Olá
pessoal,
Vocês já devem ter ouvido essa expressão
várias vezes, não é mesmo? “Do que adianta acumular patrimônio para se tornar a
pessoa mais rica do cemitério quando morrer?” Acredito que essa expressão
esteja se tornando quase um clichê. Mas no meu ponto de vista, ela escancara um
viés cultural muito forte da nossa sociedade ainda carente de educação
financeira. Vou explicar.
Conforme eu havia explicado nesse artigo
aqui, não faz muito sentido você achar que não há necessidade de poupar e
investir pelo fato de achar que pode morrer a qualquer momento, pois as
probabilidades estão a favor da sua existência neste planeta. Portanto, você
deve poupar e investir para a sua velhice e, sendo assim, a sua crença de que
não há necessidade para tal, pelo motivo de poder morrer a qualquer momento, é
totalmente infundada. Este é o primeiro ponto a ser esclarecido.
O segundo ponto a ser esclarecido trata-se do
fato de que não necessariamente uma pessoa que morra deixando de herança um
patrimônio volumoso seja “a pessoa mais rica do cemitério”. É como um
estereótipo social em relação às pessoas ricas. Essas pessoas podem dar um
destino para o seu patrimônio de diferentes formas. Muitas delas são
filantropas, destinando boa parte do seu patrimônio para instituições,
associações e comunidades, e a menor parte para a família. Temos diversos
exemplos no mundo atual. Eles fazem isso para deixar um legado ou uma
contribuição para o mundo. Porém, existem outras pessoas que agem de uma forma
diferente, mantendo um padrão de vida altíssimo e deixando toda a herança para
a família. Até poderíamos taxa-las de “mais ricas do cemitério” se não fosse
outro tipo de abastado que existe, os acumuladores compulsivos. Eles trabalham
exaustivamente para acumular um patrimônio capaz de prover a família por um bom
tempo, patrimônio esse, diga-se de passagem, majoritariamente imobilizado (imóveis).
Esses “mais ricos do cemitério” são ricos que não conseguiram viver de forma
equilibrada por lhes faltarem a educação financeira.
Portanto, meu caro leitor, na próxima vez em
que você pensar em dizer essa expressão, reflita se realmente faz algum
sentido. Compreenda que você precisa poupar e investir o seu dinheiro mesmo não
sabendo o dia de amanhã e que o patrimônio construído por você pode e deve ser
utilizado no combate à miséria, no apoio às instituições de caridade, e no desenvolvimento
da educação, cultura e desporto. Ao fazer isso, tenho certeza de que você se
sentirá a pessoa mais realizada do mundo ao falecer.
Abraços,
Seja Independente
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