sábado, 2 de maio de 2020

O efeito dos juros compostos


Olá pessoal,                                                                                                                                                                   
                            
  Hoje eu vou falar sobre um fator primordial nos investimentos. Trata-se dos juros compostos. Inclusive já escrevi um artigo neste blog sobre eles (ver aqui). Mas resolvi escrever novamente a respeito dada a importância deles. Já dizia o grande cientista Albert Einstein, “os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Quem entende, ganha. Quem não entende, paga.” Mas afinal, o que são os juros compostos? Juros compostos são os juros de um determinado período somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Resumidamente, são os juros sobre os juros. E justamente por esse fenômeno financeiro existir, o tempo se torna o fator mais importante na capitalização dos juros, aumentando exponencialmente o valor do patrimônio investido, conforme as imagens abaixo.




  Se o leitor consegue entender o efeito da potenciação/exponenciação do fator tempo (n) observando a fórmula matemática na imagem acima, concluirá que se ele investir em uma carteira de investimentos razoavelmente rentável e se mantiver vivo enquanto o fator tempo exponencializa o fator de capitalização (1+i), ele terá uma grande surpresa positiva ao final do período de investimento.
  A prática de juros compostos é usada desde a antiguidade na civilização babilônica e em outras civilizações da época. Porém, naquela época, as transações comerciais eram muito mais complexas por não existirem unidades de troca, como a moeda. Então se recorria ao escambo de produtos agrícolas para se determinar valores, inclusive dos juros compostos dos empréstimos. Para ilustrar o poder dos juros compostos nós iremos contar a fábula educacional do xadrez e a função exponencial. A fábula conta que o xadrez foi inventado na Índia há mais de 1.500 anos e o rei ficou tão fascinado com a invenção que resolveu recompensar o inventor. O rei perguntou: “O que você quer de recompensa?”. O inventor respondeu: “Quero um grão de arroz para a primeira casa, dois grãos para a segunda casa, quatro para a terceira, e assim sucessivamente.” O rei retrucou: “Apenas isso?”. Então, o rei pediu para os matemáticos do reino fazerem as contas. Trata-se de uma progressão geométrica. O tabuleiro é um quadriculado de 8x8, portanto tem 64 casas. O resultado final seria 2 elevado a 64 (2^64). O número é tão absurdamente grande que seriam necessárias dezenas de trilhões de toneladas de arroz, provavelmente mais do que o mundo poderia produzir. Se não acreditam tentem calcular o número numa calculadora científica. O número é tão grande que não cabe no visor, precisando estar em notação científica (1,84467441E+19 ou 1,8*10^19). Qual é o resultado? 18.446.744.073.709.551.615 (dezoito quintilhões, quatrocentos e quarenta e seis quatrilhões, setecentos e quarenta e quatro trilhões, setenta e três bilhões, setecentos e nove milhões, quinhentos e cinquenta e um mil e seiscentos e quinze).


 Obviamente que ninguém investe durante 64 anos sem consumir boa parte dos rendimentos e do principal, pois seria loucura. A fábula está sendo contada apenas para ilustrar o poder dos juros compostos a favor do investidor. 
  E aí leitor, após ter uma ideia do quão poderosos são os juros compostos, se sente mais encorajado a começar a investir? Perceba que quanto antes você começar, maior será a exponenciação dos juros compostos pelo tempo investido. Acredito que esse fator bastante favorável seja um ótimo incentivo para começar.



Abraços,
Seja Independente 

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