quinta-feira, 20 de junho de 2019

A dificuldade do investidor empreendedor


Olá pessoal,

  Hoje irei fazer uma breve continuação do artigo “Que tipo de investidor você é?”, publicado no início desse mês. E irei adotar a mesma estratégia: tomando como ponto central mais alguns trechos do livro O Investidor Inteligente (gosto muito desse livro), com o intuito de estimular a leitura dele pelos investidores iniciantes e reforçar a ideia que tentei transmitir neste outro artigo.
  No artigo eu falei sobre as dificuldades do investidor empreendedor, dando o exemplo das limitações dos gestores de fundos de investimentos. Pois bem, vou tomar essa ideia como ponto de partida. No capítulo 15 do livro, intitulado “A escolha de ações para o investidor empreendedor”, entre as páginas 417 a 419, o autor é muito feliz em alguns trechos ao tentar explicar as dificuldades enfrentadas pelos analistas e gestores de fundos. Vamos ao primeiro trecho: Com muita frequência, lembramos a analogia entre o trabalho da multidão de analistas de títulos em Wall Street e o desempenho dos jogadores de bridge mestres em um torneio de bridge duplicado. Os primeiros tentam escolher as ações com “mais probabilidade de sucesso”; os últimos, obter os pontos máximos em cada mão jogada. Apenas poucos podem realizar ambos os objetivos. Na medida em que todos os jogadores de bridge têm um nível similar de perícia, os vencedores podem ser determinados por acasos de vários tipos, em vez de pela capacidade superior. Apesar de o autor ser norte-americano e citar “Wall Street”, essa verdade dita por ele serve para qualquer lugar do mundo. Outro trecho bem interessante: Os leitores deste livro, por mais inteligentes e conhecedores que sejam, dificilmente poderiam esperar fazer um trabalho melhor de seleção de carteira do que os melhores analistas do país. No entanto, se é verdade que um segmento razoavelmente grande do mercado acionário é muitas vezes discriminado ou inteiramente desprezado pelas seleções analíticas usuais, então o investidor inteligente pode ter condições para lucrar com as subvalorizações daí resultantes. Porém, para fazer isso, ele precisa seguir métodos específicos que não são geralmente aceitos  em Wall Street, uma vez que os métodos lá aceitos não parecem produzir os resultados que todos gostariam de obter. O que autor quis dizer aqui foi o seguinte: se você não faz parte do seleto grupo dos melhores analistas do país, mas se garante ao selecionar determinados ativos, deve ter em mente que possui conhecimento suficiente para ter plena segurança do que está fazendo e também personalidade suficiente para seguir em frente sem se importar com as opiniões do “Senhor Mercado”.
  Enfim, não estou aqui querendo insinuar que os investidores empreendedores sempre irão perder para o “resto do mercado” ao tentar bater o seu benchmarking. Apenas insisto em afirmar que para se tornar um investidor empreendedor ganhador, se requer tempo, e até lá o investidor defensivo pode ter uma performance superior dentro daquele determinado período, pois lembrem-se que os fatores mais importantes no processo de construção de riqueza é o valor aplicado e o tempo, e não a rentabilidade.

Abraços,
Seja Independente


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