Olá pessoal,
Hoje irei falar sobre esse livro muito interessante, chamado O Poder do
Subconsciente, do autor Joseph Murphy, considerado um dos livros mais populares
de auto-ajuda já escritos. Mas aí você pode se perguntar o que tem a ver um
livro de auto-ajuda com os meus investimentos, e eu te respondo: muita coisa a
ver. Vou explicar trazendo aqui alguns trechos do livro.
No capítulo 3 “O poder milagroso de seu subconsciente”, ele afirma o
seguinte: Em toda natureza você vai encontrar a lei da ação e reação, de
repouso e movimento. As duas têm que se contrabalançar, e, quando isso ocorre,
há harmonia e equilíbrio. Você está aqui para deixar que o princípio da vida
flua rítmica e harmoniosamente em sua pessoa. O que entra e o que sai devem ser
iguais. Gravação e impressão devem ser idênticas. Toda sua frustração tem por
origem desejos insatisfeitos. O que ele quer dizer? Se você, investidor,
ainda possui crenças, valores e conceitos em relação a dinheiro e prosperidade
que te condicionam a permanecer na pobreza ou endividado, de nada vai adiantar
formatar uma carteira de investimentos. Nem comece. Se você ainda pensa que
todo rico é ganancioso, que dinheiro é a raiz de todo o mal, que “avareza”
(termo pejorativo para frugalidade) é pecado e que o normal é gastar mais do
que o que ganha e não o contrário, sinto muito lhe dizer, mas você nunca será
rico, próspero ou independente financeiramente. Se você investe para ter um
“complemento” na sua aposentadoria para te ajudar a pagar as contas, mas ainda
possui essas crenças limitantes, você não conseguirá atingir nem esse objetivo,
porque com o tempo você não dará a devida importância e perderá o foco e a
disciplina. E por quê? Porque vontade é tudo. O segredo do sucesso está dentro
de você, na sua mente, e não fora. Portanto, não vá nessa onda da igreja
apostólica romana que prega “é mais fácil um camelo passar por uma agulha do
que um rico entrar no reino dos céus”. O dinheiro não é a raiz de todas as
mazelas, mas sim as atitudes dos “ricos” mesquinhos e gananciosos. Você pode
fazer coisas maravilhosas com o dinheiro e até se tornar uma pessoa melhor do
que era antes. Você pode até desejar apenas se tornar independente
financeiramente, ou até mesmo não investir por não gostar, mas ganhar dinheiro
somente trabalhando. Ainda assim, se tiver as crenças limitantes, continuará
“escravo” do dinheiro.
No capítulo 9 “Como usar o poder de seu subconsciente para adquirir
riqueza”, ele fala sobre a inveja: É devastador abrigar pensamentos de
inveja, porque o fato coloca-o em uma posição negativa. E por isso mesmo a
riqueza corre para longe e não para perto de você. Se você fica aborrecido ou
irritado com a prosperidade ou a riqueza de outra pessoa, diga imediatamente
que lhe deseja a maior riqueza possível. Dessa maneira, você neutralizará os
pensamentos negativos e fará com que a riqueza flua em sua direção, de acordo
com a lei do subconsciente. Esse trecho, em minha opinião, é o que explica
o principal obstáculo para o investidor, a lacuna comportamental, que é a
necessidade de comparar a sua grama com a grama do vizinho. A grama do vizinho
sempre é mais verde, não é verdade? Essa necessidade é o que faz o investidor
ter pressa para alcançar o seu objetivo, aumentando demasiadamente o risco da
carteira ou assumindo uma posição ativa que não é sua, pois não foi talhado
para tal. E também é o que faz qualquer pessoa desaforar o dinheiro, numa busca
incessante em mostrar ao vizinho que é mais rico, mesmo que para isso tenha que
se endividar. Não existe ditado mais certo do que esse, “dinheiro não leva
desaforo para casa”. E a maioria das pessoas somente percebe isso a duras
penas, infelizmente.
Também merecem uma menção honrosa os capítulos 10 “Seu direito de ser
rico” e 11 “A mente subconsciente como sócia em seu sucesso”. Neles você
encontrará vários trechos que corroboram os trechos anteriormente citados,
talvez sendo os capítulos mais importantes para o investidor. Já no capítulo 12
“Como cientistas usam a mente subconsciente”, o autor afirma: Ao buscar
orientação, você simplesmente pensa na ação correta. Isso significa que usa a
inteligência infinita existente na mente subconsciente a um ponto em que ela
começa a agir por seu intermédio. Desse instante em diante, seu curso de ação é
dirigido e controlado pela sabedoria interior residente em você, que tudo sabe
e é onipotente. Suas decisões serão corretas. Só poderá haver ação correta
porque você está sob uma compulsão subjetiva para fazer a coisa certa. Uso a
palavra compulsão porque a lei do
subconsciente é compulsória. Apesar de nesse capítulo o autor do livro
focar no uso da mente subconsciente pelos cientistas, esse trecho vale também
para os investidores, no momento em que ele fala de compulsão, não no sentido
mais pejorativo do termo, quando nos referimos à compulsão por comida, drogas,
compras, mas sim no sentido de ter uma paixão por algo construtivo, como
pesquisar e investir. Quanto mais o investidor for apaixonado pelo universo dos
investimentos, mais sucesso ele obterá. Se o investidor puder ler, ouvir ou
assistir qualquer assunto relacionado a investimento todo santo dia, durante
vários minutos espaçados ao longo do dia, mais preparado e bem talhado ele
ficará para ter sucesso nessa empreitada.
Mas a mensagem mais importante transmitida pelo livro é nunca perder a
fé naquilo em que você acredita. Investir, como qualquer outra coisa na vida,
também é um ato de fé. Aliás, dizem os sábios que viver já é um ato de coragem.
Então faça valer a pena, tenha coragem para se arriscar e construir o teu
legado, a tua obra, aquilo para o qual você nasceu!
Abraços,
Seja Independente
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