Olá
pessoal,
Como disse certa vez o Ministro da Economia Paulo Guedes, no Brasil
existem 200 milhões de patos e um cartel em cada setor da economia, são 6
empreiteiras ali, 6 bancos acolá, 1 petroleira aqui, 3 frigoríficos mais acolá
e assim sucessivamente, com cada cartel drenando a renda nacional. Conforme eu
havia citado neste
artigo aqui de 2019, o gestor Henrique Bredda, do fundo de investimentos
Alaska Black, afirmou na época que o Brasil tem um capitalismo de araque, onde
a nossa Bolsa de Valores geralmente concentra as líderes setoriais, com acesso
a crédito, capacidade de crescer e margens largas, enquanto as outras sofrem.
Configura-se, dessa forma, um cenário espetacular para a Bolsa.
Diante desse fato você pode se perguntar: “Afinal, vale a pena
diversificar o patrimônio geograficamente diante de tantas oportunidades que a
Bolsa nos dá?”. “Se investidores como Luiz Barsi, Lírio Parisotto e Luiz Alves
Paes de Barros se tornaram bilionários investindo majoritariamente na bolsa
brasileira, por que eu deveria diversificar no exterior?”. Bem, é verdade que a
nossa bolsa nos dá muitas oportunidades para aumentar as nossas participações
em empresas líderes de boa qualidade, afinal nosso país vive em crise. Porém, o
investidor precisa compreender que o futuro sempre será incerto. O Brasil
poderia ter sofrido uma derrocada econômica profunda tal como as da Venezuela e
da Argentina. Aliás, chegamos perto disso na época da hiperinflação na década
de 80 e início de 90. O Plano Real foi quem nos tirou do abismo. Por mais
otimista que você seja, você nunca saberá o que de fato ocorrerá no futuro. Ao
investir no mercado, o 1º mandamento é evitar o risco da ruína.
Os investidores que se tornaram bilionários não podem servir de
parâmetro para a maioria esmagadora dos investidores. Eles aportaram somas vultosas
ao longo dos anos, estudaram muito e contaram com uma dose generosa de sorte.
Eles foram os sobreviventes. Os mortos “não ficaram vivos” para contar
história. Ninguém deseja escutar histórias de fracasso. O silêncio nos
cemitérios dos derrotados no Brasil, na Venezuela e na Argentina é
sepulcral.
Para que vocês possam compreender melhor a necessidade de diversificar
geograficamente, leiam os livros A
Lógica do Cisne Negro e Iludidos
pelo acaso: A influência da sorte nos mercados e na vida, do autor Nassim Nicholas Taleb.
Portanto, continuem diversificando geograficamente, pois nunca saberemos
o que poderá acontecer com o Brasil no futuro. Respondendo à pergunta do
título: é impossível saber, pois a aleatoriedade de eventos dificulta muito as projeções
dos mercados financeiros. A diversificação é o único almoço grátis que você
terá à sua disposição no mercado.
Se você tem um perfil conservador e ainda se sente inseguro para
diversificar geograficamente, entre em contato comigo no Instagram (link no
início da página). Terei o maior prazer em ajuda-lo.
Abraços,
Seja Independente
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