Olá
pessoal,
Hoje eu falarei um pouco a respeito da
manutenção da Taxa Selic a 2% a.a. por parte do Comitê de Política Monetária
(COPOM), órgão integrante do Banco Central do Brasil (BACEN). Ela vem sendo
mantida nesse patamar desde o início de Agosto. Mas a mídia especializada já
especula uma subida em breve, provavelmente nas últimas reuniões do Comitê em
2020 ou nas primeiras em 2021. Vou mostrar para vocês a vida difícil que o
BACEN terá daqui para frente para determinar o patamar da nossa taxa básica de
juros.
Muitos de vocês que já investem e acompanham
o noticiário econômico sabem que a rentabilidade real dos títulos de renda fixa
indexados à Selic e ao CDI (para
entender mais a respeito, adquira o meu e-book Aprenda a Investir e SEJA
INDEPENDENTE, disponível somente na Amazon) está negativa, ou seja, a taxa
contratada é menor do que a taxa de inflação oficial (IPCA). E está mais
negativa ainda se levarmos em consideração outros índices de inflação, como o
IGP-M. O Governo está adotando uma política monetária expansionista, baixando
os juros para estimular indivíduos e empresas a tomarem empréstimos para tocar
negócios, investir em renda variável, consumir mais, enfim, fazer a economia
girar mais rápido, gerando mais emprego e renda para a população. Em
contrapartida, na medida em que o Governo baixa a taxa básica de juros, ela
deixa de pagar mais juros no serviço da dívida dela, a chamada Dívida Pública.
Com menos juros da dívida sendo pagos, sobra mais dinheiro no Orçamento Público
para investir em outras áreas de interesse social, como educação, saúde e
segurança. Resumindo, todos saem ganhando.
O problema meus amigos, é que com a pandemia
da Covid-19, a coisa degringolou de vez. Para enfrentar os efeitos adversos da
pandemia, o Governo instituiu o orçamento de guerra, aumentando substancialmente
os gastos públicos (na casa das centenas de bilhões de reais). A relação
(Dívida Pública Bruta/PIB) já se aproxima da casa dos 100%, comprometendo a
capacidade de pagamento do serviço (juros) da Dívida Pública (que já era alta
antes da pandemia) no curtíssimo prazo. Para o Governo não ter que dar calote
nos seus credores, terá que imprimir mais dinheiro. Esse mecanismo já se provou
insustentável no passado. Com mais impressão de dinheiro, maior tende a ser a
inflação, obrigando o BACEN a aumentar a taxa básica de juros de forma
desenfreada.
Diferentemente do que alguns ainda acreditam,
eu não acredito que as reformas terão a capacidade de melhorar o cenário
econômico e deixar a Taxa Selic ancorada nesse patamar mínimo histórico de 2%
a.a., pelo menos no curto prazo (1 ano). Os efeitos advindos das reformas
aparecem apenas no médio e longo prazo, e as obrigações do Governo são para
agora no início de 2021 (fonte).
O Governo terá que tirar dinheiro de alguma fonte de recursos para quitar essas
dívidas. Caso contrário, voltaremos a ver fantasmas do passado, inclusive a
Taxa Selic em patamares estratosféricos.
Abraços,
Seja Independente
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