Olá
pessoal,
Hoje falarei sobre alguns cuidados que o empreendedor deve ter ao
contratar a sua dívida boa. Falei sobre a diferença entre a dívida boa e a
dívida ruim neste
artigo aqui. Também comentei a respeito da dívida ruim no artigo anterior.
Vou explicar como contratar a sua dívida boa com as melhores condições.
Primeiramente, o empreendedor deve ter em
mente de forma muito clara quais os objetivos a serem atingidos com a contração
da dívida boa, qual será o prazo de amortização dela e quanto será o incremento
de rentabilidade nos resultados da empresa. Por exemplo: o proprietário de uma
rede de pizzaria bastante frequentada na sua cidade deseja abrir mais 3
unidades nos próximos anos. Para isso, ele hipoteca as suas 2 unidades atuais
para amortizar num prazo de 4 anos. Com essa operação, ele espera aumentar a
lucratividade da empresa em 10%. Com base nisso, podemos definir os principais
fatores a serem considerados na contração da dívida. São eles:
1) Prazo de amortização da dívida => Quanto
maior o prazo, maior será a taxa de juros. Isso acontece porque o credor
precisa lidar com um risco maior quanto à variação da inflação e da taxa de
juros. Num prazo de muitos anos, muitos eventos político-econômicos podem
ocorrer, inclusive formando o cenário mais pessimista. Diante disso, o credor
cobrará de você, devedor, o maior prêmio possível para compensar o risco que
ele correrá contigo. No caso do exemplo supra, se o empresário concluir a
expansão num prazo próximo ao da amortização, mais condições ele terá para
amortiza-la dentro do prazo. Caso contrário, vendo que a expansão levará no
mínimo 5 anos, por exemplo, ele terá que alongar essa dívida, arcando
consequentemente com uma taxa maior;
2) Custo total da dívida => Quanto
maior o custo, maior deverá ser o incremento de rentabilidade auferido com a
expansão. Isso acontece porque caso os juros a serem cobrados sejam maiores
do que os lucros adicionais auferidos com a expansão, você terá que rolar a
dívida enquanto perdurar saldo a ser quitado. No caso do exemplo supra, se o
empresário contrair uma hipoteca com custo total anual de, digamos, 4% ao ano
com abatimento de 100% do principal somente no final do prazo para facilitar os
nossos cálculos, ele necessitará rolar a dívida caso aumente a taxa de retorno
em 10% no prazo de 4 anos da amortização (10% / 4 anos = 2,5% ao ano < 4% ao
ano). Lembrando que neste caso aplicam-se juros simples. O empresário precisa
saber previamente quais serão os custos envolvidos na composição do custo total
da dívida. Por exemplo: na hipoteca, além dos custos bancários, existem as custas
cartoriais.
Ao decidir contrair uma dívida para
alavancar o teu negócio, cuide de analisar o perfil da dívida. Verifique o
prazo, a forma (tipo de tabela), o custo efetivo total e as demais cláusulas
contratuais (mora por inadimplência, exigência de garantias, exigência de
avalista, etc.). Analisar com a ajuda de um advogado é um bom caminho.
Se você deseja aprender a se alavancar com segurança para aumentar os
resultados da sua empresa, entre em contato comigo no Instagram (link no início
da página). Terei o maior prazer em ajuda-lo.
Abraços,
Seja Independente
Nenhum comentário:
Postar um comentário