Olá
pessoal,
Acredito que muitos de vocês já devem ter
visto nas mídias sociais uma tabela divulgada pela Receita Federal do Brasil
com os dados do IR mostrando as profissões com maior renda média e com mais
isenções (ver
aqui). Vou explicar a vocês o que essas informações têm a ver com o título
do artigo.
Primeiramente, gostaria de dizer que não
entrarei em polêmica, pois eu não curto e não é um dos meus objetivos aqui no
blog. Dito isso e analisando os comentários em postagens no Instagram,
percebe-se claramente que cada profissional procura ao máximo puxar a sardinha
pro seu lado. O titular do cartório alega que todos os seus rendimentos são
tributados na pessoa física (um chegou a afirmar que 1/3 dos cartórios são
deficitários). Os funcionários públicos alegam que merecem, pois estudaram
muito, e que o problema são os sonegadores da iniciativa privada. Os
profissionais liberais (médicos, engenheiros, advogados, etc.) alegam que esses
dados não representam a realidade deles. Enfim, é choradeira para tudo quanto é
lado. Mas o meu foco aqui nesse artigo é mostrar um detalhe que passou
despercebido para a maioria das pessoas: professores dos ensinos fundamental e
médio/técnico não aparecem nessa lista. Como pode um país prosperar se nem ao
menos uns dos profissionais mais importantes, se não forem os mais, são
valorizados da forma como deveriam? Para termos uma ideia dessa inversão de
valores, o piso nacional do magistério no Brasil em 2019 era de R$ 2.557,00
mensais, ou seja, um pouco mais de 2 salários mínimos (fonte).
Sem contar as condições de trabalho que são péssimas. Todos sabem como é
difícil lidar com crianças e adolescentes mal-educados pelos pais, fora a
questão da violência contra os próprios professores em algumas escolas da rede
pública de ensino. É desestimulante!
Na tabela ainda aparecem na última posição os
professores do ensino superior. Nesse caso não vejo nenhuma injustiça, na
verdade eu acho que não dá nem para comparar com os professores dos ensinos
mais elementares, visto que os professores de universidades e faculdades têm
melhores condições de trabalho e alguns deles (não todos) fomentam trabalhos
acadêmicos de nenhuma relevância e serventia para a sociedade, principalmente
os que lecionam em alguns cursos nas universidades federais (me perdoem, mas
não dá para segurar, tive que soltar essa).
Agora vocês entendem porque eu bato tanto
nessa tecla da educação nos meus artigos envolvendo economia brasileira? Há
motivos sim para ser bastante cético em relação ao nosso futuro, e esse é o
principal motivo. Se o governo começar a se empenhar agora para mudar essa
situação, talvez, e com sorte, consigamos estar em outro patamar daqui a umas 5
décadas. Até lá, se você ainda estiver vivo, mantenha a sua mente de investidor
aberta para oportunidades fora do país. Esse futuro que nunca chega pode se
tornar eterno!
Abraços,
Seja
Independente
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