Olá
pessoal,
O artigo de hoje será direcionado para todos
os servidores públicos que se preocupam com o seu futuro financeiro. Afinal, é
realmente necessário se preocupar com isso, já que em alguns cargos a remuneração
é excelente e o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) juntamente com a
previdência complementar pode garantir o sustento na velhice? Vamos analisar
cada caso.
Para aqueles servidores mais veteranos que
ingressaram no serviço público até 31/12/2003, a situação é um pouco mais
tranquila, pois irão se aposentar com base na última remuneração. Já para os
que ingressaram após essa data a aposentadoria será um pouco diferente, com
base numa média aritmética de todos os salários de contribuição, sendo que para
receber o benefício equivalente a 100% dessa média, é necessário contribuir por
40 anos, caso contrário receberá o equivalente a 60% dessa média mais 2% por
cada ano que passar de 20 anos de contribuição. Já para os que ingressaram após
a vigência do fundo complementar (FUNPRESP), em 2013, receberão apenas até o
teto do RGPS (fonte).
Portanto, para esses servidores que
ingressaram após 2003 e após 2013, e contribuem para a FUNPRESP, é necessário
compreender que eles receberão o teto do RGPS e a maior parte do benefício
(caso ganhem em média bem acima desse teto) será despendida pela FUNPRESP, cuja
capacidade de pagamento dependerá da competência de todos os gestores que
passarem pela instituição durante uma boa parte da sua vida (da primeira
contribuição até o último recebimento). Apesar do benefício da dedutibilidade
na declaração do imposto de renda (leia
esse artigo aqui), talvez essa previdência complementar por si só não seja
suficiente para manter o seu padrão de vida na velhice, que por sinal tenderá a
aumentar com despesas relacionadas à sua saúde.
O servidor público também deve compreender
que a Previdência Social atual funciona pelo regime de repartição, onde as
contribuições dos servidores ativos servem para custear as aposentadorias dos
servidores inativos, ou seja, os servidores ativos não levam nada concretamente
para o futuro deles, pois as regras estão mudando para pior constantemente,
vide a última reforma da previdência aprovada no ano passado. Devido às
mudanças demográficas, não apenas no Brasil, mas em vários outros países do
globo, vários países estão reformando os seus sistemas de previdência,
tornando-os mais “onerosos” para os seus beneficiários, exigindo contribuições
e idades mínimas (tempo de contribuição) maiores.
Mesmo para aqueles servidores que recebem uma
ótima remuneração e possuem uma série de outros benefícios, talvez seja
necessário refletir um pouco mais a respeito do futuro. Imaginem vocês terem um
excelente padrão de vida durante vários anos e não mais do que de repente serem
acometidos por uma moléstia grave ou começarem a padecer de doenças crônicas
típicas da idade avançada que exigem um tratamento médico mais caro. Imaginem a
inflação dos preços cobrados pelos planos de saúde quando você já estiver
velho. Imaginem o fundo de pensão da empresa estatal para a qual você trabalhou
durante décadas da sua vida interromper o pagamento dos seus benefícios em
virtude de malversação dos recursos. Se vocês acham que o seguro de vida do seu
banco irá te socorrer nesses casos, vocês estão muito enganados. Repensem!
Abraços,
Seja
Independente
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