quarta-feira, 17 de junho de 2020

A problemática América Latina!


Olá pessoal,

  Quem é leitor assíduo do site Infomoney deve ter lido nessa semana dois artigos interessantes de dois colunistas. Um do colunista Felippe Hermes que trata da Argentina (ver aqui) e outro do colunista Aod Cunha que trata do Brasil (ver aqui). Eu não poderia deixar de escrever um artigo a respeito da América Latina após ler esses dois artigos. Deixando de lado o “ranço ideológico” que teima em reinar na cultura latino-americana, vamos analisar os motivos pelo qual essa região do continente americano continua sofrendo com baixo desenvolvimento humano, baixa produtividade, alto endividamento, entre outras coisas. 
  Antes que venham à mente de vocês questões como desigualdade social, concentração de renda, falta de políticas públicas, e outras temáticas concernentes ao problema, vamos analisar as raízes de todos esses problemas. Na minha opinião, o problema é eminentemente político. Todos os países da América Latina herdaram modelos de Estado intervencionista de seus antigos colonizadores, Portugal e Espanha. O que pode explicar a diferença brutal/abissal de desenvolvimento socioeconômico entre o México e os EUA e Canadá (América do Norte). Serão os mexicanos um povo inferior ou menos capaz do que os seus vizinhos norte-americanos? Ou mesmo os latino-americanos ou os países africanos? Não podemos acreditar, meus caros leitores, que existe uma supremacia de raças no mundo como acreditavam os alemães nazistas. Todo e qualquer ser humano e, por conseguinte, sociedade, é capaz de transformar o meio em que vive. O grande problema é que a herança “maldita” dos nossos antepassados (no caso latino-americano) foi sendo perpetuada através de gerações e se enraizou na própria cultura/identidade da América Latina. E isso gerou oportunidades para uma elite político-econômica mesquinha, golpista, demagoga e inescrupulosa se perpetuar no poder.
  Eu gosto muito de ver os vídeos do Deputado Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (ver aqui), que é descendente da família imperial, onde ele explica que o modelo político a ser seguido é o dos EUA, onde os estados que o compõe têm autonomia equiparável a de um país, onde cada um possui as suas leis (alguns estados têm pena de morte e outros não), os seus orçamentos, enfim, tem “vida própria” e os seus governantes não precisam correr para Washington(DC) com uma xícara e um pirex na mão para pedir dinheiro ao presidente ou aos congressistas da sua base aliada. É justamente isso que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende mudar com o Pacto Federativo. 
  Compreendam que um Estado centralizador dá o aval necessário aos governantes para aumentar os gastos públicos de forma irresponsável, inchar a máquina estatal (empresas estatais loteadas por políticos), dar brechas para a corrupção (desvio de recursos) e todos os outros sintomas gerados por essa distorção. Façamos uma retrospectiva e iremos reconhecer que houveram diversas rupturas políticas na nossa história desde a República em 1889, senão vejamos: ditadura de Getúlio Vargas, ditadura militar, redemocratização, impeachment de Fernando Collor e impeachment de Dilma Roussef. Quem leu o artigo sobre a Argentina viu que a retrospectiva foi a mesma, até pior. Não é à toa pessoal. Não sei como foi no México, mas acredito que também tenha tido uma história marcada por rupturas políticas.
  Obviamente que esse problema é muito complexo e uma série de outros fatores agravam esse tipo de situação. Mas é um problema que deve ser analisado frequentemente pela nossa sociedade para que as nossas gerações futuras tenham uma vida mais digna e próspera. Pensem um pouco mais a respeito!


Abraços,
Seja Independente

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