sábado, 5 de setembro de 2020

Mais um feriado da independência... Ops... Independência!?!?

 

Proclamação da Independência do Brasil


Olá pessoal,

 

  E lá vamos nós para mais um feriado da independência, viajar com a família e aproveitar para relaxar um pouco, afinal, ninguém é de ferro não é mesmo? Mas você já parou para se perguntar se a realidade do nosso país é condizente com a de um país que se tornou independente politicamente? No meu ponto de vista, o Brasil continua sendo uma colônia de exploração, onde a monarquia portuguesa deu lugar a uma elite político-econômica que escraviza a nossa população pagadora de impostos há mais de um século, e vem se perpetuando no poder desde então, renovando os seus personagens e aprimorando as ferramentas da Matrix que nos aprisiona. 




  Vamos fazer uma breve retrospectiva histórica do nosso país desde a independência para que assim vocês possam entender o meu ponto de vista. Na época do Brasil Império, tivemos dois imperadores, Dom Pedro I e o seu herdeiro do trono Dom Pedro II, que governou o país por décadas. Ambos foram verdadeiros ditadores (lembra-se do Poder Moderador?). Na época da República Velha, os dois primeiros presidentes foram os Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (Marechal de Ferro), ambos verdadeiros ditadores também. Após eleições em 1894, sucederam-se na presidência da República membros das oligarquias regionais do Sudeste cafeeiro e de outras regiões, onde os mesmos, com o apoio dos coronéis locais, exerciam a sua influência política através do voto de cabresto. De Prudente de Morais a Washington Luís houve uma centralização excessiva de poder político-econômico. Após a Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, chega ao poder Getúlio Vargas, um dos maiores ditadores que esse país já teve, governando o país em dois períodos distintos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, ano em que se suicidou. Depois dele Juscelino Kubitschek governou de 1956 a 1961, construindo Brasília e endividando ainda mais o povo brasileiro. Após os governos centralizadores de Jânio Quadros e João Goulart, é instaurada a Ditadura Militar, que durou 21 anos e prendeu, matou e exilou diversos opositores. Após a redemocratização em 1985, tivemos governos centralizadores balizados pela Constituição “Cidadã” de 1988, com direito a dois presidentes afastados através do processo de impeachment e um ex-presidente preso. Tragicômico!  


Proclamação da República Federativa do Brasil

   

  Percebam que durante toda a nossa história houveram diversas rupturas políticas e um modelo de Estado centralizador, tornando-se um ambiente altamente hostil ao capital privado e ao desenvolvimento econômico. As raízes do nosso atraso econômico não diferem muito das raízes de outros países emergentes, com a diferença que o Brasil é um país continental, cheio de riquezas naturais e de pessoas trabalhadoras. O que não dá para tolerar é ainda termos uma população grande de pessoas abaixo da linha da pobreza, semianalfabetas (sabem escrever apenas o nome), morando em barracos sem saneamento básico (problema resolvido pelos países desenvolvidos ainda no século XIX), enquanto a classe política mancomunada com piratas privados (Guedes, Paulo) e toda uma extensa corte de “amigos do rei” se refestelam todo ano com supersalários e regalias, ao ponto deles terem que fazer reformas previdenciária, administrativa, orçamentária (pacto federativo) e tributária, para que o sistema continue funcionando, assim como um carrapato que precisa continuar sugando o sangue de um pobre animal.         

   É como disse certa vez o economista Ricardo Amorim: “Há 197 anos, o Brasil se tornava independente de Portugal. Deixamos de ser colônia para sermos explorados por uma cleptocracia local. Portugal cobrava o Quinto. Hoje, o Estado fica com 2 Quintos de tudo que produzimos. A maior parte vai para os que se apropriam do Estado”. Cleptocracia significa sistema de governo que se baseia na prática da corrupção, da apropriação ilegal do capital financeiro de um país, em benefício próprio (fonte). Acredito que já passou muito da hora do brasileiro trabalhador e de bom caráter decidir qual é o tipo de país que ele quer deixar para os seus filhos, netos, bisnetos, etc. Como eu já falei em vários artigos aqui no blog, um país é formado por pessoas e cultura. Muitos querem que o país mude, que a sua vida mude, mas poucos se propõem a mudar!      

      

Abraços,

Seja Independente

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