Olá
pessoal,
Acredito que muitos de vocês já devem saber
do que se trata o FGC – Fundo Garantidor de Crédito. É como se ele fosse um
seguro garantia em caso de falências múltiplas no sistema bancário nacional,
evitando que a população em geral perca o seu dinheiro aplicado no banco onde
possui conta. Mas vou explicar que na prática não é tão simples assim como parece.
Eu já falei a respeito do FGC em diversos
artigos (ver
aqui), (ver
aqui) e (ver
aqui), inclusive no meu e-book
Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, disponível na Amazon. O FGC é uma entidade privada e sem fins
lucrativos que protege os investidores que colocam seu dinheiro em instituições
financeiras associadas a ele. Essa proteção acontece em casos de intervenção e
liquidação extrajudicial e quando o Banco Central reconhece o estado de
insolvência da instituição. Os bancos e as instituições associadas ao FGC
depositam mensalmente no fundo o equivalente a 0,01% do total de depósitos
feitos nos investimentos. Portanto, o patrimônio do FGC vem das próprias
instituições financeiras. O FGC garante até o limite de R$250 mil por CPF ou CNPJ,
por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado
financeiro, limitado ao teto de R$1 milhão, a cada período de 4 anos, para
garantias pagas para cada CPF ou CNPJ. No caso das contas conjuntas, o valor da
garantia é limitado a R$250 mil, ou ao saldo da conta quando inferior a esse
limite, dividido pelo número de titulares, sendo que o crédito do valor
garantido será feito de forma individual.
Conforme eu havia explicado nos artigos e no
e-book, o FGC é um fundo com recursos limitados e em algumas situações extremas
pode não conseguir honrar os seus compromissos. Geralmente os credores recebem
a garantia em até 2 meses. Mas existem casos em que a garantia é creditada após
vários meses ou até mesmo anos. Enquanto o seu dinheiro não é creditado, ele
não rende e com isso ele perde poder de compra. Quanto maior for o volume de
recursos a serem creditados, maior será essa perda. É o chamado custo de
oportunidade. Para evitar a perda do poder de compra do seu colchão financeiro,
sugiro diversificar as aplicações entre diferentes bancos e corretoras. No caso
de CDBs de bancos de menor porte, sugiro aplicar um percentual entre 10 e 20%
do total do colchão. Pode ser aplicado em mais de um banco, fica a critério do
investidor. Nos bancos tradicionais, você pode aplicar uma parte na caderneta
de poupança e uma parte no título Tesouro Selic. Nas corretoras, você pode
aplicar uma parte num fundo de investimento atrelado ao Tesouro Selic com taxa
de administração zerada e com prazo de resgate D+0, e a outra parte no título
Tesouro Selic. Diversificando a sua reserva, você diminui bastante os riscos.
Quem leu o meu e-book aprendeu uma coisa
muito importante: a renda fixa não é tão segura assim como as pessoas imaginam,
justamente pelo fato dela possuir um risco que não existe na renda variável, o
risco de crédito. Como as suas reservas devem estar aplicadas em ativos com
alta liquidez e baixo risco de mercado (renda fixa), você deve atentar para o
risco de crédito existente em cada ativo. Portanto, não se vislumbrem com as
taxas de retorno prometidas pelos CDBs e LCIs dos bancos de menor porte
ofertados nas corretoras. E nem com as taxas de retorno prometidas pelos bancos
digitais. Diversifiquem. Monitorem.
Abraços,
Seja Independente
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