segunda-feira, 29 de junho de 2020

Reserva de Valor




Olá pessoal,


  Neste artigo de hoje eu irei falar sobre uma classe de ativos que é recomendada por todos os profissionais do mercado financeiro, que são as reservas de valor, especialmente os metais preciosos (ouro e prata) e as criptomoedas (bitcoin). Por falar em bitcoin, já publiquei um artigo sobre ele (ver aqui). Eu irei explicar que não existe uma estratégia padrão para investir nessas reservas, pois depende muito do perfil e dos objetivos do investidor.  
  Afinal, o que é reserva de valor? Basicamente, é uma das funções exercidas pela moeda, que consiste basicamente em preservar o poder de compra do detentor dela ao longo do tempo. Mas quando eu falo em “moeda”, não me refiro unicamente à moeda fiduciária, que é aquele papel-moeda emitido pelos governos que serve como meio de troca de bens e serviços. Também me refiro aos outros meios de troca que preservam o nosso poder de compra ao longo do tempo, como o ouro e o bitcoin. E por que essas duas reservas são recomendadas pelos profissionais do mercado para compor uma carteira? Por que em momentos de hiperinflação, a moeda fiduciária perde o seu valor ao longo do tempo, corroendo o poder de compra de quem a detém (leia esse artigo aqui), restando ao ouro e ao bitcoin desempenhar a função de reserva de valor, pois ambos possuem uma escassez muito maior. Com isso, a demanda por eles tende a aumentar sensivelmente, jogando as suas cotações para cima e, consequentemente, compensando a desvalorização dos ativos que compõem uma carteira, equilibrando, assim, a rentabilidade total dela.     



  Para desempenhar bem essa função estratégica dentro de uma carteira, os profissionais do mercado financeiro recomendam investir em ouro através de contratos negociados na Bolsa de Valores ou fundos de investimento/ETF, e o bitcoin através de Exchanges confiáveis. Mas eu, particularmente, não gosto muito de investir em reserva de valor dessa forma, pois o meu objetivo como investidor não é apenas obter uma rentabilidade razoável no longo prazo, mas também obter uma renda passiva no futuro. Prefiro investir em ouro em meio físico para me socorrer em casos extremos de escassez, exercendo dessa forma uma função de meio de troca. Já em relação ao bitcoin, recomendo ter muita cautela ao investir nele, analisando cuidadosamente as Exchanges disponíveis para aportar, pois muitas não são confiáveis. Também é possível o ataque de hackers que roubam carteiras com o dinheiro virtual.
  É importante que o investidor também saiba filtrar os ensinamentos transmitidos pelos maiores investidores do mundo, em sua maioria bilionários, no que diz respeito ao valor do dinheiro. Para eles, faz muita diferença ter outras reservas de valor que possam socorrê-los em casos extremos de escassez monetária, pois eles têm muito dinheiro. Mas para a maioria esmagadora das pessoas, a regra não é essa. Nós, que não fazemos parte desse seleto grupo, precisamos da moeda fiduciária para poder sobreviver e, consequentemente, dos ativos geradores de renda que compõe as nossas carteiras. Apenas quando atingimos um “valor de arrebentação” da carteira (digamos, R$ 1 MILHÃO), é que nós devemos nos preocupar em formar reservas de valor de uma forma mais consistente. Quando isso acontecer, aumente o percentual alocado em reservas para 5% do total da carteira (sugestão, não recomendação).      
  Como eu disse no início do artigo, não existe uma estratégia padrão para investir em reservas de valor, pois isso varia de acordo com o perfil e os objetivos do investidor. Se o investidor quiser investir em metais preciosos através de contratos ou fundos e em criptomoedas para diminuir o risco da carteira, ótimo! Com certeza ele conseguirá atingir o seu objetivo de obter uma rentabilidade média no longo prazo próxima da almejada no início da formatação da carteira. Mas talvez esse não seja o principal objetivo do investidor, que é o meu caso. E eu posso mudar de ideia no futuro também. O que importa é o investidor se sentir confortável com a sua estratégia, pois investir não pode ser uma atividade que tire o seu sono, pelo contrário, que lhe dê tranquilidade!


Abraços,
Seja Independente

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