sexta-feira, 31 de julho de 2020

Você sabe o que é o PIX?


Olá pessoal,

 

  Vocês já estão sabendo do PIX? “PIX?”. Sim, PIX. PIX é a marca única criada pelo Banco Central para definir o novo modelo de pagamentos instantâneos onde serão realizadas transferências monetárias eletrônicas na qual a transmissão da ordem de pagamento e a disponibilidade de fundos para o usuário recebedor ocorre em tempo real e cujo serviço está disponível de forma ininterrupta. Ainda está sem entender? Eu sei que é um pouco complicado, mas para entender melhor (leia essa página do BACEN).

  Resumindo, as transferências do tipo TED e DOC, onde o usuário precisa inserir diversos dados, pagar uma tarifa e ainda aguardar um tempo para processar a transação, deixarão de existir. Não é uma boa notícia? Os custos com intermediadores de um modo geral irão diminuir sensivelmente, incluindo as empresas de maquininhas de cartão, como Cielo, Rede, Stone, Pagseguro e várias outras. Sendo assim, os lojistas não precisarão aguardar um mês para receber os recursos, pois eles serão disponibilizados imediatamente. Para iniciar o pagamento basta usar uma lista de contatos do celular ou um QR CODE.   


  Esse modelo de pagamentos instantâneos tem previsão para começar em novembro deste ano. Se esse modelo der “liga” aqui no Brasil, será muito bom para o nosso ecossistema financeiro, pois os brasileiros tenderão a usar menos cédulas, que são custosas para fabricar (lembram-se do lobo-guará?), tendem a diminuir o custo do meio de pagamento (intermediador) e estimulam a entrada de fintechs no mercado. É uma alternativa “ganha-ganha” para ambas as partes, o pagador e o recebedor. Talvez assim os bancos oligopolistas diminuam um pouco a “parasitagem” dos recursos dos cidadãos brasileiros e facilitem um pouco mais a nossa vida!

      

 

 Abraços,

Seja Independente


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Nota de R$200,00 (lobo-guará)


Olá pessoal,


  Vocês devem ter visto o lançamento da nota de R$200,00 anunciado pelo Banco Central nesta quarta 29/07/2020. Será a primeira vez, em 18 anos, que o real ganhará uma cédula de novo valor. Esse tipo de notícia gera uma repercussão grande na nossa sociedade pelo fato de já termos sofrido muito com surtos hiperinflacionários (já trocamos de moeda 6x nos últimos 50 anos) no passado. Quem tem mais de 30 anos deve se recordar, mesmo que vagamente, de supermercados com prateleiras vazias e os preços dos produtos sendo remarcados mais de uma vez por dia. É um pesadelo que o brasileiro não quer reviver tão cedo e uma notícia como essa com certeza liga um sinal de alerta em todos nós. Mas veremos que cada caso é um caso e esse lançamento não necessariamente gerará hiperinflação no futuro. Vou explicar melhor.  

  Primeiramente, é necessário lembrar que em vários países desenvolvidos no mundo existem cédulas de valores mais altos, como por exemplo, a cédula de 500 euros que existia até pouco tempo atrás na Europa (fonte). Em muitos casos, o lançamento de cédulas mais “graúdas” visa atender temporariamente um aumento da demanda por dinheiro em espécie, que é exatamente o nosso caso neste momento de pandemia (fonte). Isso significa dizer que os brasileiros estão guardando dinheiro em casa para terem um pouco mais de segurança daqui para frente.  

  Dito isso, é necessário compreender que, apesar do Real Brasileiro (BRL) ter se desvalorizado mais de 80% desde a sua criação em 1994, esse lançamento de notas de R$200,00 não necessariamente representa um sinal de hiperinflação num futuro próximo, pois a economia ainda está muito retraída e a inflação está nos mínimos patamares históricos. Esse lançamento não representa um “dinheiro novo” ou um aumento da base monetária, mas apenas um ajuste para atender um aumento esporádico na demanda por dinheiro em espécie.



  A nossa real preocupação deve ser com o aumento gradativo da base monetária caso o governo decida emitir mais títulos públicos ou imprimir dinheiro. Essa última opção não é necessariamente o que o BACEN fará ao despejar essas cédulas de “guaxinim” na base monetária, é algo maior. É o simples ato praticado por um funcionário do BACEN ao dar um comando no computador que irá inflar a base monetária de todo o sistema financeiro nacional. Imprimir mais “papel bordado” na Casa da Moeda é apenas uma consequência desse comando.      


Abraços,

Seja Independente


sábado, 25 de julho de 2020

O lado positivo da pandemia!

Lado positivo da pandemia



Olá pessoal,

  Apesar de sabermos que essa pandemia da covid-19 está sendo terrível para o mundo inteiro, ceifando um elevado número de vidas – estima-se um total de mortes ao redor de 640 mil até o momento (fonte) – e causando impactos severos na economia dos países, existe o lado positivo dela, assim como existiu em todas as outras catástrofes mundiais, como a primeira guerra mundial, gripe espanhola, depressão econômica pós-crash 1929, segunda guerra mundial, surtos inflacionários pós-choques do petróleo na década de 70, recessão econômica pós-crise subprime 2008, sem contar outras crises locais em vários países emergentes (incluindo o Brasil) nos últimos 100 anos.  
  Para que eu seja mais específico e não passe a impressão de estar sendo insensível e indiferente em meio a essa crise sanitária e econômica de proporções nunca antes vista no último século, vou procurar destrinchar aqui qual é esse lado positivo da pandemia em alguns tópicos:                 
1) As pessoas estão se tornando mais corajosas => São nas dificuldades da vida que as pessoas se superam, tirando forças das profundezas do seu subconsciente e colocando em prática tudo aquilo que sempre desejou fazer, sem se preocupar em dar satisfação para a sociedade. Resumindo, elas estão ficando mais corajosas, criando “casca grossa” por assim dizer. Quem tem conta em redes sociais, como Facebook, Instagram, Twiter, Linkedin, entre outras, já percebeu que várias pessoas do seu círculo social com diplomas de graduação universitária, mas que perderam o emprego devido à pandemia ou já estavam desempregadas e/ou subocupadas, resolveram tomar a iniciativa de abrir o próprio negócio fazendo o marketing digital pelas redes sociais. Aquele seu amigo ou conhecido que é advogado, contador, engenheiro civil, publicitário, etc. e subocupado, mas tinha alguns hobbies úteis para a sociedade, como cozinhar, investir, escrever, costurar, cuidar de animais, vender determinados produtos, etc., resolveu dar a cara à tapa e começou a “monetizar” esses hobbies. No longo prazo, o efeito gerado por esse “PLUS de coragem” na economia é muito benéfico para a sociedade, gerando mais prosperidade para as futuras gerações.         





2) As pessoas estão se tornando mais prudentes com o dinheiro => Também são nas dificuldades da vida que as pessoas se tornam mais prudentes com o dinheiro que é suado, fruto de muito trabalho e perseverança. As pessoas agora estão sentindo na pele o quão importante é constituir uma boa reserva de emergência para se proteger de momentos difíceis como esse. Também estão procurando se educar financeiramente, buscando conhecimento através de sites, blogs, vídeos, cursos e livros, e tomando a iniciativa de colocar todo esse conhecimento na prática. A prova dessa mudança positiva que está ocorrendo no Brasil é a de que apenas no mês de março do corrente houve um aumento de 10% do número de CPFs cadastrados na bolsa brasileira (fonte). Acredito com toda a certeza que esse ano é apenas o início de um crescimento exponencial do número de investidores na bolsa, tornando o nosso mercado de capitais mais pujante no longo prazo. Também vale ressaltar que as medidas de prevenção da covid-19 ensejaram uma série de mudanças de hábito por parte das pessoas que se encaixaram perfeitamente com a necessidade atual de economizar despesas, como é o caso do trabalho home office, onde as pessoas poderão trabalhar em casa e interagir com os colegas através de apps de reunião, sem a necessidade de se deslocar e ocupar um espaço alheio, economizando com despesas de transporte e aluguel.
3) As pessoas começarão a se preocupar mais com a saúde => Acredito que essa crise sanitária é a mais severa dos últimos 100 anos desde a gripe espanhola. Nunca houveram tantas mortes em tão pouco tempo nos atuais tempos modernos de internet e inteligência artificial. Nesses tempos, a informação é o bem mais valioso e ela é transmitida para uma quantidade colossal de pessoas ao redor do mundo em questão de segundos. E qual é a principal informação transmitida a respeito da covid-19? É a de que é um vírus oportunista que ataca aquelas pessoas com imunidade baixa. Essas pessoas podem ser divididas em 3: as que têm doenças crônicas como diabetes, lúpus, insuficiência renal, obesidade, entre outras, as que têm uma idade avançada e as que possuem um estilo de vida pouco saudável. Há também aquelas pessoas que não se enquadram em nenhuma dessas hipóteses, mas por estarem na linha de frente (profissionais da saúde) e por questões hereditárias, são mais suscetíveis de serem infectadas e em muitos casos chegam a falecer, infelizmente. Mas o que eu pretendo dizer com essa informação? Que principalmente o grupo de pessoas com um estilo de vida pouco saudável que ainda não foram infectados, estão começando a enxergar a necessidade de adotar um estilo de vida mais saudável, abandonando vícios como alcoolismo e tabagismo, adotando dietas equilibradas e praticando exercícios físicos, para que assim elas possam fortalecer a imunidade e criar uma barreira mais forte para o covid-19.    
  Essas mudanças, aliadas ao avanço tecnológico latente que está mudando os hábitos das pessoas, serão consideradas o “novo normal” daqui para frente. Desejo imensamente que possamos sair dessa crise mais resilientes e mais evoluídos, pois como diz o velho ditado “aquilo que não nos mata, nos fortalece”.


Abraços,
Seja Independente

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Já abriu a sua conta digital?




Olá pessoal,

  Acredito que muitos de vocês já devem ter aberto uma conta digital, não é mesmo? É outra realidade. Praticamente não existem custos de serviços utilizados, com a exceção dos serviços de saque (pelo menos no Nubank, não sei em outros bancos digitais). Para quem investe através de uma corretora de valores mobiliários independente, a conta digital é uma ótima opção, pois a tarifa para transferência é isenta, diferente das transferências tipo TED e DOC dos bancos tradicionais.      
  Atualmente o consumidor brasileiro tem à sua disposição diversas opções de contas digitais das chamadas fintechs. As que eu poderia destacar aqui são: Nubank, Banco Inter, Banco Original, Banco Next, Banco Neon, C6 Bank, Agibank e Modal Mais. Alguns bancos tradicionais também possuem as suas contas digitais, como o Itaú e o Santander, porém sem a mesma gama de facilidades das contas digitais das fintechs (fonte). Como vocês podem ver nessa fonte, algumas dessas fintechs são empresas criadas por bancos tradicionais, como é o caso do Banco Next que foi criado pelo Banco Bradesco. Esse fato demonstra a preocupação que os bancos tradicionais têm em relação a essa revolução digital no mercado bancário. Os bancos tradicionais que não derem a devida importância a esse movimento tenderão a ficarem para trás.                
  Para quem ainda não abriu uma conta digital em uma dessas fintechs porque não se sente seguro em depositar o seu suado dinheiro em uma startup de tecnologia, fique sabendo que essas empresas são reguladas pelo Banco Central como qualquer outra instituição financeira e os depósitos nelas aplicados em CDB e RDB são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso significa dizer que essas empresas devem seguir as mesmas regras seguidas pelos bancos tradicionais para se manterem solventes e terem uma boa governança corporativa, e em caso de falência delas, os mesmos mecanismos de proteção para os clientes que funcionam para os bancos tradicionais também funcionarão para elas. Sugiro aos leitores que desejam abrir uma conta digital, consultar previamente neste site aqui se a fintech ofertante da conta é associada ao FGC para que assim vocês fiquem resguardados.     



  Mas abrir uma conta digital não significa dizer que você deva encerrar as suas contas nos bancos tradicionais. Você pode movimentar apenas a conta digital para pagamentos e transferências e manter as contas correntes nos bancos tradicionais com a finalidade de constituir reservas de emergência e/ou oportunidade, e manter um relacionamento para eventuais demandas por crédito. A diversificação não serve apenas para carteiras de investimentos, mas também para contas de depósito. É uma forma segura e simples de se proteger de um futuro incerto!


Abraços,
Seja Independente

quarta-feira, 22 de julho de 2020

A raiz da tragédia nacional!




Olá pessoal,


  Acredito que muitos de vocês já devem ter visto nas mídias sociais uma tabela divulgada pela Receita Federal do Brasil com os dados do IR mostrando as profissões com maior renda média e com mais isenções (ver aqui). Vou explicar a vocês o que essas informações têm a ver com o título do artigo.  
  Primeiramente, gostaria de dizer que não entrarei em polêmica, pois eu não curto e não é um dos meus objetivos aqui no blog. Dito isso e analisando os comentários em postagens no Instagram, percebe-se claramente que cada profissional procura ao máximo puxar a sardinha pro seu lado. O titular do cartório alega que todos os seus rendimentos são tributados na pessoa física (um chegou a afirmar que 1/3 dos cartórios são deficitários). Os funcionários públicos alegam que merecem, pois estudaram muito, e que o problema são os sonegadores da iniciativa privada. Os profissionais liberais (médicos, engenheiros, advogados, etc.) alegam que esses dados não representam a realidade deles. Enfim, é choradeira para tudo quanto é lado. Mas o meu foco aqui nesse artigo é mostrar um detalhe que passou despercebido para a maioria das pessoas: professores dos ensinos fundamental e médio/técnico não aparecem nessa lista. Como pode um país prosperar se nem ao menos uns dos profissionais mais importantes, se não forem os mais, são valorizados da forma como deveriam? Para termos uma ideia dessa inversão de valores, o piso nacional do magistério no Brasil em 2019 era de R$ 2.557,00 mensais, ou seja, um pouco mais de 2 salários mínimos (fonte). Sem contar as condições de trabalho que são péssimas. Todos sabem como é difícil lidar com crianças e adolescentes mal-educados pelos pais, fora a questão da violência contra os próprios professores em algumas escolas da rede pública de ensino. É desestimulante!       
  Na tabela ainda aparecem na última posição os professores do ensino superior. Nesse caso não vejo nenhuma injustiça, na verdade eu acho que não dá nem para comparar com os professores dos ensinos mais elementares, visto que os professores de universidades e faculdades têm melhores condições de trabalho e alguns deles (não todos) fomentam trabalhos acadêmicos de nenhuma relevância e serventia para a sociedade, principalmente os que lecionam em alguns cursos nas universidades federais (me perdoem, mas não dá para segurar, tive que soltar essa).



  Agora vocês entendem porque eu bato tanto nessa tecla da educação nos meus artigos envolvendo economia brasileira? Há motivos sim para ser bastante cético em relação ao nosso futuro, e esse é o principal motivo. Se o governo começar a se empenhar agora para mudar essa situação, talvez, e com sorte, consigamos estar em outro patamar daqui a umas 5 décadas. Até lá, se você ainda estiver vivo, mantenha a sua mente de investidor aberta para oportunidades fora do país. Esse futuro que nunca chega pode se tornar eterno!


Abraços,
Seja Independente

terça-feira, 21 de julho de 2020

Seguro de vida vale a pena?





Olá pessoal,


  Quem nunca recebeu uma oferta de seguro de vida do gerente do banco? Acredito que esse tipo de produto financeiro seja o que gera mais dúvida na cabeça das pessoas. Mas afinal, o que é um seguro de vida? Primeiramente, é importante frisar que seguro de vida NÃO é investimento, mas sim uma proteção financeira para o segurado e os seus beneficiários em casos de morte, invalidez temporária ou permanente, tratamentos médicos de moléstias graves, dentre outras coisas. Vamos discutir um pouco mais a respeito.
  Muitos profissionais do mercado financeiro aconselham o seguro de vida para aqueles que têm dependentes e ainda não tem um colchão financeiro suficiente para prover a sua família em casos de sinistro. Eu, particularmente, já analisei cotações de alguns bancos e seguradoras tradicionais e cheguei à conclusão que não vale a pena, pois são cobrados prêmios relativamente altos para coberturas com indenizações insuficientes. Para quem já investe, talvez seja mais interessante constituir uma boa reserva de emergência para cobrir sinistros de qualquer natureza, mesmo que essa reserva não seja suficiente para atender as suas necessidades e de sua família, pois você poderá contar com o auxílio do INSS e de parentes próximos.
  O leitor deve entender que seguradoras são empresas como quaisquer outras que buscam lucrar. Elas sempre cobrarão um preço embutindo todos os custos incorridos na apólice mais uma margem de lucro considerável. Após a captação dos prêmios, a seguradora executa uma tarefa muito simples: investir todos os prêmios em títulos públicos, para que assim eles possam corrigir o valor dos eventuais sinistros a serem indenizados e ter liquidez suficiente para atender essa demanda de forma rápida e segura.
  Acredito que seja muito mais interessante se educar financeiramente, começar a investir, constituir uma boa reserva de emergência e contribuir para a Previdência Social para ter direito a auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e outros benefícios. Mas independente da minha opinião, é importante contratar um serviço especializado de consultoria ou planejamento financeiro para tomar uma decisão como essa, pois cada caso é um caso!     



Abraços,
Seja Independente

domingo, 19 de julho de 2020

Servidor público precisa se preocupar com investimentos?


Olá pessoal,


  O artigo de hoje será direcionado para todos os servidores públicos que se preocupam com o seu futuro financeiro. Afinal, é realmente necessário se preocupar com isso, já que em alguns cargos a remuneração é excelente e o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) juntamente com a previdência complementar pode garantir o sustento na velhice? Vamos analisar cada caso.
  Para aqueles servidores mais veteranos que ingressaram no serviço público até 31/12/2003, a situação é um pouco mais tranquila, pois irão se aposentar com base na última remuneração. Já para os que ingressaram após essa data a aposentadoria será um pouco diferente, com base numa média aritmética de todos os salários de contribuição, sendo que para receber o benefício equivalente a 100% dessa média, é necessário contribuir por 40 anos, caso contrário receberá o equivalente a 60% dessa média mais 2% por cada ano que passar de 20 anos de contribuição. Já para os que ingressaram após a vigência do fundo complementar (FUNPRESP), em 2013, receberão apenas até o teto do RGPS (fonte).
  Portanto, para esses servidores que ingressaram após 2003 e após 2013, e contribuem para a FUNPRESP, é necessário compreender que eles receberão o teto do RGPS e a maior parte do benefício (caso ganhem em média bem acima desse teto) será despendida pela FUNPRESP, cuja capacidade de pagamento dependerá da competência de todos os gestores que passarem pela instituição durante uma boa parte da sua vida (da primeira contribuição até o último recebimento). Apesar do benefício da dedutibilidade na declaração do imposto de renda (leia esse artigo aqui), talvez essa previdência complementar por si só não seja suficiente para manter o seu padrão de vida na velhice, que por sinal tenderá a aumentar com despesas relacionadas à sua saúde.





  O servidor público também deve compreender que a Previdência Social atual funciona pelo regime de repartição, onde as contribuições dos servidores ativos servem para custear as aposentadorias dos servidores inativos, ou seja, os servidores ativos não levam nada concretamente para o futuro deles, pois as regras estão mudando para pior constantemente, vide a última reforma da previdência aprovada no ano passado. Devido às mudanças demográficas, não apenas no Brasil, mas em vários outros países do globo, vários países estão reformando os seus sistemas de previdência, tornando-os mais “onerosos” para os seus beneficiários, exigindo contribuições e idades mínimas (tempo de contribuição) maiores.




  Mesmo para aqueles servidores que recebem uma ótima remuneração e possuem uma série de outros benefícios, talvez seja necessário refletir um pouco mais a respeito do futuro. Imaginem vocês terem um excelente padrão de vida durante vários anos e não mais do que de repente serem acometidos por uma moléstia grave ou começarem a padecer de doenças crônicas típicas da idade avançada que exigem um tratamento médico mais caro. Imaginem a inflação dos preços cobrados pelos planos de saúde quando você já estiver velho. Imaginem o fundo de pensão da empresa estatal para a qual você trabalhou durante décadas da sua vida interromper o pagamento dos seus benefícios em virtude de malversação dos recursos. Se vocês acham que o seguro de vida do seu banco irá te socorrer nesses casos, vocês estão muito enganados. Repensem!


Abraços,
Seja Independente

sábado, 18 de julho de 2020

Como eu controlo a alocação de ativos da minha carteira?




Olá pessoal,

  Hoje eu vou mostrar para vocês como eu controlo a alocação de ativos da minha carteira. É algo simples que qualquer investidor pode fazer. Existem aplicativos pagos que fazem esse trabalho automaticamente para você. Eu prefiro fazer pela planilha de Excel de forma gratuita. Vou mostrar para vocês.                   
  A primeira e mais importante tarefa é você definir a sua política de investimentos de forma documentada, independente de ser em meio digital ou escrito numa agenda. De acordo com o seu perfil de risco e os seus objetivos, você irá definir o percentual de alocação para cada classe de ativos. Por exemplo, quem tem o perfil conservador e investe para se aposentar pode definir uma alocação de 75% para renda fixa, 15% para fundos imobiliários e 10% para ações. Já quem tem o perfil arrojado e investe para se tornar independente num prazo de 20 anos pode definir uma alocação de 25% para renda fixa, 35% para fundos imobiliários, 20% para ações nacionais e 20% para ativos internacionais (stocks, reits e treasures). Lembrando que esses exemplos não são recomendações de carteiras de investimentos. Se você não se sente confortável para definir a sua política de investimentos, recomendo contratar um consultor de investimentos ou um planejador financeiro, dependendo dos seus objetivos.              
  Após definir a sua política você irá separar as classes de ativos e somar a quantidade de papéis de cada ativo dessa classe (as suas posições em cada ativo). Assim você poderá ter uma ideia do peso de cada ativo em relação ao total da classe. Após isso você irá somar os valores atuais de todos os ativos que compõe cada classe e depois somar os somatórios de cada classe. Para saber quanto você tem de patrimônio você também pode incluir a sua reserva de emergência nessa soma. Após isso, você formata um gráfico de pizza calculando o percentual que cada classe está representando na sua carteira para que você possa ajustar os percentuais de acordo com a política definida por você. Segue abaixo uma simples representação:


  Isso é apenas um esboço, por favor não tomar como parâmetro. É apenas para vocês terem uma ideia antes de iniciar a formatação da planilha. Com o tempo vocês podem ir aprimorando, tornando-a mais analítica. É muito importante gastar um tempo para criar ferramentas de controle da sua carteira, pois apenas assim você conseguirá ajustá-la de acordo com os seus objetivos. Nunca se esqueçam de que é o olho do dono que engorda o boi!


Abraços,
Seja Independente