sábado, 29 de agosto de 2020

Tenha várias fontes de renda!

 



Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre um assunto que é peça-chave para a formação de patrimônio de qualquer investidor. Ter várias fontes de renda nos dias atuais é uma proteção financeira num mundo em que as incertezas econômicas são uma constante e a estabilidade profissional é cada vez mais inviável.             

   Mesmo que você seja servidor público e já tenha adquirido a estabilidade, saiba que talvez nem sempre seja assim, haja vista os rombos fiscais sucessivos do governo nos últimos anos. Você pode até não ser demitido, mas poderá ter o seu salário congelado por vários anos, sofrer aumento da carga de trabalho, ser removido para outro estado ou outra cidade e todos os outros tipos de dificuldade que possam aparecer ao longo da sua carreira. Quem trabalha na iniciativa privada não tem nenhum tipo de estabilidade e, sendo assim, o aumento de fontes de renda é primordial para uma maior segurança financeira.    

   Com o avanço atual da internet se tornou bem mais fácil conseguir várias fontes de renda, vide o caso do E-commerce, do Uber, do Airbnb, do Youtube, do Instagram, do Facebook, das plataformas de sites e blogs, do Hotmart, da Amazon... o que mais? São muitas opções disponíveis atualmente para conseguir uma fonte de renda alternativa. Obviamente que nem sempre é fácil para quem está começando, mas seria bem pior se não existissem essas ferramentas. Por exemplo, você é um profissional liberal e, além disso, é professor de uma faculdade particular. Caso você seja demitido da faculdade e sofra uma diminuição da sua carteira de clientes por diversos motivos, você pode compensar essa perda abrindo um canal no Youtube e uma conta profissional no Instagram e no Facebook, para gravar vídeos e fazer a propaganda de cursos avulsos, pois você é professor e subtende-se que você tem autoridade em determinada profissão/assunto. Você pode vender esses cursos pelo Hotmart. Você também pode criar um site e vender produtos relacionados à sua atividade profissional se tornando filiado da Amazon. 

  Quando se fala em diversificação, não é somente para os investimentos, mas para quase tudo nessa vida. No mundo as mudanças sempre foram e continuarão sendo constantes e imprevisíveis, e ter várias fontes de renda é uma forma de se adaptar a essa imprevisibilidade. Com isso, você sempre terá o suficiente para a sua subsistência e de sua família, protegendo o seu patrimônio construído com muito suor e lágrimas.      

 

Abraços,

Seja Independente

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Os investimentos NÃO devem tomar muito o seu tempo!


Olá pessoal,

 

  Muitos devem estar questionando agora: “Mas como assim não deve tomar muito o meu tempo”? “Não precisa gastar algumas horas para estudar e analisar os ativos?”. Calma, eu sei que é necessário fazer essas “tarefinhas de casa” e acompanhar a carteira periodicamente. Mas não é isso o que eu quero dizer. O que eu quero dizer é que você, como investidor, não pode permitir que os seus investimentos sejam o foco principal da sua vida, mas sim o seu trabalho.          

   Eu sei, eu sei. No início é difícil não focar nos investimentos, afinal eles são a ponte para a independência financeira tão sonhada por nós. Comigo foi assim também. Mas a verdade, meus amigos, é que o benefício material dos investimentos no início é muito baixo. E existe uma série de motivos para isso: 1º) os juros compostos ainda são pequenos; 2º) os rendimentos gerados pelos ativos ainda são muito pequenos (exceto se você aportar valores muito altos); 3º) os seus erros acontecerão mais no início, diminuindo a rentabilidade da carteira; 4º) eventos inesperados podem surgir e força-lo a se desfazer parcial ou totalmente da carteira nos primeiros anos, caso não tenha uma boa reserva. Os jovens subestimam muito a capacidade de produzir e aumentar os rendimentos enquanto ainda tem saúde. Lembrem-se sempre que o fator tempo e o fator aporte são os mais importantes para o crescimento do patrimônio.  

  Caso você tenha um perfil mais conservador, procure otimizar a sua carteira com os ETF’s (já falei deles em vários artigos) e os fundos de investimentos, mesmo que esses últimos sofram a incidência do come-cotas, que é a antecipação do recolhimento do imposto de renda sobre os rendimentos a cada seis meses (maio e novembro) (ler matéria). Procurem analisar a taxa de administração (quanto menor, melhor), o patrimônio líquido, o grau de risco e a reputação do administrador e do gestor do fundo. Ao iniciar a seleção de ativos individuais, é aconselhável que você peça ajuda a um profissional da área caso ainda não se sinta confortável para tomar decisões por conta própria.

  Se você não vive do mercado financeiro, não faz sentido gastar várias horas do dia tentando acertar na escolha dos ativos, pois o fator rentabilidade é o que está mais fora do nosso controle. Procure estudar o essencial e gastar alguns minutos do seu tempo periodicamente para analisar e monitorar ativos, sempre diversificando de acordo com a sua política de investimentos.    

 

Abraços,

Seja Independente

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Os bancos repassaram a redução da taxa básica de juros para os clientes?

 Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre um assunto que provavelmente está pairando na mente dos brasileiros nessa época de pandemia. Afinal, essa redução da taxa Selic está sendo repassada para os clientes correntistas dos bancos? Se a resposta for sim, podemos concordar que está sendo imperceptível, quase nada. Mas segundo alguns estudos, os bancos estão subindo juros para as empresas (fonte).      



   Assim como eu tinha falado em um artigo no mês passado (ver aqui), ainda vemos os bancos cobrando juros extorsivos no cartão de crédito rotativo e no cheque especial. Mas por que os bancos continuam cobrando juros tão altos? Por que o spread bancário é tão alto? Os bancos alegam taxa de inadimplência alta e insegurança jurídica. No meu ponto de vista, o primeiro fator é consequência do segundo. Essa insegurança permeia todo o tecido socioeconômico do país. Isso afasta o surgimento de novas empresas, tanto internamente como externamente, favorecendo a formação de monopólios e oligopólios em todos os setores da economia, e no caso do setor bancário não é diferente. Por esse motivo advogo a favor de uma reforma política e uma nova constituição que preveja regras claras para quem quer produzir.    

  O nosso país precisa urgentemente permitir um ambiente de liberdade econômica, onde as pessoas se sintam motivadas a empreender e gerar empregos. Baixar a taxa básica de juros sem promover reformas que modernizem o Estado e melhorem as relações comerciais entre empresas e indivíduos é o mesmo que enxugar gelo. Vai gerar mais inflação, desvalorização cambial e desemprego. Precisamos de um setor privado competitivo gerando emprego e renda na veia. Precisamos de um choque de capitalismo!  

 

Abraços,

Seja Independente

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Aprenda a dizer NÃO ao seu gerente do banco!

 


Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre um tema importante para aqueles que ainda investem pelos bancos tradicionais ou que estão criando coragem para resgatar os recursos aplicados neles e investir por uma corretora independente. Posso dizer que o primeiro grito de liberdade de um investidor é encerrar os investimentos no bancão e começar a investir por conta própria através de uma corretora.    

   Eu comecei a investir, assim como a grande maioria dos investidores, através dos bancões onde tinha conta. Mas antes disso, quando ainda era estagiário, eu comecei a contribuir para um título de capitalização no cartão de crédito, pensando que estava investindo. Também contribuía para um seguro contra roubo de cartão. Também me empurraram um seguro de vida e outras tranqueiras que não recordo agora. Após investir um valor relevante na previdência privada do banco e uns valores menores em alguns fundos de investimentos (leia esse artigo aqui), comecei a investir diretamente em ações pela corretora desse banco pagando uma taxa mensal de custódia e arcando com uma taxa de corretagem absurda. Depois de um tempo resgatei tudo e abri uma conta numa corretora independente. Acredito que o único produto bancário do qual eu escapei foi o tal do consórcio (na pessoa física).

  A venda casada tão comum nos bancos tradicionais continuará existindo enquanto a falta de educação financeira ainda for predominante na nossa população. É importante que você compreenda que a maioria dos “investimentos” oferecidos pelo banco foram feitos para o benefício deles próprios e não para o seu. Se você prestar atenção, a maioria desses produtos que o seu gerente empurra para você possuem taxas absurdas cobradas durante a vigência do contrato e são cheios de detalhes importantes ocultados pelo seu gerente no momento da contratação, como são os casos do título de capitalização, do consórcio, do seguro, da previdência privada, do fundo de investimento, etc. O benefício material em todos eles é ínfimo. Posso dizer isso por experiência própria e por relatos de terceiros.            

  Na próxima vez que o seu gerente tentar vender para você um produto sabidamente desvantajoso e que não atende aos seus interesses, saiba dizer NÃO. Ninguém melhor do que você mesmo para cuidar bem do seu dinheiro. Se o seu gerente é um cara bacana e precisa bater as metas dele, veja com ele outras alternativas que possam ser boas para ambas as partes. Talvez seja melhor contratar o seguro do seu carro do que um consórcio de veículos. E mesmo nesses casos, negocie. Nunca esqueça que temos o 2º maior spread bancário do mundo!     

 

 

Abraços,

Seja Independente

sábado, 22 de agosto de 2020

A minha opinião sobre a taxação de grandes fortunas!

 


Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre um tema polêmico que sempre está em pauta quando se fala em reforma tributária, que é a taxação de grandes fortunas. Vou dar a minha opinião aqui em relação a esse tema que é recorrente nos fóruns e debates das mídias sociais.  

   Eu, particularmente, acho que a maioria dos multimilionários e bilionários no mundo são egoístas. Mas para sermos sinceros com nós mesmos, na real, o ser humano é um ser essencialmente egoísta. Quantas vezes não já vimos príncipes sauditas donos das maiores reservas de petróleo do mundo, investidores de estatais russas que foram privatizadas após o fim da União Soviética, ditadores de países subdesenvolvidos que constroem verdadeiros impérios clandestinos, herdeiros de grandes conglomerados empresariais, entre outros, mostrando signos presuntivos de riqueza extrema, como bens e objetos de luxo e ostentação altamente refinados. Não daria para exemplificar aqui, pois a lista é infindável. Será que toda essa fortuna não seria melhor destinada caso contribuíssem para o achatamento da desigualdade social e para a diminuição da fome e das epidemias em países miseráveis? Será mesmo que gastar imensas fortunas para satisfazer um ego imenso é deixar um legado para a humanidade? Com certeza teríamos um mundo melhor caso os detentores de grandes fortunas fossem filantropos.

  Mas me permitam dizer uma verdade que incomoda muitas pessoas: taxar grandes fortunas não resolve os nossos problemas. Absolutamente. Além do que, esse tipo de imposto tem um caráter confiscatório para esse pessoal, pois muitos deles ralaram uma vida inteira para estarem no topo da pirâmide societária, sem contar que alguns já tocam projetos de filantropia. Caso seja implementado esse tipo de imposto no Brasil, muitos deles irão morar em outro país para escapar da tributação. E podem ter certeza que eles têm condições de sobra para fazer isso e num piscar de olhos.       

  Apesar disso, acredito que em países subdesenvolvidos como o nosso seria interessante esse tipo de imposto, mas não com um caráter confiscatório. Para isso é necessário estudar uma estratégia muito bem calculada, pisando em ovos mesmo, para que esse pessoal se sinta estimulado a contribuir. Pode-se pensar numa alíquota simbólica de 0,001% para quem tem um patrimônio declarado acima de 1 bilhão. O valor arrecadado de cada um já começaria num piso de R$10 mil reais. Pode-se pensar também em estimular a doação do valor que seria arrecadado pelo governo para instituições filantrópicas. Seria uma espécie de doação forçada.    

  Obviamente que se trata apenas de uma sugestão. É um tema muito complexo em que não há um consenso a respeito no mundo inteiro. Mas volto a dizer, não resolve os nossos problemas. O que resolve é o estímulo a atividade empresarial, com as pessoas empregadas e recebendo renda, pagando os seus impostos, e o Estado investindo decentemente em educação para formar empreendedores e profissionais bem preparados. Ouço hoje em dia muitos brasileiros falando em distribuição de renda, mas nenhum falando em geração de riqueza!   

     

Abraços,

Seja Independente

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A nossa amada escola secular!


Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre um assunto espinhoso que influencia muito no desenvolvimento de uma sociedade. No meu entendimento, a escola tradicional brasileira está defasada há décadas e precisa urgentemente se reinventar para preparar os nossos jovens para o futuro disruptivo que os aguarda.

   Vivemos em uma época de desenvolvimento científico e tecnológico muito avançado, onde muitas profissões estão se tornando obsoletas e muitas outras ainda estão por nascer (fonte). Com um cenário tão desafiador, a população economicamente ativa brasileira corre sérios riscos de ficar desempregada enquanto não desenvolver habilidades técnicas capazes de atender essa demanda crescente por IA (inteligência artificial). O suprimento dessa demanda passa justamente pelo ensino de qualidade das escolas.

  Mas qual é a realidade atual das escolas brasileiras? Muitas continuam ensinando da mesma forma, com a mesma grade curricular e com a mesma metodologia de décadas atrás. A grande verdade é que as nossas escolas foram formatadas pelo Estado para preparar futuros empregados de empresas privadas e empregados públicos, nada mais do que isso. Qual é a aplicação prática em biologia, química e física que muitos profissionais da área de humanas levam para o resto da vida? Qual é a aplicação prática em história e geografia que muitos profissionais da área da saúde e tecnológicas levam para o resto da vida? Acredito que apenas o básico do básico fica gravado na memória de cada um. Eu, particularmente, não me lembro de muito assunto específico das matérias de biologia, química e física, e é até difícil lembrar, pois não aplico no meu dia-a-dia.       

  Por que o Estado não revê essa grade curricular e insere matérias que irão promover o desenvolvimento de habilidades necessárias para o empreendedorismo? Por que não ensinam nas escolas matérias como educação financeira, noções de direito, noções de economia, inteligência emocional, raciocínio lógico, estratégias empresariais, marketing e propaganda, técnicas de vendas e tantas outras que possam estimular o jovem a criar um negócio no futuro? Sabem por que o Estado não promove essa mudança? Por que o que um Estado centralizador como o nosso mais tem medo é de uma população consciente da sua capacidade de ser protagonista da sua própria vida, de alcançar a liberdade financeira e a prosperidade, e de contribuir para uma sociedade mais justa. Um indivíduo bem preparado sabe perfeitamente que nenhum país se desenvolve sem produtividade, sem distribuição de oportunidades e sem acúmulo de conhecimento. Ele não acredita em demagogia de político. Ele não aceita sobreviver com a ajuda de migalhas oferecidas pelo Estado. Ele rejeita o status quo. Simples assim.

  Acredito que o futuro promissor do nosso país se dará pela modernização das nossas escolas. Essa é a alternativa que permitirá ao nosso país crescer organicamente. Do contrário, voltaremos a ter inflação e taxa de juros de 2 dígitos, desemprego em massa, desvalorização cambial pesada, fome e miséria.

     

Abraços,

Seja Independente 

 

sábado, 15 de agosto de 2020

Não fique tão abarrotado de ouro agora!

 


Olá pessoal,

 

  Acredito que alguns de vocês tenham visto no noticiário especializado que o megainvestidor Warren Buffett adicionou a mineradora líder mundial Barrick Gold Corp. ao portfólio de sua holding Berkshire Hathaway (fonte). Logo ele que criticou tanto o investimento em metais preciosos no passado pelo fato deles não serem ativos geradores de caixa, como uma fazenda ou uma companhia. É esse tipo de notícia que mais causa distorções no mercado pelo fato de influenciar muitos investidores ao redor do mundo, e isso é ruim. Vou explicar.

  Muitos investidores ainda investem de forma errada, não sabem definir uma estratégia alinhada com os seus objetivos e não dão importância aos estudos na área, e ao ver uma notícia como essa, começam a investir de forma desesperada em ouro e criptomoedas com medo de um suposto “tsunami hiperinflacionário” surgir em breve no mundo. Alguns podem chegar a inflar demasiadamente a alocação em reserva de valor na carteira, podendo chegar a algo em torno de 5 a 10% do total da carteira. Olha que loucura, o indivíduo começou a investir faz pouco tempo, tem cerca de R$50 mil investidos e desse total tem R$5 mil investidos em metais preciosos e/ou criptomoedas. Com uma posição tão expressiva assim na carteira, eu pergunto a esse investidor: “Você sabe a hora de entrar e a hora de sair nesse tipo de investimento? Sabe por quanto tempo pretende manter esse tipo de investimento na carteira? Sabe o potencial de impacto deles na carteira caso venham a perder valor?”. O investidor precisa conhecer a fundo a reserva de valor antes de se posicionar nela para não perder rentabilidade no longo prazo.

  Não sou gestor de fundos de investimentos, mas eu tenho uma ideia razoável de qual seria a melhor tática de alocação em reservas de valores. Eu até já falei nisso em outro artigo (ver aqui). Para quem ainda não conseguiu atingir milhões de reais (pode ser em dólares se preferir) em carteira de investimentos, sugiro alocar um percentual entre 0,1 e 1% em reservas de valores para se proteger em momentos de incerteza. Lembrando que existem diversas formas de investir nessas reservas.       

  Antes de você decidir se abarrotar de reservas de valores, é necessário que vocês os conheçam profundamente. A assimetria de retorno (volatilidade) deles é muito alta, principalmente das criptomoedas, que apesar de eu gostar do racional por trás deles, ainda não se provaram no tempo, diferente dos metais preciosos. Para quem tem um perfil mais conservador e não tem estômago para lidar nem com o risco de mercado de ativos geradores de renda, talvez seja mais prudente molhar apenas a “ponta dos dedos dos pés na correnteza” para não correr o risco de morrer no meio do caminho!    


Abraços,

Seja Independente

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O Brasil sendo Brasil mais uma vez...

 


Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre a atual situação política em que vivemos com base no artigo de Felippe Hermes no Infomoney “O Brasil segue sem perder a oportunidade de perder uma oportunidade” (ver aqui). Assim como eu já falei e reiterei em diversos artigos aqui no blog (ver o último aqui), o Brasil segue cometendo os mesmos erros de sempre, desperdiçando oportunidades para reformar todo o Estado e alavancar o crescimento econômico necessário para a distribuição de oportunidades para as nossas crianças e jovens, e a geração de emprego e renda para a população economicamente ativa.

  Nesse artigo do Infomoney, o jornalista Felippe Hermes destaca que a reforma administrativa está sendo engavetada por questões essencialmente eleitoreiras. Essa reforma é essencial, pois visa o enxugamento da máquina pública e a deixa mais focada no que é essencial para o cidadão brasileiro: educação, saúde e segurança. Imagine você ter uma empresa e comprometer 70% do orçamento dela com o pagamento de folha de pessoal, sem a possibilidade de implementar uma meritocracia e de demitir aqueles que não desempenham bem o seu trabalho. Loucura não é mesmo?       

  Sabemos que o governo precisa atender os interesses do establishment para tocar as suas políticas públicas com vistas a melhorar a vida do cidadão comum. Mas quem é minimamente entendido sabe que sem tirar o peso do Estado inchado das costas da classe produtiva não há desenvolvimento econômico sustentável. Então se faz necessário encontrar um meio-termo que vai impactar justamente os mamadores de impostos (leia-se classe política, elite do funcionalismo público e empresários isentos de impostos) e favorecer o cidadão comum. Afinal, temos vários exemplos de países desenvolvidos que tributam pesadamente, mas retornam com bens e serviços de primeira qualidade. Ora bolas, se eles conseguem por que o Brasil não pode conseguir? Como eu já disse em um artigo anteriormente (ver aqui), não existe uma supremacia de raças no mundo, pois cada sociedade é capaz de transformar o meio em que vive. Se realmente houvesse supremacia de raças, não haveriam bilionários de diferentes nacionalidades ao redor do mundo, como são os casos de Eduardo Saverin (Facebook), Sergey Brin (Google), Elon Musk (Tesla e SpaceX), Jack Ma (Alibaba) e vários outros.   

  Vamos torcer para que a agenda econômica de Paulo Guedes seja implementada em sua integralidade até o final do mandato. Mas ao mesmo tempo vamos ser realistas sabendo que o Brasil pode continuar sendo o Brasil até lá, e que concentrar toda a sua carteira de investimentos aqui pode ser arriscado caso a situação degringole de vez. Diversifique geograficamente. A Avenue, o IVVB11 e os BDRs (não gosto dessa opção) estão aí para te ajudar.  

 

Abraços,

Seja Independente

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Você controla os seus gastos com “lembrancinhas”?

 


Olá pessoal,

 

  Vocês têm uma mínima noção de quanto gastam com “lembrancinhas” em um ano inteiro? Mesmo que na hora da compra você não considere um gasto relevante, essas pequenas despesas quando somadas em um ano se tornam um verdadeiro “furo” no seu orçamento. Para você ter uma noção, vamos colocar na ponta do lápis todas as possíveis lembrancinhas compradas por um chefe de família em um ano inteiro.

  No ano temos algumas datas especiais, como o dia das mães, o dia dos pais, aniversário da esposa, aniversário do filho e diversos aniversários de familiares próximos e amigos. Além disso, existem sempre aqueles eventos especiais que demandam lembrancinhas, como casamento, chá de panela, chá de fralda, confraternização de Natal (essa o 13º cobre né?) e por aí vai... Vamos estimar que o indivíduo compre 20 lembrancinhas por ano, em média. Também vamos estimar que cada lembrancinha custe R$ 150,00, em média. Já estamos falando de uma despesa total de R$ 3.000,00 por ano apenas com esse item de despesa. Supondo que esse indivíduo tenha uma renda anual de 100K, essa despesa “invisível” já representa 3% de todo o orçamento anual. Pode parecer pouco, mas quando você leva em consideração outras despesas mais relevantes, como moradia, alimentação, transporte e educação, você se dá conta que esses 3% é aquela pedra no sapato que te impede de fazer coisas prazerosas na sua vida, como viagens internacionais e festas de aniversário.      

  Uma dica valiosa para quem quer ter o controle desse tipo de despesa é somar os gastos do ano anterior e dividir essa soma por 12 meses, para que você fazer uma provisão mensal desse tipo de gasto. Com isso você saberá qual é o limite mensal para gastos dessa natureza. Lembrando que a soma dos gastos do ano anterior é apenas para você ter uma referência, cabendo a você estabelecer qual é o total a ser gasto com lembrancinhas no ano seguinte.

  Não é questão de ser ou não ser mão de vaca. É apenas questão de prioridade e controle. Esse tipo de descontrole pode emperrar todo um planejamento financeiro na medida em que ele diminui o volume de recursos a serem aportados na carteira de investimentos, podendo em alguns casos mais graves obrigar o indivíduo a tomar empréstimos, o que é pior. Cada moedinha de 1 real que você planta hoje será uma árvore enorme de cédulas de 100 reais no futuro. Lembrem-se que nós temos sonhos a serem realizados ao longo da vida e um compromisso financeiro com nós mesmos no futuro. Não se esqueçam disso, por favor.

 

 Abraços,

Seja Independente

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A “debandada” no Ministério da Economia

 

Salim Mattar


Olá pessoal,

 

  Já estão sabendo da novidade? Os secretários Salim Mattar (fundador da Localiza) e Paulo Uebel pediram demissão do Ministério da Economia hoje (fonte). Conforme o que consta na matéria do Infomoney, nos bastidores essa “debandada” se dá em meio a insatisfações sobre a postura do governo federal em relação à reforma administrativa, deixada para 2021, e à agenda de privatizações.    

  Quem lê os meus artigos com frequência sabe que eu não gosto de adentrar em assuntos políticos nos meus artigos, mas eu gostaria de fazer algumas pontuações em relação a esse caso. Independente da posição política de cada um, o leitor há de concordar que o nosso presidente não tem a devida noção da importância de seguir a agenda liberal proposta pela equipe econômica, senão vejamos: a reforma administrativa será adiada por mais um ano, a agenda de privatizações anda a passos lentos, a reforma do pacto federativo está engavetada no Congresso desde o ano passado, a reforma tributária está começando a tramitar agora, etc. No início do governo eu acreditava que o presidente aproveitaria a popularidade em alta para passar a maior parte das reformas, nem precisando aprovar muitas, mas protocolando-as e fazendo-as avançar a passos largos. Mas não foi isso que se viu. E não adianta colocar toda a culpa nesse Congresso reformista que, apesar de todos os pesares, foi repaginado na última eleição com a entrada de “novas ideias” e que até considero como o menos ruim da nossa história recente.

  Política não deve ser o foco principal do investidor. Mas deve ser levado em consideração para analisar o contexto macroeconômico. Nem sempre é fácil ponderar o fator político na análise de investimento. Um hábito que me ajuda muito nesse quesito é a leitura de bons livros, bons artigos e notícias relacionadas à política e finanças. Quanto mais você ler, mais conhecimento você adquire para saber antecipar os seus movimentos no mundo dos investimentos. Os sinais nos são repassados pela imprensa todo dia e cabe a nós “linká-los” com o conhecimento adquirido nos livros e nos artigos. Pode haver erros no meio do processo? Sim, com toda certeza. Mas esses erros nos permitem enxergar o motivo de estarmos errando para que possamos fazer as devidas correções com “o carro andando”. Ou como muitos dizem, nos permitem aprender a aprender!       

 

 Abraços,

Seja Independente

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Fale a verdade: você ainda cai em golpe de pirâmide financeira?


Olá pessoal,

 

  Vou falar hoje sobre os golpes aplicados pelas pirâmides financeiras. Ainda caem nesses golpes? Primeiramente, quero lembrar a todos que o simples fato de você ter caído em um golpe como esse não significa dizer que você necessariamente é menos inteligente, ingênuo, ou qualquer outro adjetivo depreciativo que você queira dar. Esse fenômeno social é fruto de uma mistura de ganância com falta de educação financeira presente na nossa sociedade. E os cabeças desses esquemas sabem muito bem disso.  

  Quantas vezes não já vimos propagandas desses esquemas nas mídias sociais tentando fisgar as vítimas? São muitos não é mesmo? E qual é a mensagem padrão que aparece em todas elas que fazem florescer a ganância nas pessoas? “Obtenha retorno garantido de até tantos por cento ao dia e fique rico”. Geralmente essas pirâmides prometem retornos diários totalmente irreais de 5 a 10% ao dia, por exemplo, e convencem as vítimas de que não há risco. O problema é que não existe nenhum investimento no mundo que “garanta” uma rentabilidade diária tão grande durante certo intervalo de tempo. Se as pessoas tivessem uma noção clara de como funcionam os juros compostos nos investimentos, elas não dariam atenção para as propagandas dessas pirâmides nem por um segundo sequer. Ora, se uma pessoa investir 10 mil reais num esquema desse tipo hoje a uma taxa de “apenas” 1% ao dia, e for resgatar em 06/08/2025, ela será tranquilamente a pessoa mais rica do mundo, sem fazer esforço. Qualquer pessoa que saiba calcular juros compostos sabe que isso é insustentável até para um período considerado curto.        

  Não existe ganho fácil no mundo dos investimentos. O que existe é estudo, disciplina e paciência. E uma pitada de sorte. Portanto, para que você que já caiu num esquema de pirâmide não caia mais, procure primeiramente saber se aquele investimento é registrado e fiscalizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que é a autarquia federal responsável pela fiscalização do mercado financeiro. E segundo, procure estudar os juros compostos e as diferentes formas de se calculá-lo, para que você possa distinguir o que é realidade e o que é ilusão.   

 

 Abraços,

Seja Independente


domingo, 2 de agosto de 2020

Afinal, vale a pena financiar a casa própria?


Olá pessoal,

 

  A casa própria sempre foi o sonho da maioria esmagadora dos brasileiros, não é verdade? É um sonho que foi incorporado à nossa cultura, mas que infelizmente ao longo de décadas tem sido explorado pelas instituições financeiras e pelo mercado imobiliário para parasitar as finanças daqueles que, em sua grande maioria, padecem de uma falta de educação financeira. Vou explicar o meu raciocínio.  

  Primeiramente, o leitor deve compreender que investir na casa própria é o maior investimento que ele irá fazer na sua vida, pois o valor de um imóvel é muito alto. E quando ele financia esse imóvel, o valor tende a ser mais alto ainda e compromete (“empoça”) boa parte da renda durante décadas. O leitor deve concordar comigo que em décadas muita coisa pode acontecer com ele, como mudar de cidade, ficar desempregado, ficar doente e vários outros fatores que podem impactar fortemente o financiamento do imóvel. Talvez não seja interessante antecipar esse sonho, mas sim se planejar financeiramente aplicando uma parte da poupança em um investimento conservador que o permita adquirir a casa própria com recursos próprios em poucas décadas, e o melhor, de uma forma segura e tranquila.    

  O leitor também deve entender que, historicamente, os juros praticados pelos bancos brasileiros beiraram a agiotagem, incluindo os juros do financiamento imobiliário. Se você acha que isso é irrelevante, fique sabendo que o Brasil tem o 2º maior spread bancário do mundo (fonte). Esse detalhe fez muita diferença para os brasileiros que financiaram imóveis no passado. Porém, no momento atual, estamos vendo um movimento por parte do Banco Central e dos bancos tradicionais para baixar os juros a patamares historicamente mínimos, se aproximando dos juros praticados por outros países. Prova disso é o número de pedidos de portabilidade de crédito registrados de janeiro a abril de 2020 no país, mais de 10 mil (fonte). Portanto, as condições para o financiamento melhoraram, mas o leitor, mesmo assim, deve levar em consideração todos os fatores antes de tomar uma decisão tão importante.

  Vejam bem, não é a minha intenção aqui convencê-los a não financiar a casa própria em nenhuma hipótese. Quem já analisou todas as variáveis e tem esse sonho, vá em frente. Porém, se você ainda não tem certeza quanto ao seu futuro profissional ou até mesmo à sua saúde ou à sua relação conjugal, pense mais um pouco antes de dar esse grande passo na sua vida que pode comprometer uma parte da sua renda durante décadas. Quem sabe poupando e aplicando o valor que você dispenderia todo mês com o financiamento, você não teria no futuro o valor total necessário para comprar o seu imóvel dos sonhos, mas agora já com uma estabilidade financeira, uma maturidade e uma educação financeira maiores? Hum? Não seria melhor?

      

 

 Abraços,

Seja Independente