domingo, 22 de novembro de 2020

Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

 



Olá pessoal,

 

  Acredito que muitos de vocês já devem saber do que se trata o FGC – Fundo Garantidor de Crédito. É como se ele fosse um seguro garantia em caso de falências múltiplas no sistema bancário nacional, evitando que a população em geral perca o seu dinheiro aplicado no banco onde possui conta. Mas vou explicar que na prática não é tão simples assim como parece.                               

  Eu já falei a respeito do FGC em diversos artigos (ver aqui), (ver aqui) e (ver aqui), inclusive no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, disponível na Amazon.  O FGC é uma entidade privada e sem fins lucrativos que protege os investidores que colocam seu dinheiro em instituições financeiras associadas a ele. Essa proteção acontece em casos de intervenção e liquidação extrajudicial e quando o Banco Central reconhece o estado de insolvência da instituição. Os bancos e as instituições associadas ao FGC depositam mensalmente no fundo o equivalente a 0,01% do total de depósitos feitos nos investimentos. Portanto, o patrimônio do FGC vem das próprias instituições financeiras. O FGC garante até o limite de R$250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ. No caso das contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$250 mil, ou ao saldo da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, sendo que o crédito do valor garantido será feito de forma individual.         

  Conforme eu havia explicado nos artigos e no e-book, o FGC é um fundo com recursos limitados e em algumas situações extremas pode não conseguir honrar os seus compromissos. Geralmente os credores recebem a garantia em até 2 meses. Mas existem casos em que a garantia é creditada após vários meses ou até mesmo anos. Enquanto o seu dinheiro não é creditado, ele não rende e com isso ele perde poder de compra. Quanto maior for o volume de recursos a serem creditados, maior será essa perda. É o chamado custo de oportunidade. Para evitar a perda do poder de compra do seu colchão financeiro, sugiro diversificar as aplicações entre diferentes bancos e corretoras. No caso de CDBs de bancos de menor porte, sugiro aplicar um percentual entre 10 e 20% do total do colchão. Pode ser aplicado em mais de um banco, fica a critério do investidor. Nos bancos tradicionais, você pode aplicar uma parte na caderneta de poupança e uma parte no título Tesouro Selic. Nas corretoras, você pode aplicar uma parte num fundo de investimento atrelado ao Tesouro Selic com taxa de administração zerada e com prazo de resgate D+0, e a outra parte no título Tesouro Selic. Diversificando a sua reserva, você diminui bastante os riscos.           

  Quem leu o meu e-book aprendeu uma coisa muito importante: a renda fixa não é tão segura assim como as pessoas imaginam, justamente pelo fato dela possuir um risco que não existe na renda variável, o risco de crédito. Como as suas reservas devem estar aplicadas em ativos com alta liquidez e baixo risco de mercado (renda fixa), você deve atentar para o risco de crédito existente em cada ativo. Portanto, não se vislumbrem com as taxas de retorno prometidas pelos CDBs e LCIs dos bancos de menor porte ofertados nas corretoras. E nem com as taxas de retorno prometidas pelos bancos digitais. Diversifiquem. Monitorem.  

               

Abraços,

Seja Independente        


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