Olá
pessoal,
Neste artigo de hoje eu irei falar (mais uma
vez) sobre a importância de diversificar geograficamente. Eu sei que já falei
sobre isso em vários artigos aqui no blog, são tantos que até peço
encarecidamente ao leitor para pesquisar. Mas hoje irei escrever em tom de
desabafo. Explico!
Quando eu comecei a investir por conta
própria, eu já percebia a importância desse tipo de diversificação. Mas ainda
não compreendia a fundo o quão importante é para nós brasileiros. Achava,
ingenuamente, que após tantos escândalos de corrupção, tantos “voos de galinha”,
tantas crises econômicas, e tantos outros sofrimentos, o nosso país como
sociedade iria amadurecer, voltar a produzir e começar a fincar as bases de
sustentação de um desenvolvimento socioeconômico que nos proporcionasse um
futuro mais justo e próspero. Ledo engano! Desde o ano passado eu venho
captando os “sinais” de esfalecimento moral, intelectual e econômico da nossa
sociedade, corroborando aquele velho ditado de que “O Brasil não é para
amadores”. Eu consigo captar nas minhas leituras diárias, na minha atividade
profissional, nas conversas entre familiares e amigos, nas atitudes alheias,
enfim, de várias formas. O meu ceticismo só fez aumentar a cada dia.
Como eu achava que as coisas iriam mudar de
uma forma mais acelerada do que o de costume no nosso país, eu resolvi alocar uma
parte da minha carteira no ETF IVVB11. Mas após as minhas constatações e o
agravamento da crise fiscal decorrente da pandemia, eu compreendi que o IVVB11
não será suficiente para uma boa diversificação geográfica, pois os recursos
alocados nele são custodiados no Brasil, possui uma taxa de administração mais
alta do que os seus pares nos EUA e não distribui dividendos aos cotistas. Além
da desvantagem fiscal de recolher 15% de imposto de renda na venda de cotas com
ganho de capital, independente do valor. Portanto, eu resolvi abrir uma conta numa
corretora norte-americana chamada Avenue Securities, fundada por brasileiros e
com capital social aberto na NASDAQ. É uma corretora já instalada há alguns
anos na terra do Tio Sam e que a cada dia aumenta a sua captação de clientes
brasileiros, inclusive investidores famosos. Investir diretamente nos EUA abre
um leque de opções a nível mundial que o investidor brasileiro não consegue ter
aqui.
Abertura de capital da Avenue na Nasdaq |
Mas eu não tomei essa decisão apenas para
diversificar a parte “internacional” da minha carteira. Vai muito além disso.
Primeiramente, ter investimentos lastreados em dólar é quase como um seguro para
a carteira, cumprindo a função de hedge cambial. E você também pode formar o
seu patrimônio de uma forma menos onerosa, pejotizando os recursos investidos
através de uma empresa offshore (para saber
mais clique aqui). Esses dois fatores já são mais do que suficientes para
encorajar qualquer investidor que esteja insatisfeito com o nosso país a tomar
uma decisão como essa. Sem dúvida nenhuma é uma forma de proteção eficaz contra
surtos hiperinflacionários e rupturas político-econômicas em nosso país.
Mas é importante ressalvar que essa mudança
geográfica dos investimentos deve ser feita com cautela e de forma gradativa.
Quem tem IVVB11, assim como eu, sugiro manter. Caso dê alguma “zebra” na Avenue
e você precise transferir a custódia dos investimentos norte-americanos para outra
corretora lá, os recursos investidos no IVVB11 continuarão diversificando
geograficamente a sua carteira enquanto a transferência vai sendo processada.
Beleza?
Abraços,
Seja
Independente
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