quinta-feira, 27 de maio de 2021

Já tentou um CDB de 100% do CDI com o seu gerente?

 



Olá pessoal,

 

  Com toda certeza muitos de vocês já negociaram a rentabilidade do CDB com o seu gerente do banco, não é mesmo? Afinal, queremos sempre a maior rentabilidade para o nosso dinheiro. Eu tratei sobre o CDB neste artigo aqui, onde eu alertei os leitores em relação aos cuidados que se deve ter antes de aplicar em qualquer CDB.        

  Mas eu resolvi tratar a respeito dos CDBs mais uma vez pelo fato da maioria dos brasileiros terem um perfil de risco conservador e terem um acesso mais fácil a esse tipo de produto bancário. Vou procurar dar um outro enfoque a ele neste artigo.      

  Muitos investidores conservadores desejam saber qual é o investimento de renda fixa mais rentável. Na minha opinião, seriam os produtos ofertados pelas instituições financeiras, como o CDB e o LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Porém, não é qualquer instituição financeira.      

  Conforme eu havia explicado no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, o risco de crédito é considerado o mais latente na renda fixa, que é quando o investidor leva um calote do emissor do título, ou seja, fica sem receber o principal mais juros pela perda de capacidade financeira do emissor.     

  Por esse motivo, quando você decide aplicar num CDB de um banco de menor porte, você está aumentando o seu risco de crédito, mesmo que esse CDB renda 120% do CDI, pois se trata de um banco com uma solidez financeira menor. Mas você pode diminuir esse risco picotando a sua aplicação em CDB entre vários bancos pequenos. Você consegue fazer isso tranquilamente numa corretora de valores. Fica a seu critério arriscar contando com a cobertura do FGC.          

  Mas se você não se sente confortável em investir através de uma corretora de valores, tente negociar com o seu gerente do banco. Geralmente um banco tradicional paga um rendimento de 100% do CDI num CDB quando os valores mínimos de aplicação exigidos são muito altos (centenas de milhares). Nesse caso, é importante verificar a liquidez desse CDB. O ideal é que a liquidez seja diária.         

  Lembre-se sempre: não existe almoço grátis. Se você quiser mais rentabilidade, terá que correr mais risco. Também se lembre de que a variável inflação deverá ser considerada no momento da aplicação. Não adianta aplicar num CDB que rende 120% do CDI se no mesmo período o CDI está rendendo bem menos do que a inflação (aqui podemos considerar outros índices inflacionários além do IPCA, como o IGP-M).                                                        

  Se você deseja educar-se financeiramente para atingir a sua independência financeira, entre em contato comigo no Instagram (link no início da página). Terei o maior prazer em atendê-lo.           

 

Abraços,

Seja Independente 


terça-feira, 25 de maio de 2021

Não precisa colocar tudo no banco digital!

 



Olá pessoal,

 

  Hoje eu gostaria de tratar a respeito da decisão de colocar tudo ou quase tudo no banco digital. Decidi escrever sobre esse assunto pelo fato de algumas pessoas se sentirem atraídas pelos rendimentos alcançados nesses bancos. Vou explicar para vocês que não é prudente colocar tudo (reserva de emergência + carteira) neles.      

  Conforme eu havia explicado neste artigo aqui, os bancos digitais são uma grata novidade para muitos investidores. Praticamente não existem custos de serviços utilizados (exceto saque), incluindo a transferência que você realiza para a sua corretora todo mês.

  Além disso, essas startups de tecnologia são reguladas pelo Banco Central como qualquer outra instituição financeira e os depósitos nelas aplicados em CDB e RDB são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso significa dizer que essas empresas devem seguir as mesmas regras seguidas pelos bancos tradicionais para se manterem solventes e terem uma boa governança corporativa, e em caso de falência delas, os mesmos mecanismos de proteção para os clientes que funcionam para os bancos tradicionais também funcionarão para elas.  

  Porém, entretanto, todavia, essa regulação pelo BACEN e proteção do FGC não impedem que essas instituições financeiras quebrem. Muitas delas trabalham alavancadas e operam no prejuízo desde o início.

  Mesmo contando com a garantia do FGC, você deverá aguardar alguns meses para receber os seus recursos caso o seu banco digital quebre. Durante esse período os seus recursos não renderão absolutamente nada.    

  Compreenda que caso ecloda uma crise financeira sem precedentes na história, um ou vários bancos podem quebrar, incluindo os digitais. 

  Eu tenho conta no Nubank e pretendo ser cliente dela por tempo indeterminado. Porém, eu não coloco toda a minha reserva de emergência nela. Também não invisto através dela.  

  Voltarei a repetir mais uma vez: diversifiquem em tudo. Não apenas na carteira de investimentos, mas nas reservas também. Guardem isso com carinho.                                                  

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Seja Independente 


domingo, 23 de maio de 2021

Os juros reais negativos vieram para ficar?

 



Olá pessoal,

 

  Vocês devem ter tomado conhecimento que o COPOM elevou a taxa básica de juros para 3,5% ao ano (fonte) no dia 05 de maio. Porém, os juros reais continuam negativos, principalmente se descontarmos outros índices inflacionários, como o IGP-M. Vou explicar para vocês no que implica os juros reais continuarem negativos.       

  Primeiramente, é importante revisarmos o conceito de juros/rendimentos/rentabilidade real conforme eu havia explicado no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE: trata-se simplesmente da rentabilidade líquida da inflação, ou seja, é a rentabilidade divulgada com o desconto da inflação acumulada durante a vigência do título. A rentabilidade real deve ser considerada a rentabilidade verdadeira para os investidores, pois de nada adianta investir em um título com rentabilidade nominal muito alta se a inflação acumulada no período tiver sido maior do que essa rentabilidade.         

  Para calcular a rentabilidade real, não basta apenas subtrair a rentabilidade nominal da inflação, pois estamos trabalhando aqui com juros compostos.   Você deve dividir a soma de 1 com a rentabilidade nominal em formato de razão centesimal pela soma de 1 com a inflação em formato de razão centesimal e o resultado subtrair de 1. Observe a fórmula abaixo:  


Cálculo da Rentabilidade Real


  Baseando-se nesse conceito, podemos concluir que os juros reais ou rentabilidade real continuam negativos, levando em consideração que a inflação (IPCA) já acumula pouco mais de 6% nos últimos 12 meses (fonte). E no que isso implica para os seus investimentos em renda fixa?

  Isso implica numa perda do seu poder de compra. Quanto maior for o percentual da sua carteira alocado em renda fixa, maior será essa perda. Mas isso não significa dizer que você deve zerar a sua renda fixa pelo fato de “estar perdendo dinheiro”. Lembre-se sempre dos 3 pilares dos investimentos: liquidez; segurança/risco; e rentabilidade. O pilar da segurança/risco baixo você encontrará apenas na renda fixa pública. Não tem para onde correr. Você terá que arcar com essa rentabilidade real negativa.

  E no que isso implica para a economia brasileira? Isso implica numa fuga de dólares, puxando a cotação do dólar para cima. Qual é a atratividade da renda fixa brasileira para o gringo que tem à sua disposição o porto seguro da renda fixa mundial? Atualmente nenhuma, já que a rentabilidade real brasileira está negativa. Consequentemente, com o dólar mais caro, a inflação de vários insumos importados tenderá a subir bastante. Os bens agrícolas exportados também subirão de preço, pois o câmbio desvalorizado puxa a cotação desses bens para cima. Consequentemente, essa alta é repassada para o mercado interno.

  E no que isso implica para o nosso futuro? Bem, isso aí já vai depender das medidas adotadas por esse governo e pelos governos futuros. E quando eu falo de governo, eu não falo apenas de poder executivo. Eu também falo de poder legislativo. Caso as reformas estruturantes (tributária, administrativa, política, educacional, etc.) sejam aprovadas de forma correta num espaço de tempo razoável, poderemos manter a taxa básica de juros num patamar baixo e manter a inflação num nível muito baixo. Isso ocorre devido ao choque de oferta gerado pela estabilidade econômica e pelas condições favoráveis para produzir e gerar emprego e renda. Depende somente de nós!                

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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Tenha uma visão global da sua carteira de investimentos!

 




Olá pessoal,

 

  Hoje eu gostaria de explicar para vocês a importância de se ter uma visão global da sua carteira de investimentos. Também mostrarei as opções disponíveis para conseguir essa visão global.        

  Primeiramente, é importante começar pelo bom e velho Excel, pois nele você pode criar uma planilha que atenda os seus critérios de controle, com todas as informações que você deseja. É mais trabalhoso, é verdade. Mas é a que vai te ajudar mais no controle com uma riqueza de detalhes maior. Você pode, por exemplo, saber quanto você tem de patrimônio total investido no mercado financeiro, incluindo o exterior, mas separando a reserva de emergência da carteira de investimentos. Além disso, você ainda pode segmentar a carteira em classes de ativos através de um gráfico em formato de pizza, conforme a figura abaixo:           




  Você também pode ter uma noção geral do seu patrimônio investido no mercado através do CEI (Canal Eletrônico do Investidor), que é um site disponibilizado pela [B³], a nossa Bolsa de Valores brasileira. Porém, você não conseguirá acessar nele os seus investimentos no exterior. Apenas os ETFs que investem em ativos internacionais.    

  Mas aqui vai uma notícia boa para vocês: já existe um aplicativo que permite a você uma visão global dos seus investimentos, incluindo o exterior, com uma boa riqueza de detalhes. Ele se chama Fliper e você pode baixa-lo no seu celular. Ele é gratuito!

  É de suma importância você ter uma visão geral do seu patrimônio investido no mercado para que você possa gerencia-lo melhor seguindo a sua política de investimentos. Portanto, tenha em mãos as ferramentas necessárias!  

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terça-feira, 18 de maio de 2021

Carteiras recomendadas!

 




Olá pessoal,

 

  Com toda certeza muitos de vocês já viram matérias em sites especializados mostrando as carteiras recomendadas das corretoras, incluindo as corretoras dos bancos tradicionais. Vou explicar para vocês o porquê dessas carteiras recomendadas serem alteradas mensalmente e o motivo pelo qual vocês não deveriam dar atenção a elas.        

  Provavelmente vocês já devem ter percebido que as carteiras recomendadas mudam de composição todo mês. E existe um motivo muito claro para isso: toda e qualquer corretora de valores em qualquer país do mundo vive de corretagem. Quanto mais você girar a sua carteira, ou seja, comprar e vender ações freneticamente, mais você pagará taxas de corretagem para as corretoras.      

  Elas não fazem isso porque se preocupam com a rentabilidade dos seus clientes. Elas fazem isso para aumentar o faturamento delas.     

  Lembrem-se sempre disso: nenhuma instituição financeira no mundo estará mais preocupada com a sua saúde financeira do que você mesmo. Você é o único responsável pelo seu dinheiro. Você não pode de forma nenhuma terceirizar essa responsabilidade. Nem mesmo para o seu profissional financeiro de confiança.    

  Educar-se financeiramente é essencial para qualquer pessoa, independente do perfil de risco. Saber proteger e multiplicar o seu dinheiro é uma responsabilidade somente sua.      

  Mas compreenda que eu não estou querendo aconselha-lo a resgatar todos os seus investimentos no mercado financeiro pelo fato de não poder confiar 100% em ninguém. Se você for levar ao pé da letra, você não pode confiar de olhos fechados em ninguém nesse mundo (exceto a família).        

  Você precisa antes de mais nada adquirir o conhecimento necessário para ganhar autoconfiança e saber enxergar focos de conflitos de interesses no mercado financeiro. E acredite em mim, você não precisa ter perfil de risco agressivo para desempenhar tal tarefa.                                                   

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domingo, 16 de maio de 2021

Não existe uma diversificação padrão!

 




Olá pessoal,

 

  Hoje eu gostaria de tratar a respeito de uma dificuldade enfrentada por todos os investidores iniciantes: diversificar a carteira de investimentos. Eu vou explicar para vocês que não precisa se preocupar excessivamente com isso e que não existe uma diversificação padrão.      

  A diversificação de uma carteira de investimentos depende de diversos fatores, como por exemplo: a idade; o nível de renda; a natureza da ocupação profissional; quantidade de dependentes; o país de residência; o perfil de risco; os objetivos; horizonte de investimentos; etc. São muitos fatores e eu poderia citar outros. Por esse motivo, uma carteira diversificada poderá variar n vezes.   

  Eu considero uma carteira de investimentos bem diversificada como uma obra de arte. Já outros investidores consideram-na como um conjunto de ferramentas para alcançar a independência financeira.    

  Nenhum profissional do mercado financeiro poderá decidir por você. Mas apenas recomendar. O poder de decisão sempre estará em suas mãos. Você é quem decide quanto aloca em renda fixa e quanto aloca em renda variável.   

  Para diminuir os riscos e se sentir mais à vontade com a sua carteira, você precisa adquirir o mínimo de conhecimento, mesmo tendo um perfil conservador.     

  Após adquirir conhecimento, você precisa traçar um planejamento financeiro de curto, médio e longo prazo. Após isso você identifica o seu perfil de risco e com base nele você determina a sua política de investimentos, determinando os percentuais de alocação em cada modalidade (fixa ou variável) e em cada classe de ativos (tesouro direto, ações, fundos imobiliários, internacionais, etc.).     

  Existe uma quantidade infinita de carteiras de investimentos para você alcançar os seus objetivos. Você não precisa estar sempre certo. Foque inicialmente em aumentar os aportes e manter a disciplina. Isso te ajudará bastante.                                                  

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sábado, 15 de maio de 2021

Invista mais na Economia Real!

 



Olá pessoal,

 

  Acredito que alguns de vocês já devem ter ouvido falar no termo Economia Real na mídia especializada. Mas afinal, do que realmente se trata essa Economia Real? Vou explicar para vocês.              

  Economia Real, pessoal, é um outro termo utilizado para se referir aos ativos de renda variável: ações e fundos imobiliários, majoritariamente.                  

  Mas por que eu estou tratando sobre isso neste artigo? Estou tratando sobre isso para que os investidores iniciantes com perfil mais conservador entendam que os aportes alocados na Economia Real serão os mais rentáveis no longo prazo, justamente pelo fato das empresas listadas na Bolsa e os fundos imobiliários terem um retorno que acompanha a inflação com segurança no longo prazo.                      

  Conforme eu havia explicado neste artigo aqui, as ações conservam o seu poder de compra e ainda gera um excedente de rentabilidade. Isso acontece pelo fato das empresas de grande porte com ações listadas em bolsas de valores conseguirem repassar os seus custos para os seus clientes, por mais que esses custos tenham se valorizado muito no período.

  Se a inflação dos alimentos sobe muito, supermercados com ações listadas na B³, como o Carrefour e o Pão de Açúcar, repassam essa inflação para os clientes. Se a inflação das tarifas bancárias sobe muito, os bancos tradicionais repassam essa inflação para os clientes. Se a inflação da energia elétrica ou da água encanada sobe muito, concessionárias de energia elétrica, como a Eletrobrás, e concessionárias de saneamento, como a Sabesp (SP) e a Sanepar (Paraná), repassam essa inflação para os clientes.

  O mesmo raciocínio vale para os fundos imobiliários. Fundos de salas comerciais e galpões logísticos possuem contratos de longa duração indexados ao IGP-M. Se esse índice inflacionário (em 2020 aumentou cerca de 40%) explode num determinado período, os fundos que são donos dos imóveis repassarão esse aumento para os inquilinos.     

  Por mais que você tenha um perfil conservador, é necessário alocar um percentual da sua carteira na Economia Real.  

  Lembre-se sempre: conforme eu havia explicado no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, o IPCA (índice oficial de inflação no Brasil) divulgado pelo IBGE mensalmente representa apenas uma média dos preços dos bens e serviços consumidos naquele período pelo público da amostra. Você, como consumidor de uma cesta individual de vários bens e serviços, tem o seu IPCA individual mensal, que pode ser, inclusive, bem maior do que o IPCA oficial divulgado.

  Se em um dado momento o IPCA está em um nível baixo, mas o dólar está em um nível muito alto e você consome muitos bens e serviços importados, o seu IPCA individual será bem maior do que o IPCA oficial, porque o câmbio muito desvalorizado reflete no aumento dos preços dos insumos importados, que são necessários para a produção de diversos bens e serviços consumidos no Brasil.

  E se uma cesta individual cujos bens e serviços em sua maioria tenham se inflacionado bem acima do IPCA oficial acumulado em um ano, por exemplo, o poder de compra do detentor dessa cesta terá sofrido uma corrosão inflacionária bem maior do que a média (IPCA).  

  Portanto, caso você deseje conservar o seu poder de compra com segurança no longo prazo, aloque algum percentual do seu aporte na renda variável. Melhor dizendo, na Economia Real.     

    Se você deseja educar-se financeiramente para atingir a sua independência financeira e bancar o padrão de vida que você sempre desejou, entre em contato comigo no Instagram (link no início da página). Terei o maior prazer em atendê-lo.        

               

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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Checklist para escolher fundos de investimentos!

 




Olá pessoal,

 

  Muitos de vocês que estão iniciando uma carteira de investimentos tem muitas dúvidas quanto à seleção dos fundos de investimentos. Vou passar um checklist prático para selecionar os seus fundos.    

  Primeiramente, existem 2 grandes troncos de fundos de investimentos: os fundos abertos e os fundos fechados. Você deve saber qual tronco de fundos melhor se adequa ao seu perfil de risco e aos seus objetivos. Podem ser os dois. Após isso você seguirá esse checklist abaixo:


1) Procure saber o nível de risco do fundo de investimento. Esse nível é medido numa escala de 1 a 5, onde 1 é risco muito baixo e 5 é risco muito alto;

 

2) Procure saber o tipo de fundo de investimento, podendo ser de renda fixa ou de renda variável. Os de renda fixa têm um risco mais baixo e os de renda variável têm um risco mais alto;

 

3) Procure saber o objeto do fundo de investimento, podendo ser atrelado aos títulos públicos ou a títulos de crédito privado, na renda fixa, adotando como referência a taxa Selic, o IPCA (inflação) ou o CDI. Ou podendo ser atrelado às ações ou ao câmbio, na renda variável, adotando como referência o índice Bovespa ou o dólar. E existem os fundos multimercados, que podem estar atrelados a um mix de ativos de renda fixa e renda variável;

 

4) Procure saber quem são o administrador e o gestor do fundo, o porte do fundo (patrimônio líquido) e a quantidade de cotistas. Essa etapa é para analisar a credibilidade e o nível de governança do fundo;

 

5) Procure saber qual é a taxa de administração e se cobra taxa de performance. Fundos de renda fixa cobram taxas menores e fundos de renda variável cobram taxas maiores. Essa taxa vai depender muito do nível de complexidade de gestão do fundo;

 

6) Procure saber o histórico de rentabilidade do fundo. Lembrando que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.        

      

  Esse checklist é mais largamente aplicado na seleção de fundos abertos. No caso dos fundos fechados, são mais aplicados na seleção de fundos imobiliários. Os ETF são fundos passivos que não requerem uma análise tão minuciosa, pois nesse caso você está investindo num índice de mercado. Porém, cuide de analisar a taxa de administração deles.

  Para seguir esse checklist você precisará analisar o regulamento, o prospecto e a lâmina. Esses são os documentos principais.

  Eu compreendo que é muita informação para ser analisada. Mas calma, não precisa se desesperar. Você pode selecionar mais de um fundo para uma mesma classe de ativos para diversificar. Por exemplo, você pode selecionar mais de um fundo de renda fixa como também selecionar mais de um fundo de renda variável. Você também pode selecionar mais de um fundo multimercado para melhorar a diversificação da sua carteira.                    

  Geralmente você encontra as melhores opções de fundos de investimentos nas corretoras de valores independentes. Nos bancos tradicionais existe uma restrição maior nas prateleiras dos fundos distribuídos. Além disso, muitos desses fundos distribuídos nos bancos são administrados e geridos pelas equipes especializadas dos próprios bancos, que por sua vez cobram taxas de administração mais salgadas.                            

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terça-feira, 11 de maio de 2021

Qual é o melhor fundo de investimento para mim?

 




Olá pessoal,

 

  Muitos investidores iniciantes se questionam constantemente em relação aos fundos de investimentos ideais para a carteira. Já tratei a respeito dos fundos de investimentos em diversos artigos (ver aqui). Mas hoje eu tratarei desse tema de uma forma mais objetiva.    

  Existem 2 grandes troncos de fundos de investimentos: os fundos abertos e os fundos fechados.            

  Os fundos abertos são mais simples, pois eles possuem um gestor que tomará todas as decisões de investimentos e será responsável pelo recolhimento dos impostos e, sendo assim, o cotista do fundo poderá aplicar e resgatar quantas vezes ele quiser sem se preocupar com o recolhimento do imposto de renda sobre o ganho de capital (lucro).

  As desvantagens dos fundos abertos são: 1) a taxa de administração cobrada dos cotistas é alta, já que uma empresa especializada em gestão de investimentos é contratada para gerir todo o patrimônio líquido dos cotistas; 2) sofre a incidência do imposto de renda come-cotas, que é uma antecipação do recolhimento do imposto de renda que ocorre a cada seis meses, no último dia de maio e no último dia de novembro. Esse nome vem justamente do fato desse imposto deduzir as cotas que os cotistas têm no fundo, ao invés de reduzir o valor da cota. O único fundo aberto que não sofre incidência do come-cotas é o fundos de ações.                   

  Os fundos fechados são mais complexos. Destaco nesse tronco os fundos imobiliários e os ETF (Exchange Traded Funds). As cotas deles são compradas da mesma forma que você compra ações, através do home broker. Portanto, você não pode entrar e sair deles como nos fundos abertos. Você precisa vender as cotas no mercado secundário, sendo responsável inclusive pelo recolhimento do imposto de renda sobre o ganho de capital (lucro). Além disso, a escolha desses fundos requer mais estudo.  

  As vantagens dos fundos fechados, no caso, fundos imobiliários e ETF, são: 1) a taxa de administração cobrada dos cotistas é menor. Alguns fundos imobiliários cobram uma taxa relativamente mais alta, porém geram um retorno maior para o cotista. Os ETF são fundos de índices com estratégia passiva, ou seja, eles apenas replicam um determinado índice do mercado, refletindo consequentemente num menor trabalho para o gestor, que por sua vez cobrará uma taxa de administração muito menor; 2) pelo fato de terem menor taxa de administração, tendem a gerar maiores retornos para os seus cotistas no longo prazo sem correr muitos riscos.                            

  A escolha do tronco se dará pelo perfil de risco do investidor. Aquele investidor com perfil mais conservador provavelmente optará pelo tronco dos fundos abertos, já que ele não tem interesse em estudar o mercado para assumir mais riscos e muito menos ter o trabalho de recolher impostos. Já aquele investidor com perfil mais arrojado terá uma preferência pelo tronco dos fundos fechados, já que a disposição para análise de ativos e recolhimento de imposto de renda será sempre presente. O investidor com perfil moderado é aquele tipo de investidor que poderá ter ambos os troncos de fundos em sua carteira. Ou, dependendo do nível de conhecimento dele, ter apenas um tronco de fundos.   

  Fundos de investimentos são ótimos veículos de investimentos apropriados para qualquer perfil de risco. No meu entendimento, eles devem estar presentes em qualquer carteira individual para fins de diversificação.   

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Abraços,

 Seja Independente