Olá
pessoal,
Acredito que alguns de vocês já devem ter ouvido falar no termo Economia
Real na mídia especializada. Mas afinal, do que realmente se trata essa
Economia Real? Vou explicar para vocês.
Economia Real, pessoal, é um outro termo utilizado para se referir aos
ativos de renda variável: ações e fundos imobiliários, majoritariamente.
Mas por que eu estou tratando sobre isso neste artigo? Estou tratando
sobre isso para que os investidores iniciantes com perfil mais conservador
entendam que os aportes alocados na Economia Real serão os mais rentáveis no
longo prazo, justamente pelo fato das empresas listadas na Bolsa e os fundos
imobiliários terem um retorno que acompanha a inflação com segurança no longo
prazo.
Conforme eu havia explicado neste
artigo aqui, as ações conservam o seu poder de compra e ainda gera um
excedente de rentabilidade. Isso acontece pelo fato das empresas de grande
porte com ações listadas em bolsas de valores conseguirem repassar os seus
custos para os seus clientes, por mais que esses custos tenham se valorizado
muito no período.
Se a inflação dos alimentos sobe muito, supermercados com ações listadas
na B³, como o Carrefour e o Pão de Açúcar, repassam essa inflação para os
clientes. Se a inflação das tarifas bancárias sobe muito, os bancos
tradicionais repassam essa inflação para os clientes. Se a inflação da energia
elétrica ou da água encanada sobe muito, concessionárias de energia elétrica,
como a Eletrobrás, e concessionárias de saneamento, como a Sabesp (SP) e a
Sanepar (Paraná), repassam essa inflação para os clientes.
O mesmo raciocínio vale para os fundos imobiliários. Fundos de salas
comerciais e galpões logísticos possuem contratos de longa duração indexados ao
IGP-M. Se esse índice inflacionário (em 2020 aumentou cerca de 40%) explode num
determinado período, os fundos que são donos dos imóveis repassarão esse
aumento para os inquilinos.
Por mais que você tenha um perfil conservador, é necessário alocar um
percentual da sua carteira na Economia Real.
Lembre-se sempre: conforme eu havia explicado no meu e-book Aprenda
a Investir e SEJA INDEPENDENTE, o IPCA (índice oficial de inflação no
Brasil) divulgado pelo IBGE mensalmente representa apenas uma média dos preços
dos bens e serviços consumidos naquele período pelo público da amostra. Você,
como consumidor de uma cesta individual de vários bens e serviços, tem o seu
IPCA individual mensal, que pode ser, inclusive, bem maior do que o IPCA
oficial divulgado.
Se em um dado momento o IPCA está em um nível baixo, mas o dólar está em
um nível muito alto e você consome muitos bens e serviços importados, o seu IPCA
individual será bem maior do que o IPCA oficial, porque o câmbio muito
desvalorizado reflete no aumento dos preços dos insumos importados, que são
necessários para a produção de diversos bens e serviços consumidos no Brasil.
E se uma cesta individual cujos bens e serviços em sua maioria tenham se
inflacionado bem acima do IPCA oficial acumulado em um ano, por exemplo, o
poder de compra do detentor dessa cesta terá sofrido uma corrosão inflacionária
bem maior do que a média (IPCA).
Portanto, caso você deseje conservar o seu poder de compra com segurança
no longo prazo, aloque algum percentual do seu aporte na renda variável. Melhor
dizendo, na Economia Real.
Se você deseja educar-se
financeiramente para atingir a sua independência financeira e bancar o padrão
de vida que você sempre desejou, entre em contato comigo no Instagram (link no
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Abraços,
Seja Independente
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