terça-feira, 17 de novembro de 2020

As minhas ações podem ser roubadas?

 



Olá pessoal,

 

  Conforme eu já tinha dito em artigos anteriores e no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, disponível na Amazon, muitos brasileiros que ainda não investem e já tem uma certa idade imaginam que a bolsa de valores ainda funciona como antigamente onde os pregoeiros gritavam e gesticulavam incessantemente com um telefone no ouvido. Era o chamado pregão viva-voz. Diante desse cenário, esses investidores devem imaginar o quão vulnerável o sistema da bolsa pode ser, estando sujeito a todo tipo de fraude. Mas vou explicar que não é bem assim.                      

  Atualmente, um sistema de computadores e circuitos integrados fazem todo o trabalho das mesas de operações. Além disso, a bolsa de valores brasileira, a [B³], possui um Sistema de Liquidação e Custódia, que se divide em 3 setores:

1)      Câmara de Compensação => Tem como funções calcular as posições compradas e vendidas, atuar como contraparte central garantidora e controlar o risco de mercado;

2)      Câmara de Liquidação => Tem como função controlar e processar a troca de dinheiro por títulos;

3)      Central Depositária => Tem como funções contabilizar e guardar os ativos, e pagar os proventos e bonificações.                 

  Cada setor desses funciona como uma peça da engrenagem de um veículo, funcionando harmoniosamente com cada uma das outras peças. Fica muito difícil, para não dizer praticamente impossível, alguém burlar o sistema e fraudar as suas ações custodiadas na bolsa. A [B³] possui hoje um dos sistemas de custódia de ativos mais avançados do mundo, baseado nas boas práticas de controle interno e governança das maiores bolsas de valores do mundo.     

  Contudo, se porventura houver alguma fraude no sistema e os seus ativos custodiados serem roubados, o que é pouquíssimo provável de acontecer, a Bolsa de Valores de São Paulo [B³] conta com um mecanismo interno chamado Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP), conforme já explicado nesse artigo, cuja função é indenizar o investidor lesado em até R$120 mil. Caso o valor total seja superior a esse montante, a Bolsa irá ressarcir a diferença após a comprovação de que a fraude ocorreu em virtude de falhas do sistema interno dela. Mas é como eu disse anteriormente, é muito improvável que isso ocorra.

  Se você é uma pessoa muito conservadora e que tem muito medo de perder o seu dinheiro aplicado em “algo que você não pode tocar”, sugiro que você diversifique ao máximo o seu patrimônio em classes de ativos, em reservas de valor (criptomoedas, metais preciosos, obras de arte, vistos de permanência para países desenvolvidos, etc.) e em dezenas de fontes de renda. Você precisa se conscientizar de que o risco sempre estará presente aonde você for. Se você sonha em um dia ter liberdade financeira e/ou riqueza abundante, comece desde já a administrar o seu medo e a aprender a gerenciar os riscos.

       

Abraços,

Seja Independente                                      


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