quinta-feira, 18 de março de 2021

Empreendedor, tenha cuidado com a sua dívida boa!

 




Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre alguns cuidados que o empreendedor deve ter ao contratar a sua dívida boa. Falei sobre a diferença entre a dívida boa e a dívida ruim neste artigo aqui. Também comentei a respeito da dívida ruim no artigo anterior. Vou explicar como contratar a sua dívida boa com as melhores condições.        

  Primeiramente, o empreendedor deve ter em mente de forma muito clara quais os objetivos a serem atingidos com a contração da dívida boa, qual será o prazo de amortização dela e quanto será o incremento de rentabilidade nos resultados da empresa. Por exemplo: o proprietário de uma rede de pizzaria bastante frequentada na sua cidade deseja abrir mais 3 unidades nos próximos anos. Para isso, ele hipoteca as suas 2 unidades atuais para amortizar num prazo de 4 anos. Com essa operação, ele espera aumentar a lucratividade da empresa em 10%. Com base nisso, podemos definir os principais fatores a serem considerados na contração da dívida. São eles:           

 


1) Prazo de amortização da dívida => Quanto maior o prazo, maior será a taxa de juros. Isso acontece porque o credor precisa lidar com um risco maior quanto à variação da inflação e da taxa de juros. Num prazo de muitos anos, muitos eventos político-econômicos podem ocorrer, inclusive formando o cenário mais pessimista. Diante disso, o credor cobrará de você, devedor, o maior prêmio possível para compensar o risco que ele correrá contigo. No caso do exemplo supra, se o empresário concluir a expansão num prazo próximo ao da amortização, mais condições ele terá para amortiza-la dentro do prazo. Caso contrário, vendo que a expansão levará no mínimo 5 anos, por exemplo, ele terá que alongar essa dívida, arcando consequentemente com uma taxa maior;  

 

 

2) Custo total da dívida => Quanto maior o custo, maior deverá ser o incremento de rentabilidade auferido com a expansão. Isso acontece porque caso os juros a serem cobrados sejam maiores do que os lucros adicionais auferidos com a expansão, você terá que rolar a dívida enquanto perdurar saldo a ser quitado. No caso do exemplo supra, se o empresário contrair uma hipoteca com custo total anual de, digamos, 4% ao ano com abatimento de 100% do principal somente no final do prazo para facilitar os nossos cálculos, ele necessitará rolar a dívida caso aumente a taxa de retorno em 10% no prazo de 4 anos da amortização (10% / 4 anos = 2,5% ao ano < 4% ao ano). Lembrando que neste caso aplicam-se juros simples. O empresário precisa saber previamente quais serão os custos envolvidos na composição do custo total da dívida. Por exemplo: na hipoteca, além dos custos bancários, existem as custas cartoriais.     

 

 

   Ao decidir contrair uma dívida para alavancar o teu negócio, cuide de analisar o perfil da dívida. Verifique o prazo, a forma (tipo de tabela), o custo efetivo total e as demais cláusulas contratuais (mora por inadimplência, exigência de garantias, exigência de avalista, etc.). Analisar com a ajuda de um advogado é um bom caminho.    

  Se você deseja aprender a se alavancar com segurança para aumentar os resultados da sua empresa, entre em contato comigo no Instagram (link no início da página). Terei o maior prazer em ajuda-lo.                       

 

Abraços,

Seja Independente 


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