terça-feira, 30 de junho de 2020

Brasil, um país de endividados!





Olá pessoal,

  Neste artigo de hoje eu irei falar sobre a atual situação financeira da maioria das famílias brasileiras, que é uma situação de endividamento, ou seja, uma péssima situação. Segundo dados do SPC Brasil em janeiro de 2019, um total estimado de 62 milhões de consumidores brasileiros estavam com o nome negativado. E isso na pessoa física (fonte). Na pessoa jurídica a dívida é considerada uma ferramenta necessária em algumas situações temporárias de insolvência ou de investimento. Esse total de endividados representa um percentual de quase 30% da população. Isso significa dizer que uma boa parte da nossa população não consegue gerar capital excedente (riqueza) para ela e para o resto da economia. Vou explicar neste artigo as causas dessa situação e o que deve ser feito para sair dela.
  Como vocês já devem ter percebido, já reiterei em vários artigos publicados aqui no blog que a nossa população carece muito de educação financeira. Além disso, a concentração bancária no país aliada uma taxa de juros historicamente alta permitiu uma “drenagem gigantesca” dos recursos gerados pela classe produtiva através dos juros extorsivos e das taxas abusivas praticados pelos bancos. Tudo isso impediu que os brasileiros conseguissem poupar mais e investir mais e melhor. Com um nível de poupança e investimento muito baixo, o que vemos atualmente no país é uma economia estagnada, uma população mais endividada e pobre, e um cartel de bancos mais rico. Portanto, nós que somos investidores e educadores financeiros, devemos continuar o nosso trabalho de educação financeira, enquanto o governo na figura do Banco Central deve continuar baixando a taxa de juros básica (Selic) de forma responsável e dar as condições necessárias para novos players ingressarem no mercado financeiro, diminuindo gradativamente a concentração bancária atual. 


  

  Para quem atualmente está numa situação de inadimplência (pessoa física), mas quer sair dessa situação e iniciar um planejamento financeiro para alcançar a independência financeira, sugiro dar os seguintes passos: 1º) não contraia mais nenhuma dívida; 2º) comece a poupar uma parte dos seus rendimentos mensais; 3º) com os recursos poupados comece a quitar as dívidas, priorizando as que tiverem uma taxa de juros maior; 4º) após quitar todas as dívidas, continue poupando e avalie qual a melhor forma de começar a investir, podendo ser por conta própria ou podendo ser por delegação a um profissional da área. Mas o mais importante, que precede qualquer passo a ser dado, é ter a consciência de que se endividar frequentemente é um hábito nocivo para as suas finanças e girar a chave será necessário para mudar a sua realidade financeira.
  Se você acha que sair do endividamento e alcançar a independência financeira é algo inalcançável para você, fique você sabendo que existem incontáveis histórias nas mídias sociais (YouTube, Instagram, Facebook etc.) que mostram justamente o contrário, que é perfeitamente alcançável. Ainda duvida? Faça um favor a você mesmo e comece a pesquisar!

Abraços,
Seja Independente

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Reserva de Valor




Olá pessoal,


  Neste artigo de hoje eu irei falar sobre uma classe de ativos que é recomendada por todos os profissionais do mercado financeiro, que são as reservas de valor, especialmente os metais preciosos (ouro e prata) e as criptomoedas (bitcoin). Por falar em bitcoin, já publiquei um artigo sobre ele (ver aqui). Eu irei explicar que não existe uma estratégia padrão para investir nessas reservas, pois depende muito do perfil e dos objetivos do investidor.  
  Afinal, o que é reserva de valor? Basicamente, é uma das funções exercidas pela moeda, que consiste basicamente em preservar o poder de compra do detentor dela ao longo do tempo. Mas quando eu falo em “moeda”, não me refiro unicamente à moeda fiduciária, que é aquele papel-moeda emitido pelos governos que serve como meio de troca de bens e serviços. Também me refiro aos outros meios de troca que preservam o nosso poder de compra ao longo do tempo, como o ouro e o bitcoin. E por que essas duas reservas são recomendadas pelos profissionais do mercado para compor uma carteira? Por que em momentos de hiperinflação, a moeda fiduciária perde o seu valor ao longo do tempo, corroendo o poder de compra de quem a detém (leia esse artigo aqui), restando ao ouro e ao bitcoin desempenhar a função de reserva de valor, pois ambos possuem uma escassez muito maior. Com isso, a demanda por eles tende a aumentar sensivelmente, jogando as suas cotações para cima e, consequentemente, compensando a desvalorização dos ativos que compõem uma carteira, equilibrando, assim, a rentabilidade total dela.     



  Para desempenhar bem essa função estratégica dentro de uma carteira, os profissionais do mercado financeiro recomendam investir em ouro através de contratos negociados na Bolsa de Valores ou fundos de investimento/ETF, e o bitcoin através de Exchanges confiáveis. Mas eu, particularmente, não gosto muito de investir em reserva de valor dessa forma, pois o meu objetivo como investidor não é apenas obter uma rentabilidade razoável no longo prazo, mas também obter uma renda passiva no futuro. Prefiro investir em ouro em meio físico para me socorrer em casos extremos de escassez, exercendo dessa forma uma função de meio de troca. Já em relação ao bitcoin, recomendo ter muita cautela ao investir nele, analisando cuidadosamente as Exchanges disponíveis para aportar, pois muitas não são confiáveis. Também é possível o ataque de hackers que roubam carteiras com o dinheiro virtual.
  É importante que o investidor também saiba filtrar os ensinamentos transmitidos pelos maiores investidores do mundo, em sua maioria bilionários, no que diz respeito ao valor do dinheiro. Para eles, faz muita diferença ter outras reservas de valor que possam socorrê-los em casos extremos de escassez monetária, pois eles têm muito dinheiro. Mas para a maioria esmagadora das pessoas, a regra não é essa. Nós, que não fazemos parte desse seleto grupo, precisamos da moeda fiduciária para poder sobreviver e, consequentemente, dos ativos geradores de renda que compõe as nossas carteiras. Apenas quando atingimos um “valor de arrebentação” da carteira (digamos, R$ 1 MILHÃO), é que nós devemos nos preocupar em formar reservas de valor de uma forma mais consistente. Quando isso acontecer, aumente o percentual alocado em reservas para 5% do total da carteira (sugestão, não recomendação).      
  Como eu disse no início do artigo, não existe uma estratégia padrão para investir em reservas de valor, pois isso varia de acordo com o perfil e os objetivos do investidor. Se o investidor quiser investir em metais preciosos através de contratos ou fundos e em criptomoedas para diminuir o risco da carteira, ótimo! Com certeza ele conseguirá atingir o seu objetivo de obter uma rentabilidade média no longo prazo próxima da almejada no início da formatação da carteira. Mas talvez esse não seja o principal objetivo do investidor, que é o meu caso. E eu posso mudar de ideia no futuro também. O que importa é o investidor se sentir confortável com a sua estratégia, pois investir não pode ser uma atividade que tire o seu sono, pelo contrário, que lhe dê tranquilidade!


Abraços,
Seja Independente

quinta-feira, 25 de junho de 2020

A propaganda do Itaú Personnalité!


Olá pessoal,

  Acredito que muitos de vocês já devem ter visto a propaganda do Itaú Personnalité ou pelo menos a repercussão dela nas mídias sociais (ver o vídeo aqui). O CEO fundador da Corretora XP, Guilherme Benchimol, se manifestou abertamente a respeito do vídeo em suas redes sociais (ver aqui) e (ver aqui), defendendo os assessores de investimentos. Muitos estão opinando que é apenas uma jogada de marketing de ambas, já que o Itaú tem 49% de participação no capital social da XP. Seria uma espécie de “teatro das tesouras” estilo PT x PSDB (risos). Mas não pretendo focar nisso, mas sim num fenômeno que vem ocorrendo no nosso país nos últimos anos. Vou explicar do que se trata.
  Quem tem um pouco mais de idade sabe que no nosso país a taxa de juros básica (Selic) sempre foi historicamente alta, com juros reais atrativos. Após o início do Plano Real em 1995 ela estava na casa dos 53%, chegando a 58% no ano seguinte. Na primeira década do novo milênio a taxa Selic média foi de 15,56%. Isso significa dizer que durante esse período o poupador médio brasileiro aplicava na caderneta de poupança ou no CDB do “bancão” onde ele tinha conta e conseguia obter uma rentabilidade real (descontada a inflação) próxima de 14% ao ano ou 1,10% ao mês, sem fazer nenhum esforço. Repito, rentabilidade REAL, descontada a inflação, num investimento com risco praticamente nulo. Com isso, todo mundo saía ganhando: o gerente conseguia bater as suas metas mensais de recursos captados para o “bancão” e os aplicadores de renda fixa ganhavam os seus juros elevados sem fazer esforço. E por que isso acontecia? Isso acontecia porque o governo optava por debelar a hiperinflação anterior ao Plano Real que corroía o poder de compra do brasileiro com uma política monetária extremamente contracionista, ao invés de debelar também com uma política fiscal responsável. Com a taxa de juros na lua, os estrangeiros procuravam aportar dólares no Brasil para aproveitar essa “Disneylândia dos juros altos”. Com a entrada de mais dólares no país, mais o real se valorizava frente ao dólar (artificialmente, diga-se de passagem), controlando assim a hiperinflação dos preços dos bens e serviços.           
  Diante desse cenário, e como o sistema bancário nesse período era extremamente concentrado em poucos “bancões”, não houve preocupação por parte dos brasileiros em educar-se financeiramente e investir de forma mais arriscada, já que os juros altos estavam garantidos pelo “bancão”, sem necessidade de correr riscos. Sendo assim, o cartel de bancos começou a explorar a falta de educação financeira dos brasileiros e lucrar em cima disso, empurrando péssimos produtos bancários, como títulos de capitalização, consórcios (isso nem é investimento!), fundos de investimentos de renda fixa e previdências privadas com taxas de administração exorbitantes, etc. Sem contar as taxas de juros cobradas no cheque especial, cartão de crédito e empréstimos. De fato, nunca houve uma preocupação com o cliente por parte dos “bancões”, mas sim com o atingimento de metas impostas “goela abaixo” aos seus gerentes de contas.
  Porém, para a nossa sorte, está havendo uma redução da taxa Selic de forma gradativa nos últimos 3 anos. Hoje a Selic está em 2,25%, com uma rentabilidade real negativa. Isso força o aplicador da caderneta de poupança e de outros produtos bancários de péssima qualidade a saírem da zona de conforto para buscar uma rentabilidade maior, seja por conta própria através de conhecimento adquirido, seja delegando os seus investimentos a um profissional da área. E é aí que entra a figura do agente autônomo de investimento (comumente chamado de assessor de investimentos), defendido pelo fundador da XP, Guilherme Benchimol. Esse profissional é um “gerente” que trabalha em um escritório vinculado a uma corretora de valores. Mas diferente do gerente tradicional do banco que se preocupa apenas com o cumprimento de metas, mesmo que para isso tenha que empurrar “tranqueira” para o cliente, o assessor de investimentos disponibiliza ao seu cliente um atendimento personalizado, dedicando uma atenção full time a ele. O assessor, primeiramente, procura identificar qual é o perfil do seu cliente e com isso busca formatar uma carteira de investimentos de acordo com esse perfil. Além disso, as corretoras não ofertam para os seus clientes produtos de péssima qualidade, pois o foco está na satisfação do cliente. Esse tipo de profissional não recebe um salário fixo. Ele recebe comissionamentos de acordo com o volume de recursos captados da sua carteira de clientes para a corretora. O assessor, antes de mais nada, é um empreendedor que arrisca o seu próprio dinheiro para prestar um serviço de assessoria aos clientes. Percebem a diferença?     
  Não pretendo aqui neste artigo desmerecer os gerentes de bancos ou qualquer outro tipo de profissional do mercado financeiro que tenha se sentido ofendido. Quem sou eu para julgar alguém, ainda mais sabendo que cada um precisa sustentar a sua família e proporcionar um futuro mais digno para os seus filhos? Eu apenas pretendo mostrar aqui que está havendo uma mudança cultural na prestação de serviços de assessoria financeira no nosso país, com foco em primeiro lugar no cliente. E isso é muito importante para a população brasileira. Portanto, alegrai-vos!


Abraços,
Seja Independente

sexta-feira, 19 de junho de 2020

A robotização da mão-de-obra barata

Olá pessoal,

  Quem acompanha aqui o meu blog deve ter lido um artigo publicado nessa semana onde eu tratei sobre o aumento assustador da desigualdade social que haverá no futuro (ver aqui). Um dos fatores que influenciarão nesse aumento que eu destaquei no artigo é a robotização da mão-de-obra barata. É um fator que também me preocupa bastante. Vou explicar.  
  Quem gosta de acompanhar o surgimento de novas tecnologias e/ou tem o hábito de assistir documentários que tratam sobre as revoluções tecnológicas que houveram na história do capitalismo, tem pleno conhecimento do que está acontecendo nas empresas ao redor do mundo. Muitos empregos já deixaram de existir, muitos deixarão de existir em breve e muitos empregos novos surgirão num futuro próximo (ver aqui). Acredito que os países desenvolvidos têm consciência desse problema e buscarão implementar políticas públicas de educação para preparar os seus jovens em relação à essa robotização dos postos de trabalho. A minha preocupação é em relação aos países subdesenvolvidos com ensino público de baixa qualidade, como o Brasil. Uma preparação bem feita para enfrentar essa robotização passa necessariamente por uma boa oferta de ensino público, do básico ao médio/técnico.    



  Não basta apenas investir mais recursos públicos na educação. Precisamos aumentar a eficiência e a eficácia das nossas políticas públicas de ensino, ou seja, conseguir formar profissionais capacitados para o novo mercado de trabalho otimizando os recursos públicos investidos. Na minha opinião, deveríamos investir na educação básica (da pré-escola ao ensino médio/técnico) ao invés de despejar bilhões de reais em universidades federais, valorizar os nossos professores através de uma política salarial baseada na meritocracia e implementar políticas públicas de integração entre as escolas e as famílias dos estudantes ( comunidade). As escolas públicas devem ter um maior protagonismo na vida das pessoas de uma determinada região, contribuindo para o seu desenvolvimento socioeconômico.
  Confesso que um dos meus setores preferidos na Bolsa de Valores, não do ponto de vista financeiro, mas do ponto de vista social, é o setor educacional. As instituições de ensino são os elementos propulsores do desenvolvimento social de qualquer país. Continuarei investindo nesse setor aconteça o que acontecer, pois assim eu poderei contribuir para o desenvolvimento do meu país de uma forma mais concreta. Obviamente que existem outros setores que cumprem uma função social importante, como o setor de saúde. Mas não se compara, na minha visão, com o setor educacional. A Cogna (antiga Kroton) é a maior empresa do setor no Brasil atualmente (já falei dela nesse artigo aqui) e está investindo fortemente na educação básica através de empresas que compõe a sua holding, a Saber e a Vasta. 
  Enfim, a única forma de enfrentar o processo de robotização no mercado de trabalho e catapultar o desenvolvimento econômico de um país é investir com qualidade na educação. Investir em infraestrutura, em abertura de mercados com privatização de estatais, em importação de mão-de-obra qualificada etc., gera um crescimento econômico de curto e médio prazo. Mas não gera um crescimento econômico de longo prazo de forma sustentável. Como eu já falei diversas vezes em outros artigos: pessoas e cultura são a matéria-prima para o desenvolvimento econômico de um país. Guardem isso por favor! 


Abraços,
Seja Independente

quarta-feira, 17 de junho de 2020

A problemática América Latina!


Olá pessoal,

  Quem é leitor assíduo do site Infomoney deve ter lido nessa semana dois artigos interessantes de dois colunistas. Um do colunista Felippe Hermes que trata da Argentina (ver aqui) e outro do colunista Aod Cunha que trata do Brasil (ver aqui). Eu não poderia deixar de escrever um artigo a respeito da América Latina após ler esses dois artigos. Deixando de lado o “ranço ideológico” que teima em reinar na cultura latino-americana, vamos analisar os motivos pelo qual essa região do continente americano continua sofrendo com baixo desenvolvimento humano, baixa produtividade, alto endividamento, entre outras coisas. 
  Antes que venham à mente de vocês questões como desigualdade social, concentração de renda, falta de políticas públicas, e outras temáticas concernentes ao problema, vamos analisar as raízes de todos esses problemas. Na minha opinião, o problema é eminentemente político. Todos os países da América Latina herdaram modelos de Estado intervencionista de seus antigos colonizadores, Portugal e Espanha. O que pode explicar a diferença brutal/abissal de desenvolvimento socioeconômico entre o México e os EUA e Canadá (América do Norte). Serão os mexicanos um povo inferior ou menos capaz do que os seus vizinhos norte-americanos? Ou mesmo os latino-americanos ou os países africanos? Não podemos acreditar, meus caros leitores, que existe uma supremacia de raças no mundo como acreditavam os alemães nazistas. Todo e qualquer ser humano e, por conseguinte, sociedade, é capaz de transformar o meio em que vive. O grande problema é que a herança “maldita” dos nossos antepassados (no caso latino-americano) foi sendo perpetuada através de gerações e se enraizou na própria cultura/identidade da América Latina. E isso gerou oportunidades para uma elite político-econômica mesquinha, golpista, demagoga e inescrupulosa se perpetuar no poder.
  Eu gosto muito de ver os vídeos do Deputado Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (ver aqui), que é descendente da família imperial, onde ele explica que o modelo político a ser seguido é o dos EUA, onde os estados que o compõe têm autonomia equiparável a de um país, onde cada um possui as suas leis (alguns estados têm pena de morte e outros não), os seus orçamentos, enfim, tem “vida própria” e os seus governantes não precisam correr para Washington(DC) com uma xícara e um pirex na mão para pedir dinheiro ao presidente ou aos congressistas da sua base aliada. É justamente isso que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende mudar com o Pacto Federativo. 
  Compreendam que um Estado centralizador dá o aval necessário aos governantes para aumentar os gastos públicos de forma irresponsável, inchar a máquina estatal (empresas estatais loteadas por políticos), dar brechas para a corrupção (desvio de recursos) e todos os outros sintomas gerados por essa distorção. Façamos uma retrospectiva e iremos reconhecer que houveram diversas rupturas políticas na nossa história desde a República em 1889, senão vejamos: ditadura de Getúlio Vargas, ditadura militar, redemocratização, impeachment de Fernando Collor e impeachment de Dilma Roussef. Quem leu o artigo sobre a Argentina viu que a retrospectiva foi a mesma, até pior. Não é à toa pessoal. Não sei como foi no México, mas acredito que também tenha tido uma história marcada por rupturas políticas.
  Obviamente que esse problema é muito complexo e uma série de outros fatores agravam esse tipo de situação. Mas é um problema que deve ser analisado frequentemente pela nossa sociedade para que as nossas gerações futuras tenham uma vida mais digna e próspera. Pensem um pouco mais a respeito!


Abraços,
Seja Independente

terça-feira, 16 de junho de 2020

A desigualdade social no mundo vai crescer exponencialmente!


Olá pessoal,

  Hoje tratarei sobre um tema que é do interesse de todas as pessoas, independente de serem investidoras ou não: o futuro crescimento exponencial da desigualdade social no mundo. É um tema preocupante para muitos acadêmicos e a solução para tal injustiça ainda não é consenso entre eles. Vou explicar com maiores detalhes.
 São diversos os fatores que influenciarão nesse crescimento assustador da desigualdade social no futuro. Dentre eles, podemos destacar: a falta de educação financeira da maioria da população, o aumento do desemprego causado pela robotização da mão-de-obra barata e o aumento da população idosa e das aposentadorias. Desses 3 fatores, eu gostaria de destacar como principal fator a falta de educação financeira da grande maioria das pessoas. Essa carência é o que os tornam reféns dos grandes bancos e das grandes empresas de consumo. Por isso aquele velho ditado continua verdadeiro: o rico fica cada vez mais rico e o pobre fica cada vez mais pobre. Com o aumento da concentração de patrimônio e renda nas mãos dos bilionários e dos multimilionários e a consequente diminuição de renda dos mais pobres, muitos especialistas já vislumbram no futuro um “Bolsa Família Mundial”. O aumento do desemprego (mesmo que temporário) em virtude da robotização e o aumento dos gastos públicos com aposentadorias também aumentarão a concentração de renda caso políticas públicas que combatam essa distorção social não sejam implementadas pelos países. Baseando-se no retrospecto histórico de políticas públicas nas últimas décadas em alguns países, podemos concluir que a desigualdade inevitavelmente vai aumentar.
  Para aqueles leitores que se interessam sobre o assunto, eu recomendo ler alguns livros do autor Thomas Piketty (já ouviram falar nele?). Sugiro ao leitor filtrar alguns trechos com viés ideológico e procurar também ler outros livros que tratem sobre o tema, mas com uma outra perspectiva (sem tanto viés, entendeu?). Seguem abaixo os livros:






Abraços,
Seja Independente

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Você conversa com o(a) seu(ua) cônjuge sobre dinheiro?


Olá pessoal,

  Hoje é 12 de Junho de 2020, mais um Dia dos Namorados para milhões de brasileiros(as). É um Dia dos Namorados bem atípico, com bares e restaurantes fechados em todo o país. E eu gostaria de aproveitar esse dia especial para falar sobre um assunto de suma importância que inclusive é um dos principais motivos de separação no nosso país (fonte 1) e (fonte 2): a falta de diálogo sobre dinheiro.
  Como muitos sabem, o custo total com um processo de divórcio é muito alto, podendo dilapidar todo um patrimônio construído ao longo de vários anos. Para quem tem o hábito de investir, eu não preciso nem comentar os seus efeitos deletérios. Para quem não tem o hábito de investir, mas possui um negócio próprio, por exemplo, também é devastador! Por esse motivo é importantíssimo manter o hábito de dialogar sobre dinheiro. Casais que mantêm esse hábito desde o início do relacionamento terão uma vida mais saudável, não apenas financeiramente, mas em todas as esferas conjugais.
  Para aqueles casais que se interessam sobre o assunto, eu recomendo ler livros que tratem a respeito. Seguem abaixo alguns, com os respectivos links de compra, que podem ajudar vocês:









Abraços,
Seja Independente

sábado, 6 de junho de 2020

A previdência social não vai garantir a sua aposentadoria!


Olá pessoal,

  Calma! Não fiquem tão preocupados! A minha intenção aqui não é fazer terrorismo em relação à Previdência Social. Mas conforme já expliquei em vários artigos sobre esse assunto (admito que é o meu assunto preferido), não é prudente contar exclusivamente com o nosso sistema previdenciário para a sua aposentadoria. No último artigo publicado (ver aqui), eu procurei desmistificar o mito de que a Previdência Social é e sempre será sustentável e suficiente para a aposentadoria, e hoje eu irei falar sobre outros fatores que corroboram a minha tese de que ela não é sustentável, particularmente no caso do Brasil. 
  Como muitos sabem, a taxa de desemprego no nosso país continua muito alta e ainda não temos expectativas de reverter esse quadro tão cedo. Com isso, a quantidade de trabalhadores informais que já é de quase 40% (ver aqui), tende a aumentar sensivelmente. O grande problema é que esses trabalhadores informais geralmente não contribuem para a Previdência Social. Já para os empregados celetistas é mais fácil contribuir, pois eles contribuem juntamente com os seus empregadores para a Previdência Social. Diante desse quadro, o sistema previdenciário terá frustrações de arrecadação, porém terá gastos sempre crescentes, haja vista a taxa de natalidade ter diminuído no Brasil nas últimas décadas e a população idosa continuar aumentando.
  Para piorar a situação, vemos também que a taxa de desemprego entre os mais jovens é a mais alta dentre todas as faixas etárias analisadas (ver gráfico abaixo). Isso é muito ruim para as futuras arrecadações previdenciárias, pois é justamente nessa fase que o indivíduo tem mais saúde e disposição para produzir e gerar riqueza, para ele e para as pessoas. Conforme já expliquei várias vezes nos artigos publicados neste blog, a nossa rede pública de ensino é vergonhosamente deficitária e não prepara os nossos jovens para o mercado de trabalho.


  Com esses prognósticos desalentadores, nos resta como alternativa fazer diversas reformas previdenciárias nas próximas décadas, assim como foi feito em 2019, para que o sistema não colapse e não aumente os rombos fiscais dos governos. Falta vontade política para enxergar o verdadeiro problema do nosso sistema previdenciário, que é investir no futuro (os nossos jovens) e não no passado (gerações passadas).
  Agora eu pergunto a você, meu caro leitor: você vai continuar confiando a sua aposentadoria à Previdência Social? Sugiro que repense um pouco e procure uma alternativa para garantir o seu sustento na velhice com o mínimo de dignidade. Os investimentos no mercado financeiro são uma ótima alternativa para tal fim, independente de qual forma seja (por meio de assessoria ou por conta própria). E aí, vai ficar de braços cruzados e chorar as pitangas no futuro? Ou vai encarar a realidade de frente?
  Seguem abaixo alguns livros sobre o tema:

  






Abraços,
Seja Independente