domingo, 12 de julho de 2020

Meu início como investidor e os produtos bancários – Parte 2


Olá pessoal,

  Hoje irei falar mais uma vez sobre o meu início como investidor assim como fiz no primeiro artigo publicado aqui no blog em 2018 (ver aqui), pegando um gancho no último artigo publicado aqui (ver aqui). Nesse último artigo eu falei sobre casos de “empoçamento” do dinheiro e que muitas vezes o investidor precisa arcar com um enorme prejuízo para “desempoçar” esse dinheiro. Vou explicar que isso aconteceu no meu início como investidor, mas não da forma mais comum como eu mostrei no artigo, e sim através de produto bancário.
  Conforme vocês leram no primeiro artigo do blog, quando eu comecei a investir, eu optei por uma das formas mais erradas de começar, que foi um plano de previdência privada do banco onde eu tinha conta, do tipo PGBL com tributação regressiva. Eu aportei toda a minha gratificação anual e continuei aportando um pequeno valor mensal durante alguns anos. Após eu perceber o meu erro, eu tomei a decisão de arcar com um enorme prejuízo no início para que o efeito dos juros compostos começasse logo. Explico. Quando você decide resgatar parcialmente esse tipo de produto nesse formato, você arca com uma alíquota muito alta de imposto de renda mais uma pequena taxa de saída (no meu caso foi cerca de 27%) incidente sobre o VALOR TOTAL do resgate e não apenas sobre os rendimentos. Não cheguei a fazer os cálculos na época para não ficar mais triste ainda, mas acredito que a rentabilidade final dos fundos de previdência após os resgates deva ter ficado numa zona intermediária entre o FGTS e a caderneta de poupança. Hoje eu ainda possuo um pequeno saldo nesse PGBL, pois a alíquota pode chegar a até 35% em resgates logo no início.    




  Após resgatar a maior parte da previdência privada, aportei os recursos na corretora onde eu tinha aberto uma conta e comecei a formatar a minha carteira de investimentos. Ainda cometi alguns erros no meio do caminho, mas nada que me tirasse do jogo. E hoje já estou completando 4 anos de investimentos através de uma corretora independente, sem medo de errar e aprender. O investidor deve ter a humildade de reconhecer os seus erros logo no início, aprender a correta lição com eles e recomeçar do zero, sabendo que ainda vai errar muito para aprender e acertar mais vezes ao longo da jornada.   
  Mas se o colega investidor acha que eu tomei essa decisão rapidamente, está muito enganado. Demorei alguns meses para reconhecer o meu erro e concordar com a ideia de arcar com um enorme prejuízo para recomeçar do zero. Já existem estudos acadêmicos que comprovam a tese de que a dor de perder um valor X é maior do que a alegria de ganhar um valor 2X. É como se nossa mente subconsciente (nosso cérebro primitivo) não fosse programada para lidar bem com perdas. É um viés comportamental do ser humano que sempre estará presente nas tomadas de decisões envolvendo dinheiro. E acredite em mim, se você quiser atingir o seu objetivo final, você precisará tomar decisões.       


Abraços,
Seja Independente

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