalhar muito cedo na roça com os pais, teve uma vida sofrida de muito trabalho pesado debaixo de sol e mesmo com a idade que tem já tem inúmeros problemas de saúde, e ainda sustenta três filhos adolescentes que o ajudam no negócio. Vamos supor que a renda média de Seu João ao longo dos últimos 20 anos tenha sido por volta de R$2.000,00 e ele tenha apostado na loteria durante todo esse tempo cerca de 20 reais por mês, o que corresponde a 1% da renda média mensal dele durante o período. E vamos supor que ele nunca tenha ganhado na loteria. Fazendo as contas de 20 anos x 12 meses, dá 240 meses que por sua vez multiplicado por 20 reais, dá um total de R$4.800,00 pagos à Caixa Econômica Federal, que é o único banco brasileiro que tem autorização para administrar a loteria federal. Já se o Seu João aplicasse esses 20 reais todo mês ao longo desses 20 anos em um fundo de investimento do banco onde ele tem conta que rendesse em média 0,5% ao mês, ele teria ao final do período R$9.240,82, ou seja, quase o dobro do valor total que ele pagou pelos bilhetes nas lotéricas, onde essas por sua vez repassaram à instituição financeira que administra a loteria federal, dissemina a ignorância financeira e suga o dinheiro suado do pobre coitado brasileiro.   

O milho é uma importante fonte de renda para muitos brasileiros
 
  Esse exemplo acima que eu dei é quase uma anedota popular para descrever o que realmente acontece com as pessoas mais humildes que se viciam em apostas na loteria em diversas cidades brasileiras. Vício esse que é mais um fruto maligno gerado pela falta de educação financeira da nossa população, que é amplificada pela falta de educação formal mesmo, pois sabemos que uma parte da população brasileira é semianalfabeta, ou seja, frequentou a escola, mas tirou o diploma de “letrado” sem saber interpretar um texto ou saber as quatro operações básicas. 
 Minha intenção ao desmistificar esse mito não é desprezar os apostadores contumazes da loteria, fazendo-os se sentirem tolos. Mas sim alerta-los de que existem outras opções para se tornarem ricos (no caso brasileiro seria melhor dizer independente financeiramente) e uma delas é a soma de trabalho bem remunerado – independente de ser empregado, autônomo ou empresário – e bons investimentos ao longo de algumas décadas. O problema, meu caro leitor, é que pouquíssimas pessoas no mundo aceitam alcançar a riqueza (independência financeira) após várias décadas, de forma lenta. Elas preferem alcançar a riqueza instantaneamente, do dia para a noite, mesmo que no final de suas vidas olhem para trás e percebam que as “apostas” não os tenham levado a lugar nenhum.   

Abraços,
Seja Independente

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Imóveis


Olá pessoal,                                                                                                                                                                   
                            
  Hoje eu vou desmistificar outro mito que ainda prevalece no nosso país em relação à aposentadoria e investimentos, que é o de que os imóveis sempre serão os investimentos mais seguros e rentáveis do mundo. Veremos que isso não é verdade e pode até se tornar uma fonte de problemas financeiros para o investidor. O motivo para os imóveis continuarem sendo tão populares no Brasil se deve a fatores conjunturais de décadas passadas. 
  Até a década de 70, o Brasil era uma economia predominantemente rural, em que as cidades estavam começando a crescer. Devido ao difícil acesso ao mercado financeiro, os brasileiros que conseguiam economizar compravam imóveis, mais por falta de opção mesmo. Por isso, as pessoas mais experientes geralmente aconselham o investimento em imóveis, porque têm em mente que esse tipo de investimento é infalível. Na década de 80, a economia brasileira passou por uma instabilidade gigantesca em virtude da hiperinflação do período. Com isso o mercado financeiro continuou sendo inacessível para boa parte dos brasileiros, restando a Caderneta de Poupança como porto seguro na época para preservar o poder de compra dos brasileiros. Mas após o congelamento das cadernetas durante o Plano Collor, os imóveis voltaram a ser procurados com mais intensidade, reforçando ainda mais a tese de investimento infalível.
  Mas diferente do que muitos brasileiros pensam, o investimento em imóveis tem riscos sim. Não tem nada de infalível. Esse tipo de investimento tem risco de liquidez, ou seja, o risco de não conseguir vender o imóvel em caso de necessidade pelo valor desejado. Com certeza muitos brasileiros já sentiram isso na pele. Tem risco de mercado, ou seja, o risco do imóvel não se valorizar por diversos motivos, como falta de segurança na região, presença de favelas no entorno, instalação de aeroportos ou ferrovias próximos ao imóvel que possam causar muito barulho e vários outros motivos. E tem risco operacional, ou seja, o risco do imóvel se tornar vago, sem inquilino, por muito tempo (risco de vacância), ou o risco do imóvel apresentar problemas estruturais, desde vícios construtivos simples até vícios construtivos graves com risco de desmoronamento, acarretando sérios transtornos para quem está usufruindo do imóvel, ou ainda o risco do imóvel apresentar problemas de escrituração ou inadimplência do antigo proprietário, forçando o adquirente a recorrer à justiça.
  Além de todos esses riscos presentes no investimento em imóveis, some-se o fato de que os brasileiros costumeiramente investem num imóvel através de um financiamento bancário com prestações a perder de vista, sem ao menos ter uma ideia de quanto irá pagar de fato pelo imóvel. Acredito que a cultura da casa própria presente no nosso país encorajou muitos brasileiros, incluindo os mais abastados que adquirem imóveis com a única finalidade de investir, a contraírem financiamentos imobiliários nos grandes bancos do país que praticam juros exorbitantes. Para termos uma ideia de quanto se paga no financiamento de um imóvel que custa R$200 mil reais a uma taxa de 0,8% ao mês e em 120 prestações (10 anos), veja essa tabela (price) abaixo.

Nº.
Prestação
Juros
Amortização
Saldo Devedor
0
0,00
0,00
0,00
200000,00
1
2598,91
1600,00
998,91
199001,09
2
2598,91
1592,01
1006,91
197994,18
3
2598,91
1583,95
1014,96
196979,22
4
2598,91
1575,83
1023,08
195956,14
5
2598,91
1567,65
1031,26
194924,88
6
2598,91
1559,40
1039,51
193885,36
7
2598,91
1551,08
1047,83
192837,53
8
2598,91
1542,70
1056,21
191781,32
9
2598,91
1534,25
1064,66
190716,65
10
2598,91
1525,73
1073,18
189643,47
11
2598,91
1517,15
1081,77
188561,71
12
2598,91
1508,49
1090,42
187471,29
13
2598,91
1499,77
1099,14
186372,14
14
2598,91
1490,98
1107,94
185264,21
15
2598,91
1482,11
1116,80
184147,41
16
2598,91
1473,18
1125,73
183021,67
17
2598,91
1464,17
1134,74
181886,93
18
2598,91
1455,10
1143,82
180743,11
19
2598,91
1445,94
1152,97
179590,14
20
2598,91
1436,72
1162,19
178427,95
21
2598,91
1427,42
1171,49
177256,46
22
2598,91
1418,05
1180,86
176075,60
23
2598,91
1408,60
1190,31
174885,29
24
2598,91
1399,08
1199,83
173685,46
25
2598,91
1389,48
1209,43
172476,03
26
2598,91
1379,81
1219,11
171256,92
27
2598,91
1370,06
1228,86
170028,06
28
2598,91
1360,22
1238,69
168789,37
29
2598,91
1350,31
1248,60
167540,78
30
2598,91
1340,33
1258,59
166282,19
31
2598,91
1330,26
1268,66
165013,53
32
2598,91
1320,11
1278,81
163734,73
33
2598,91
1309,88
1289,04
162445,69
34
2598,91
1299,57
1299,35
161146,34
35
2598,91
1289,17
1309,74
159836,60
36
2598,91
1278,69
1320,22
158516,38
37
2598,91
1268,13
1330,78
157185,59
38
2598,91
1257,48
1341,43
155844,17
39
2598,91
1246,75
1352,16
154492,01
40
2598,91
1235,94
1362,98
153129,03
41
2598,91
1225,03
1373,88
151755,15
42
2598,91
1214,04
1384,87
150370,27
43
2598,91
1202,96
1395,95
148974,32
44
2598,91
1191,79
1407,12
147567,20
45
2598,91
1180,54
1418,38
146148,83
46
2598,91
1169,19
1429,72
144719,10
47
2598,91
1157,75
1441,16
143277,94
48
2598,91
1146,22
1452,69
141825,25
49
2598,91
1134,60
1464,31
140360,94
50
2598,91
1122,89
1476,03
138884,91
51
2598,91
1111,08
1487,83
137397,08
52
2598,91
1099,18
1499,74
135897,34
53
2598,91
1087,18
1511,74
134385,61
54
2598,91
1075,08
1523,83
132861,78
55
2598,91
1062,89
1536,02
131325,76
56
2598,91
1050,61
1548,31
129777,45
57
2598,91
1038,22
1560,69
128216,76
58
2598,91
1025,73
1573,18
126643,58
59
2598,91
1013,15
1585,77
125057,81
60
2598,91
1000,46
1598,45
123459,36
61
2598,91
987,67
1611,24
121848,12
62
2598,91
974,78
1624,13
120223,99
63
2598,91
961,79
1637,12
118586,87
64
2598,91
948,69
1650,22
116936,65
65
2598,91
935,49
1663,42
115273,23
66
2598,91
922,19
1676,73
113596,50
67
2598,91
908,77
1690,14
111906,36
68
2598,91
895,25
1703,66
110202,70
69
2598,91
881,62
1717,29
108485,41
70
2598,91
867,88
1731,03
106754,37
71
2598,91
854,03
1744,88
105009,50
72
2598,91
840,08
1758,84
103250,66
73
2598,91
826,01
1772,91
101477,75
74
2598,91
811,82
1787,09
99690,66
75
2598,91
797,53
1801,39
97889,27
76
2598,91
783,11
1815,80
96073,47
77
2598,91
768,59
1830,33
94243,14
78
2598,91
753,95
1844,97
92398,17
79
2598,91
739,19
1859,73
90538,45
80
2598,91
724,31
1874,61
88663,84
81
2598,91
709,31
1889,60
86774,24
82
2598,91
694,19
1904,72
84869,52
83
2598,91
678,96
1919,96
82949,56
84
2598,91
663,60
1935,32
81014,24
85
2598,91
648,11
1950,80
79063,44
86
2598,91
632,51
1966,41
77097,04
87
2598,91
616,78
1982,14
75114,90
88
2598,91
600,92
1997,99
73116,90
89
2598,91
584,94
2013,98
71102,92
90
2598,91
568,82
2030,09
69072,83
91
2598,91
552,58
2046,33
67026,50
92
2598,91
536,21
2062,70
64963,80
93
2598,91
519,71
2079,20
62884,60
94
2598,91
503,08
2095,84
60788,76
95
2598,91
486,31
2112,60
58676,16
96
2598,91
469,41
2129,50
56546,65
97
2598,91
452,37
2146,54
54400,11
98
2598,91
435,20
2163,71
52236,40
99
2598,91
417,89
2181,02
50055,38
100
2598,91
400,44
2198,47
47856,91
101
2598,91
382,86
2216,06
45640,85
102
2598,91
365,13
2233,79
43407,06
103
2598,91
347,26
2251,66
41155,40
104
2598,91
329,24
2269,67
38885,73
105
2598,91
311,09
2287,83
36597,90
106
2598,91
292,78
2306,13
34291,77
107
2598,91
274,33
2324,58
31967,19
108
2598,91
255,74
2343,18
29624,02
109
2598,91
236,99
2361,92
27262,10
110
2598,91
218,10
2380,82
24881,28
111
2598,91
199,05
2399,86
22481,41
112
2598,91
179,85
2419,06
20062,35
113
2598,91
160,50
2438,42
17623,94
114
2598,91
140,99
2457,92
15166,01
115
2598,91
121,33
2477,59
12688,43
116
2598,91
101,51
2497,41
10191,02
117
2598,91
81,53
2517,39
7673,64
118
2598,91
61,39
2537,52
5136,11
119
2598,91
41,09
2557,82
2578,29
120
2598,91
20,63
2578,29
0,00
TOTAL
311869,66
111869,66
200000,00
0,00

  Observando a tabela, percebe-se que ao final do financiamento o adquirente do imóvel terá pagado o valor total de R$311.869,66, ou seja, um valor 55,93% superior ao custo original de aquisição do imóvel, sendo que essa diferença (R$111.869,66) terá sido paga ao banco através dos juros cobrados. Se esse adquirente, ao invés de financiar o imóvel nessas condições, tivesse investido esses R$200 mil através de uma carteira de investimentos conservadora que rendesse 0,5% ao mês durante esses 10 anos, teria ao final do período o valor de R$363.879,35, ou seja, um valor 81,94% superior ao custo original de aquisição do imóvel, um percentual bem acima dos 55,93% de juros pagos ao banco.
  Mas as desvantagens não param por aqui. Como todos aqueles que investem em imóveis devem saber, os custos para aquisição e manutenção são muito altos. No momento da pesquisa é recomendado contratar uma avaliação de mercado para o imóvel. No momento da aquisição, já está embutido no valor do imóvel a comissão do corretor (quando existe a intermediação). No momento do registro, é obrigatório recolher o imposto de transmissão e os emolumentos cartorários, cujo total pode variar de 3 a 5% do valor do imóvel, dependendo da região. Durante o período de usufruto, caso não consiga alugar, é necessário pagar IPTU, energia elétrica, água encanada, taxa de condomínio e as despesas de manutenção elétrica e hidráulica, sem contar reformas necessárias para a conservação do imóvel, como pintura e emassamento de paredes com infiltração ou troca de piso ou janelas quebrados.
  Naturalmente, muitos especialistas em investimento em imóveis tiveram ótimos retornos ao longo dos anos por saberem administrar todos os riscos inerentes a esse tipo de investimento conforme eu havia explicado. Mas são para poucos. Além dos custos serem altos, o valor de aquisição de um imóvel geralmente é muito elevado para a maioria da população brasileira. Quando você coloca todos esses valores na ponta do lápis, você percebe o quão se torna arriscado investir todas as suas economias num único imóvel. Portanto, meu caro leitor, se esse for o seu caso, sugiro que repense um pouco. Vocês verão que existem modalidades de investimento em imóveis muito mais práticas, seguras e rentáveis.        


Abraços,
Seja Independente