Olá pessoal,
Quem é leitor assíduo do site Infomoney deve
ter lido nessa semana dois artigos interessantes de dois colunistas. Um do
colunista Felippe Hermes que trata da Argentina (ver
aqui) e outro do colunista Aod Cunha que trata do Brasil (ver
aqui). Eu não poderia deixar de escrever um artigo a respeito da América
Latina após ler esses dois artigos. Deixando de lado o “ranço ideológico” que
teima em reinar na cultura latino-americana, vamos analisar os motivos pelo
qual essa região do continente americano continua sofrendo com baixo
desenvolvimento humano, baixa produtividade, alto endividamento, entre outras
coisas.
Antes que venham à mente de vocês questões
como desigualdade social, concentração de renda, falta de políticas públicas, e
outras temáticas concernentes ao problema, vamos analisar as raízes de todos
esses problemas. Na minha opinião, o problema é eminentemente político. Todos
os países da América Latina herdaram modelos de Estado intervencionista de seus
antigos colonizadores, Portugal e Espanha. O que pode explicar a diferença
brutal/abissal de desenvolvimento socioeconômico entre o México e os EUA e
Canadá (América do Norte). Serão os mexicanos um povo inferior ou menos capaz
do que os seus vizinhos norte-americanos? Ou mesmo os latino-americanos ou os
países africanos? Não podemos acreditar, meus caros leitores, que existe uma
supremacia de raças no mundo como acreditavam os alemães nazistas. Todo e
qualquer ser humano e, por conseguinte, sociedade, é capaz de transformar o
meio em que vive. O grande problema é que a herança “maldita” dos nossos
antepassados (no caso latino-americano) foi sendo perpetuada através de
gerações e se enraizou na própria cultura/identidade da América Latina. E isso
gerou oportunidades para uma elite político-econômica mesquinha, golpista,
demagoga e inescrupulosa se perpetuar no poder.
Eu gosto muito de ver os vídeos do Deputado
Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (ver aqui), que é descendente da
família imperial, onde ele explica que o modelo político a ser seguido é o dos
EUA, onde os estados que o compõe têm autonomia equiparável a de um país, onde
cada um possui as suas leis (alguns estados têm pena de morte e outros não), os
seus orçamentos, enfim, tem “vida própria” e os seus governantes não precisam
correr para Washington(DC) com uma xícara e um pirex na mão para pedir dinheiro
ao presidente ou aos congressistas da sua base aliada. É justamente isso que o
Ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende mudar com o Pacto Federativo.
Compreendam que um Estado centralizador dá o
aval necessário aos governantes para aumentar os gastos públicos de forma
irresponsável, inchar a máquina estatal (empresas estatais loteadas por
políticos), dar brechas para a corrupção (desvio de recursos) e todos os outros
sintomas gerados por essa distorção. Façamos uma retrospectiva e iremos
reconhecer que houveram diversas rupturas políticas na nossa história desde a República
em 1889, senão vejamos: ditadura de Getúlio Vargas, ditadura militar,
redemocratização, impeachment de Fernando Collor e impeachment de Dilma Roussef.
Quem leu o artigo sobre a Argentina viu que a retrospectiva foi a mesma, até
pior. Não é à toa pessoal. Não sei como foi no México, mas acredito que também
tenha tido uma história marcada por rupturas políticas.
Obviamente que esse problema é muito complexo e uma série de outros fatores agravam esse tipo de situação. Mas é um problema que deve ser analisado frequentemente pela nossa sociedade para que as nossas gerações futuras tenham uma vida mais digna e próspera. Pensem um pouco mais a respeito!
Abraços,
Seja
Independente
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