Olá pessoal,
Como todos devem saber, nessa última semana o COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou mais 0.25 pp (zero vírgula vinte e cinco pontos percentuais) da taxa Selic, fixando-a em 4,25% ao ano. Quem acompanha este blog deve se recordar de um artigo que publiquei em 22 de Setembro de 2019 intitulado “A pergunta que não quer calar: a taxa Selic caiu. E agora?”, onde eu expliquei que os investidores não deveriam se preocupar aonde investir após o corte de 0.5 pp (meio ponto percentual) na época. Para ler o artigo, (veja aqui). Mas dessa vez a situação é um pouco diferente. Na época a taxa Selic ainda estava com juros reais, ou seja, ainda estava rendendo acima da inflação, mesmo que muito pouco, diferente do momento atual onde a rentabilidade não supera sequer a inflação (4,25% < 4,31%).
Agora a preocupação do investidor é saber aonde alocar a sua reserva de emergência, já que a taxa Selic é a balizadora da rentabilidade de todos os outros títulos de renda fixa distribuídos no mercado financeiro. Para ser bem sincero, está difícil encontrar uma opção com o mínimo de rentabilidade para não perder da inflação. Talvez o investidor encontre uma rentabilidade melhor nos CDBs de bancos de menor porte, porém não contará com o pilar mais importante para uma reserva de emergência, que é a liquidez. Muitos desses títulos não permitem resgate antes do vencimento, e os que permitem pagam uma rentabilidade menor. Infelizmente não há muito que fazer nessa situação. Na verdade, o investidor deve entender que em vários países no mundo os títulos públicos possuem juros negativos (veja aqui) e com o Brasil não será diferente. É melhor se conformar e procurar ser mais arrojado nos investimentos ou tocar um negócio. Lembre-se sempre que o pilar prioritário na reserva de emergência é a liquidez, e não a rentabilidade. O RENTISMO no Brasil está morrendo! Não existe mais ganho fácil na renda fixa. Está na hora dos investidores brasileiros mudarem o seu mindset e estudar um pouco sobre investimentos ou empreender, ou então se conformar com os juros ínfimos da renda fixa, o que eu não aconselho.
Quero deixar registrado aqui o meu grito de alerta. Se os brasileiros não começarem a se preocupar com o seu futuro desde agora e continuarem delegando para o governo (previdência social) ou para os bancos (previdência privada), terão sérios problemas no futuro. Agora, mais do que nunca, aumenta a necessidade de estudar e se arriscar um pouco mais, mesmo que o cidadão contrate um profissional para cuidar de seus investimentos, pois como qualquer ser humano, os profissionais são passíveis de erro também, por mais competentes que sejam. Reflitam a respeito!
Abraços,
Seja Independente
Interessante, mas se estudar fosse garantia de sucesso na renda variável, existiriam muitos estudiosos ricos. Não acreditem muito nesta falácia de que basta estudar para se dar bem na bolsa, não, 50% é sorte e estratégia...palavras de Warren Buffett. Abcs
ResponderExcluirObrigado pela dica AA40. Forte Abraço!
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