quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A pessoa mais rica do cemitério!

 



Olá pessoal,

 

  Vocês já devem ter ouvido essa expressão várias vezes, não é mesmo? “Do que adianta acumular patrimônio para se tornar a pessoa mais rica do cemitério quando morrer?” Acredito que essa expressão esteja se tornando quase um clichê. Mas no meu ponto de vista, ela escancara um viés cultural muito forte da nossa sociedade ainda carente de educação financeira. Vou explicar.                                                            

  Conforme eu havia explicado nesse artigo aqui, não faz muito sentido você achar que não há necessidade de poupar e investir pelo fato de achar que pode morrer a qualquer momento, pois as probabilidades estão a favor da sua existência neste planeta. Portanto, você deve poupar e investir para a sua velhice e, sendo assim, a sua crença de que não há necessidade para tal, pelo motivo de poder morrer a qualquer momento, é totalmente infundada. Este é o primeiro ponto a ser esclarecido.                            

  O segundo ponto a ser esclarecido trata-se do fato de que não necessariamente uma pessoa que morra deixando de herança um patrimônio volumoso seja “a pessoa mais rica do cemitério”. É como um estereótipo social em relação às pessoas ricas. Essas pessoas podem dar um destino para o seu patrimônio de diferentes formas. Muitas delas são filantropas, destinando boa parte do seu patrimônio para instituições, associações e comunidades, e a menor parte para a família. Temos diversos exemplos no mundo atual. Eles fazem isso para deixar um legado ou uma contribuição para o mundo. Porém, existem outras pessoas que agem de uma forma diferente, mantendo um padrão de vida altíssimo e deixando toda a herança para a família. Até poderíamos taxa-las de “mais ricas do cemitério” se não fosse outro tipo de abastado que existe, os acumuladores compulsivos. Eles trabalham exaustivamente para acumular um patrimônio capaz de prover a família por um bom tempo, patrimônio esse, diga-se de passagem, majoritariamente imobilizado (imóveis). Esses “mais ricos do cemitério” são ricos que não conseguiram viver de forma equilibrada por lhes faltarem a educação financeira.

  Portanto, meu caro leitor, na próxima vez em que você pensar em dizer essa expressão, reflita se realmente faz algum sentido. Compreenda que você precisa poupar e investir o seu dinheiro mesmo não sabendo o dia de amanhã e que o patrimônio construído por você pode e deve ser utilizado no combate à miséria, no apoio às instituições de caridade, e no desenvolvimento da educação, cultura e desporto. Ao fazer isso, tenho certeza de que você se sentirá a pessoa mais realizada do mundo ao falecer.        

            

Abraços,

Seja Independente 


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