terça-feira, 29 de setembro de 2020

Pague-se primeiro, sempre!

 


Olá pessoal,

 

  Hoje falarei sobre uma regra que com certeza alguns de vocês já devem ter ouvido falar. O ato de “se pagar” primeiro assim que o salário cai na conta é vital para qualquer planejamento financeiro. A disciplina e a organização tratadas no artigo da semana passada (ver aqui) são as duas características que formam esse hábito no investidor, ou seja, ele é o primeiro sinal de que um investidor está realmente comprometido com as suas metas financeiras.                       

  Conforme explicado no artigo sobre disciplina e organização através dos exemplos mostrados, quanto maior for a regularidade dos aportes, maior será o efeito dos juros compostos ao longo da jornada. Esse efeito se torna maior pelo simples fato de que o tempo é finito para cada ser humano e anda sempre para frente, ou seja, não há possibilidade de recompor o tempo que foi perdido. A única possibilidade de compensar é aumentar bastante o valor do aporte após a retomada, para que assim o investidor possa alcançar a meta desejada. Porém, sabemos que mudanças e imprevistos sempre acontecem em nossas vidas, nos forçando muitas vezes a interromper ou diminuir os aportes. Como contornar essa situação?                                            

  Uma estratégia muito utilizada pelos bancos tradicionais que vendem planos de previdência privada para os seus clientes correntistas é deixar as contribuições em débito automático, ou seja, debitam a conta do correntista na data xx de cada mês a crédito do fundo do plano administrado pelo banco. Porém, os investidores que formatam as suas carteiras previdenciárias em corretoras independentes não dispõem desse dispositivo. Para isso sugiro transferir os aportes na data de recebimento do salário, sem inventar desculpas para adiar. Mas se mesmo assim você não conseguir pelo fato de receber um fixo mensal pequeno que dá apenas para sobreviver e a maior parte da sua renda vier das bonificações, sugiro aportar um valor bem pequeno mensalmente e aportar integralmente todas as suas bonificações. 

  Caso haja uma grande necessidade de interromper ou diminuir os aportes, não esmoreça. Assim que a sua situação for normalizada, retorne a aportar, mas com um valor maior para compensar o tempo perdido. Se isso não for possível, procure aumentar a sua renda paulatinamente, inclusive buscando fontes alternativas de renda (ver aqui). Ninguém fará por você o que é necessário para alcançar as suas metas a não ser você mesmo!     

 

Abraços,

Seja Independente 


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