Olá pessoal,
Hoje eu vou falar sobre um livro que eu li há um tempo atrás e já
deveria ter falado sobre ele aqui no blog. Trata-se do livro Os Axiomas de
Zurique, do auto Max Gunther. Este autor foi um jornalista e escritor inglês
criado nos EUA cujo pai era um banqueiro suíço que participava de um clube de
suíços que operavam em mercadorias e ações em Wall Street. Neste clube foi
cunhado o termo que intitula este livro. Na verdade estes axiomas não são os
conselhos sobre investimentos que a maioria dos assessores costuma oferecer.
São mais voltados para especuladores. Mas conta muito para a boa formação do mindset do investidor de longo prazo.
Vale a pena ler.
Logo no início da introdução, o autor afirma que a Suíça é um lugar
totalmente inóspito, paupérrimo em recursos minerais, sem litoral e que há 300
anos se mantém fora das guerras europeias por não ter aparecido nenhum invasor
que realmente a quisesse. Mas apesar de tudo isso os suíços estão entre as
pessoas mais ricas do mundo. Em renda per capita comparam-se aos
norte-americanos, alemães e japoneses. Sua moeda é das mais fortes do mundo. E
conseguiram isso concluindo que a maneira sensata de levar a vida não é fugindo
dos riscos, mas expondo-se deliberadamente a eles. Para isso adotaram uma
filosofia que consiste de 12 regras para se assumirem riscos, os chamados “Axiomas
de Zurique”. Esses axiomas abrangem todas as modalidades de investimento, desde
o mercado financeiro até obras de arte. Prefiro não comentar sobre cada um dos
axiomas para que o artigo não fique muito extenso. É melhor que o investidor
leia o livro e entenda o real significado de cada uma delas. É um livro sobre
investimentos com uma proposta diferente das demais, assim como o livro Pai
Rico Pai Pobre do autor Robert Kiyosaki, mesmo não se assemelhando nenhum pouco
a este. Por ser um livro abrangente que vale para todos os tipos de
investimento, ele vale para muitos tipos de investidores de diferentes lugares
do mundo. Ao longo do livro o investidor perceberá que os mesmo insights transmitidos nos outros livros
estão presentes nele também, mas de uma forma bem diferente, com exemplos
práticos envolvendo diferentes investimentos em diferentes lugares e épocas.
Enfim, é um livro que prega uma filosofia de investimento peculiar de
pessoas que, por necessidade, foram obrigadas a cria-la e a transmiti-la de
geração em geração. E assim uma cultura nacional foi forjada e disseminada
entre os seus compatriotas, contribuindo para toda uma cadeia de prosperidade e
riqueza naquele país. O nosso país, diga-se de passagem, tem de sobra o que não
tem lá. Mas não tem o principal que é a cultura. Obviamente que não dá para
comparar muito os dois países por se tratarem de processos históricos
totalmente distintos. Mas, no atual mundo globalizado onde nós vivemos, podemos
chegar a uma conclusão nada animadora: já deveríamos ter aprendido um pouco com
os suíços há muito tempo atrás.
Abraços,
Seja Independente
Nenhum comentário:
Postar um comentário