domingo, 21 de março de 2021

Monopólios e oligopólios brasileiros me darão o retorno desejado?

 




Olá pessoal,

 

  Como disse certa vez o Ministro da Economia Paulo Guedes, no Brasil existem 200 milhões de patos e um cartel em cada setor da economia, são 6 empreiteiras ali, 6 bancos acolá, 1 petroleira aqui, 3 frigoríficos mais acolá e assim sucessivamente, com cada cartel drenando a renda nacional. Conforme eu havia citado neste artigo aqui de 2019, o gestor Henrique Bredda, do fundo de investimentos Alaska Black, afirmou na época que o Brasil tem um capitalismo de araque, onde a nossa Bolsa de Valores geralmente concentra as líderes setoriais, com acesso a crédito, capacidade de crescer e margens largas, enquanto as outras sofrem. Configura-se, dessa forma, um cenário espetacular para a Bolsa.  

  Diante desse fato você pode se perguntar: “Afinal, vale a pena diversificar o patrimônio geograficamente diante de tantas oportunidades que a Bolsa nos dá?”. “Se investidores como Luiz Barsi, Lírio Parisotto e Luiz Alves Paes de Barros se tornaram bilionários investindo majoritariamente na bolsa brasileira, por que eu deveria diversificar no exterior?”. Bem, é verdade que a nossa bolsa nos dá muitas oportunidades para aumentar as nossas participações em empresas líderes de boa qualidade, afinal nosso país vive em crise. Porém, o investidor precisa compreender que o futuro sempre será incerto. O Brasil poderia ter sofrido uma derrocada econômica profunda tal como as da Venezuela e da Argentina. Aliás, chegamos perto disso na época da hiperinflação na década de 80 e início de 90. O Plano Real foi quem nos tirou do abismo. Por mais otimista que você seja, você nunca saberá o que de fato ocorrerá no futuro. Ao investir no mercado, o 1º mandamento é evitar o risco da ruína.    

  Os investidores que se tornaram bilionários não podem servir de parâmetro para a maioria esmagadora dos investidores. Eles aportaram somas vultosas ao longo dos anos, estudaram muito e contaram com uma dose generosa de sorte. Eles foram os sobreviventes. Os mortos “não ficaram vivos” para contar história. Ninguém deseja escutar histórias de fracasso. O silêncio nos cemitérios dos derrotados no Brasil, na Venezuela e na Argentina é sepulcral. 

  Para que vocês possam compreender melhor a necessidade de diversificar geograficamente, leiam os livros A Lógica do Cisne Negro e Iludidos pelo acaso: A influência da sorte nos mercados e na vida, do autor Nassim Nicholas Taleb.

  Portanto, continuem diversificando geograficamente, pois nunca saberemos o que poderá acontecer com o Brasil no futuro. Respondendo à pergunta do título: é impossível saber, pois a aleatoriedade de eventos dificulta muito as projeções dos mercados financeiros. A diversificação é o único almoço grátis que você terá à sua disposição no mercado.

  Se você tem um perfil conservador e ainda se sente inseguro para diversificar geograficamente, entre em contato comigo no Instagram (link no início da página). Terei o maior prazer em ajuda-lo.                       

 

Abraços,

Seja Independente 


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