terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O seu pior inimigo é você mesmo!

 



Olá pessoal,

 

  Vocês já devem ter visto esse mantra diversas vezes em vários lugares, não apenas na mídia especializada em finanças e investimentos, mas em praticamente todos os segmentos da mídia em geral. Afinal, essa verdade vale para o ser humano em todos os aspectos da vida: relações pessoais, carreira profissional, finanças, etc. Mas do que realmente se trata esse pior inimigo, pelo menos nas finanças e nos investimentos? Vou falar para vocês.                                                            

  O seu pior inimigo nesse aspecto meu caro leitor, é o seu EGO. “Como assim o meu ego?”. É isso mesmo que você leu. O seu ego. É esse sentimento sombrio que perturba a mente de cada ser humano nesse mundo, inclusive deste investidor e blogueiro que vos fala. Absolutamente ninguém nesse mundo (talvez com a exceção dos monges budistas) está a salvo desse inimigo implacável. Quando você diz que determinada pessoa é egocêntrica, você na verdade está querendo dizer que ela possui um ego inflado ou exacerbado, por assim dizer. No meu ponto de vista, cada ser humano possui um ego um pouco inflado, principalmente se ele faz parte da cultura ocidental (na minha opinião os orientais tem uma cultura diferente nesse sentido).                          

  Sendo assim, torna-se uma tarefa hercúlea poupar e investir mensalmente para atingir objetivos de longo prazo numa sociedade capitalista e, acima de tudo, imediatista, em que o nosso ego deve ser atendido prontamente. Conforme eu havia falado nesse artigo aqui, trabalhamos em empregos que odiamos, para comprar porcarias que não precisamos para impressionar pessoas que não se importam com o que nós temos. Essa resistência interna interfere diretamente no nosso planejamento financeiro, impactando diretamente na consecução dos nossos objetivos. Eu falei a respeito disso em alguns capítulos do meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, disponível na Amazon. É um problema que gera outro problema, chamado procrastinação. Você usa a justificativa de que precisa aproveitar o presente para comprar bens supérfluos que não precisa para impressionar os outros e, sendo assim, sabota todo o seu planejamento, procrastinando os aportes mensais e, consequentemente, retardando o efeito dos juros compostos.     

  Compreenda que caso você realmente deseje se tornar independente financeiramente algum dia, você terá que fazer diferente do que a maioria faz. E isso também vale para aumentar a renda, pois se você quiser ter mais sucesso na carreira profissional, precisará fazer diferente do que a maioria dos profissionais está fazendo. O elemento chave para combater o seu ego e a procrastinação nas finanças chama-se disciplina. É esse elemento que vai te permitir fazer o diferente do que a maioria faz. Mas lembre-se: para que você tenha a disciplina necessária, você deve se lembrar todo santo dia qual é o propósito a ser alcançado ou qual é o legado que você deseja deixar com o seu sacrifício. Essa atitude vai te dar forças para seguir em frente.     

            

Abraços,

Seja Independente 


domingo, 27 de dezembro de 2020

Bolsa de Valores não gera emprego?

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo de hoje eu falarei a respeito de um contra-argumento muito difundido entre aquelas pessoas que torcem o nariz para os investimentos em bolsa de valores, que é o de que eles não geram emprego e renda para a sociedade. Mas será mesmo que esse contra-argumento é válido? Vou explicar para vocês que ele é plenamente refutável.            

  Conforme eu havia explicado nesse artigo, ao investir em ativos na bolsa de valores, você investe de uma forma indireta em empresas que geram muito retorno para a sociedade, através de vendas de bens e serviços a milhões de consumidores, contratações de milhares de funcionários, compras de insumos de dezenas de fornecedores, terceirização de mão-de-obra especializada em larga escala, investimentos em bens de capital, desenvolvimento de novos produtos e serviços e recolhimentos de tributos para os cofres públicos. Toda uma cadeia produtiva a nível nacional e até internacional é sustentada pelos investimentos em bolsa de valores.       

  É um erro querer comparar um investimento em um negócio próprio e um investimento em ativos na bolsa. Um negócio próprio é o investimento mais arriscado que existe, pois ele exige um capital para iniciar as operações, muito trabalho por parte dos sócios e uma dose descomunal de paciência. Por esses motivos elencados, é o que gera maior potencial de retorno. É um investimento para tornar-se rico no médio prazo. Já um investimento na bolsa é menos arriscado e tem a função de construir um patrimônio que lhe garanta uma aposentadoria digna na velhice e até quem sabe torne-o rico, mesmo que seja apenas no longo prazo. 

  Não queira comparar maçãs com bananas. Não existe uma única forma para se alcançar a riqueza e/ou a independência financeira. Ambos são benéficos para a economia real de um país. Você pode investir através de ambos e eu diria que até deve, na medida em que os investimentos na bolsa diversificarão o seu patrimônio, protegendo-o de eventuais crises no setor em que a sua empresa atua. Caso deseje aprender a investir de forma conservadora, eu posso te ajudar. Entre em contato comigo no Instagram (link no início da página) e saiba como.                 

     

Abraços,

Seja Independente 


sábado, 26 de dezembro de 2020

Você sabe o que é ESG?

 



Olá pessoal,

 

  Acredito que muitos de vocês já devem ter visto na mídia especializada o termo ESG. Afinal, o que significa essa sigla? ESG é a sigla em inglês para enviromental, social and governance (ambiental, social e governança, em português). É um termo usado para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa (leia esse artigo do blog do Nubank). É um termo que tem se destacado muito após a pandemia da Covid-19. Vou tentar contextualizar para que vocês possam compreender melhor.                                                            

  Conforme eu havia explicado nesse artigo, a Governança Corporativa é o conjunto de processos, costumes, políticas e regulamentos que regulam a maneira como uma empresa será dirigida. Dentro desse escopo, podemos incluir as demandas ambientais e sociais como elementos balizadores da formulação da Governança de uma empresa nos tempos atuais. Vivemos em uma época em que as sociedades clamam por mudanças ditas “progressistas”, visando um bem comum para todo o ecossistema ambiental e social do nosso planeta. Podemos citar alguns exemplos de mudanças exigidas pelas sociedades, como: redução do aquecimento global e emissão de carbono; redução do desmatamento; respeito aos direitos humanos; diversidade dos colaboradores; e combate à corrupção. Eu concordo e apoio a maioria das mudanças pleiteadas, salvo algumas demandas estapafúrdias e alguns exageros perpetrados por certos grupos de indivíduos.                       

  Podemos relembrar aqui diversos casos de empresas que permitiram falhas gravíssimas em sua Governança como um todo, incluindo as suas políticas ambientais e sociais (ESG):

1)      Vale => Permitiu acontecer tragédias ambientais e sociais, como os rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho;

 

2)      Petrobras => Empresa estatal epicentro do maior esquema de corrupção da história do Brasil (Petrolão);

 

3)      Carrefour => Permitiu o assassinato de um homem negro por parte de seus colaboradores dentro do estabelecimento.

  Eu poderia citar vários outros casos, mas para que o artigo não fique extenso, eu me ative apenas a esses 3 casos, que são mais notórios. Percebam que eu citei um caso para cada demanda infringida: E – enviromental, o caso da Vale; S – social, o caso do Carrefour; e G – governance, o caso da Petrobras. Como vocês podem ver, ESG é uma métrica global usada para medir o nível de Governança Corporativa de uma empresa de forma completa.

  Com certeza, os investidores do século 21 estão bem mais antenados a questões ambientais e sociais do que os investidores do século passado. A questão financeira dá espaço a essas questões nas análises de investimentos. Eu acho louvável, pois empresas multinacionais impactam fortemente a natureza e a sociedade em que elas atuam. Peço somente que o investidor tenha cautela ao analisar as empresas sob os pontos de vista ambiental e social, pois ele pode deixar passar ótimas oportunidades.  

      

             

Abraços,

Seja Independente 


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Ainda é possível fazer Valuation?

 



Olá pessoal,

 

  Hoje eu falarei sobre uma modalidade de análise de ativos historicamente adotada pelos maiores investidores do Brasil e do Mundo. Trata-se do Valuation, que é o processo de estimar o valor intrínseco de um ativo. Essa estimativa é calculada com base nas demonstrações contábeis da empresa. Somente de posse dessas informações é possível extrair os múltiplos que são utilizados nos cálculos da estimativa. E o que seria esse valor intrínseco? Seria o valor justo de um ativo. O preço da ação é o que você paga. O valor justo da ação é o que você leva. Entendeu a diferença? Valuation, em outras palavras, é a ferramenta que permite ao investidor saber se um determinado ativo está caro ou está barato.                                               

  Partindo desse conceito, podemos inferir que no mundo atual está muito mais difícil fazer Valuation das empresas haja vista a complexidade que é mensurar contabilmente o valor intrínseco de empresas disruptivas, como são os casos de Amazon, Apple, Facebook, Google, Microsoft, Uber, Airbnb, Tesla, Netflix, etc. Você já parou para pensar o quão é difícil estimar com algum grau de precisão o valor intangível delas? Afinal, os engenheiros brilhantes dessas empresas devem ser registrados no Passivo? Ou deveriam ser registrados no Ativo, já que eles podem ser considerados um verdadeiro investimento para elas?       

  O investidor ainda consegue fazer um Valuation mais preciso em empresas com grandes ativos físicos (Ativo Imobilizado), como são os casos das fábricas de alimentos e bebidas (Ambev), equipamentos industriais (Weg), automóveis (Marcopolo), etc. Mas ainda assim existe uma dificuldade residual em estimar o valor intrínseco delas, pois após o surgimento da internet muitas estão automatizando os seus processos industriais numa escala assustadora, implicando até mesmo em um maior nível de desemprego. Em outros setores de prestação de serviços, como é o caso de serviços educacionais (Cogna), essa dificuldade residual é maior ainda, pois muitas estão intensificando o ensino à distância (Ead), dispensando a necessidade de adquirir ou alugar salas de aula para diversos cursos.         

  Além da dificuldade gerada após o surgimento da internet, some-se o fato de que na maioria dos países desenvolvidos a taxa básica de juros está negativa, o que torna mais difícil o trabalho de estimar o valor justo de uma ação sem ter uma ideia da trajetória da taxa no futuro, ou seja, as referências históricas das taxas básicas foram quebradas.

  Mas não deixe de usar o Valuation na seleção individual da sua carteira. Ela ainda pode ser útil. Apenas lembre-se que os parâmetros mudaram. Por isso eu volto a repetir, dê mais importância às classes de ativos. O mundo dos investimentos não é mais o mesmo. Quem não conseguir se adaptar morrerá no meio do caminho.

             

Abraços,

Seja Independente 


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Dê mais importância às classes de ativos

 



Olá pessoal,

 

  Hoje eu darei uma dica muito valiosa para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos. Trata-se da alocação em classes de ativos. Muitos investidores iniciantes, assim como eu fui um dia, dão muito mais importância à análise de ativos específicos sem saber que o principal fator que influencia na rentabilidade da carteira no longo prazo é justamente a alocação em classes de ativos de forma bem ponderada, de acordo com o perfil de risco e os objetivos do investidor. Vou explicar melhor.                                            

  Por melhor que seja a sua seleção de ativos, ela não crescerá indefinidamente e, além disso, não existe nenhuma garantia de que ela conseguirá performar bem no futuro, pois este costuma ser bastante incerto, ainda mais agora nesses tempos em que a tecnologia evolui muito rapidamente, na curva exponencial da sua evolução histórica. Resumindo, o mundo atual está mais disruptivo. Isso influencia substancialmente o retorno geral dos ativos que compõe os índices de mercado. Muitas empresas que não se adaptam ao ritmo tecnológico quebram, enquanto outras mais disruptivas surgem e as grandes que se adaptam perfeitamente continuam no jogo. Estamos vendo tudo isso em câmera lenta há alguns anos e nessa época de pandemia esse processo se acelerou. É como algumas pessoas disseram: “mudanças que estavam previstas para ocorrerem em 10 anos foram antecipadas em apenas 1 ano em virtude da pandemia”.

  É por esse motivo que eu invisto em ETF. Já falei sobre eles em quase uma dezena de artigos aqui no blog e no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE. O ETF investe de forma passiva em um determinado índice do mercado. Se você investir apenas no principal índice de ações de um país, como é o caso do Ibovespa aqui no Brasil, o seu retorno estará atrelado ao retorno do mercado, por assim dizer. Em outras palavras, você estará na média. Isso diminui bastante o risco da sua carteira de investimentos. Lembre-se que investindo diretamente nos EUA abrindo uma conta na corretora Avenue, você terá à sua disposição uma infinidade de opções de ETF. Fica a dica!      

  Mas isso não quer dizer que você deve se desfazer da sua carteira de ações individuais. Mantenha-a e monitore-a constantemente. Você deve apenas ponderar o peso delas na sua carteira global de investimentos. Essa ponderação vai depender muito do seu perfil de risco, principalmente, e dos seus objetivos. No meu entendimento, para quem tem um perfil de risco mais arrojado, é bastante plausível ter uma carteira de ações individuais. Aliás, não apenas de ações, mas de fundos imobiliários também, que é outra classe de ativos. É como diz o título do artigo, dê mais importância às classes de ativos!             

Abraços,

Seja Independente 


domingo, 20 de dezembro de 2020

E o meu ceticismo em relação ao Brasil continua...

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo de hoje eu gostaria de compartilhar com vocês uma matéria do site InfoMoney intitulada “Única forma de crescer economia é via produtividade, dizem economistas” (leia aqui). Essa matéria corrobora exatamente o que eu já falei em diversos artigos (ver aqui) e (ver aqui). Estamos perdendo o bônus demográfico e recebendo ônus demográfico. Em bom português, o Brasil está se tornando um país velho antes de se tornar rico.                

  Não pretendo me alongar muito neste artigo, até porque o leitor lerá a matéria e os dois artigos do blog onde eu tratei sobre o tema. Peço que leiam para vocês terem uma dimensão do nosso problema. Precisamos começar agora, para ontem! Não podemos mais adiar reformas estruturantes. Não podemos mais tratar a educação dos nossos jovens com esse descaso espúrio, nojento e perverso. 

  Aproveitando o ensejo, mais uma vez deixo aqui o meu alerta: procurem diversificar geograficamente os seus investimentos. Caso deseje aprender a investir em ativos estrangeiros, eu posso te ajudar. Entre em contato comigo no Instagram (link no início da página) e saiba como.                 

     

Abraços,

Seja Independente 


sábado, 19 de dezembro de 2020

Se nos EUA está assim, imagine no Brasil...

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo de hoje eu gostaria de compartilhar com vocês uma matéria do site Money Times intitulada “Covid-19 cria novo tipo de crise financeira da meia-idade” (leia aqui). Leiam e percebam o quão difícil está sendo para a população norte-americana. Se naquele país, o mais rico do mundo, cuja boa parte da população é educada financeiramente, os cidadãos estão atravessando esse momento incerto, avalie aqui no Brasil.              

  A mensagem que eu gostaria de transmitir para vocês neste artigo é a seguinte: a necessidade de se educar financeiramente, de aprender a poupar e investir o seu dinheiro, e de conquistar a sua liberdade financeira, está se tornando cada vez mais latente no mundo atual em que vivemos. Vou mostrar para vocês os 3 principais fatores que estão forçando as pessoas a tomarem esse caminho:

1)      Os sistemas previdenciários estão se tornando cada vez mais deficitários => Conforme eu já havia explicado em diversos artigos, está havendo no mundo inteiro um achatamento das arrecadações previdenciárias em virtude de pressões demográficas ocasionadas por questões culturais. A conta não fecha;

2)      As taxas de desemprego tendem a aumentar => Conforme eu já havia explicado em alguns artigos, está havendo no mundo inteiro uma disrupção tecnológica exponencial nos últimos anos, fazendo com que as máquinas substituam a mão-de-obra humana em vários empregos. Qualificar mão-de-obra despreparada para operar máquinas leva tempo;

3)      Crises financeiras sempre existiram e continuarão existindo => Crises financeiras ocasionadas por diversos motivos continuarão existindo, desencadeando um efeito dominó de falência, desemprego, pobreza e fome. Enquanto os bancos centrais ao redor do mundo continuarem imprimindo dinheiro, mais frequente se tornará a ocorrência de crises financeiras como as de 1929 e 2008. Investir o seu dinheiro é uma forma de proteger o seu poder de compra.             

  Independente de qual forma você deseje construir o seu patrimônio, aconselho que comece o quanto antes. Caso você não queira construir através do mercado financeiro por motivos pessoais, não tem problema. Você pode construir através do mercado imobiliário (apesar de eu achar inapropriado para a maioria das pessoas), através da compra e venda de metais preciosos, obras de arte ou qualquer outra reserva de valor, através de royalties de direitos autorais, etc. O mais importante é que você comece desde já.     

  Não pense que um negócio próprio é a única opção. Lembre-se que ele toma bastante o seu tempo. E tempo é dinheiro. Sem contar os riscos adicionais. Procure investimentos que gerem uma renda passiva para você, ou seja, aquelas em que você não precisa trabalhar para poder receber. Caso deseje aprender a investir de forma conservadora no mercado financeiro, eu posso te ajudar. Entre em contato comigo no Instagram (link no início da página) e saiba como.                 

     

Abraços,

Seja Independente 


quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Deixe de ser órfão do banco!

 



Olá pessoal,

 

  Muitos de vocês que são investidores conservadores e sempre investiram através dos bancos tradicionais devem estar se sentindo órfãos agora que a taxa Selic está mantida em 2% a.a. Os rendimentos das aplicações em fundos de investimentos de renda fixa e CDB (Certificado de Depósito Bancário) estão rendendo muito pouco, abaixo da inflação. É uma situação completamente diferente da época entre o início do Plano Real e a crise econômica de 2015/2016.          

  Conforme eu havia explicado nesse artigo, está havendo uma redução da taxa Selic de forma gradativa nos últimos 3 anos. Mesmo que a inflação dispare em 2021 e se mantenha elevada em 2022, economistas já estimam que a taxa Selic alcance no máximo 6% a.a. em 2022. Em outras palavras, é bem improvável que vejamos a taxa Selic voltar ao patamar das últimas décadas e, além disso, proporcionar aos investidores uma taxa real de rentabilidade bastante atrativa. Uma taxa de juros básica muito elevada é um entrave para o desenvolvimento econômico do país, e os governantes sabem disso. Eles envidarão todos os esforços para manter a taxa básica num patamar adequado no longo prazo.      

  Portanto, meu caro leitor ainda órfão do banco, ao abrir uma conta em uma corretora de valores para começar a investir, não invista da mesma forma que investia no BB, CEF, Bradesco, Itaú, Santander, etc. Esse pessoal já está ficando para trás no mundo dos investimentos. Quer uma prova disso? Leia essa matéria do site InfoMoney. Nela você irá perceber que os bancos tradicionais continuam corroendo os rendimentos do seu fundo de renda fixa cobrando mais de 1% de taxa de administração sem uma justificativa razoável. Pare de investir em CDB de banco pequeno que oferece 120% do CDI ao ano, mas prestes a falir e com nota de crédito (rating) baixa. Ou em fundos de investimentos que cobram uma taxa de administração muito salgada para um trabalho simples que poderia ser realizado por você tranquilamente. Ou em produtos financeiros de procedência duvidosa, como COE (ver aqui) e BDR (ver aqui). Procure, antes de qualquer coisa, adquirir conhecimento para explorar as melhores opções que as corretoras oferecem. Procure saber como funcionam os títulos públicos e os ativos de renda variável.

  Pare de delegar tanto a terceiros o que você leva anos para construir com muito suor e sacrifício: a sua independência financeira. Caso resolva aprender a investir de forma conservadora sem depender tanto dos outros, eu posso te ajudar. Entre em contato comigo no Instagram (link no início da página) e saiba como.    

                     

     

Abraços,

Seja Independente 


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Sinto muito lhe dizer, mas você não tem opção!

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo de hoje eu quero alertar todos vocês para um fato que inevitavelmente se consumará na sua vida: você se verá obrigado a educar-se financeiramente e começar a investir. E eu tenho um forte argumento para defender essa tese. Vou lhe dizer agora.         

  Conforme eu havia explicado em diversos artigos e no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE, a Previdência Social tende a ser reformada cada vez mais num futuro próximo, dificultando assim a sua aposentadoria. Essa necessidade de reformar é decorrente da pressão demográfica latente que está ocorrendo e continuará a ocorrer em nosso país. Muitos casais continuarão adotando o hábito de ter poucos filhos ou nenhum filho. No meu ponto de vista, esse hábito surgiu após um aumento gradual na qualidade de vida das pessoas durante o avanço tecnológico massivo das últimas décadas. Ora, se a qualidade de vida aumenta, é natural que os gastos com a educação dos filhos para que estes desfrutem do mesmo padrão de vida dos pais, também aumente. Trata-se de um fator limitante para o aumento da taxa de natalidade. Em contrapartida, esse avanço tecnológico, como não haveria de ser diferente, também ocorreu na área médica, proporcionando um aumento substancial na expectativa de vida da população mundial. Com uma população idosa maior e uma população jovem menor contribuindo para o sistema, a conta não fechará. O montante arrecadado pela Previdência tende a ser cada vez mais achatado, obrigando o Governo a aumentar a dívida pública para cobrir o déficit previdenciário. 

  Sinto muito lhe dizer, mas você corre um grande risco de voltar a trabalhar, depender financeiramente dos filhos ou viver atolado em dívidas, caso conte apenas com a Previdência para se aposentar. Na velhice, a sua capacidade laborativa tende a diminuir e os gastos com saúde tendem a aumentar. Você precisará de uma renda passiva (aquela que não depende do seu trabalho) para cobrir essa lacuna. Sinto muito lhe dizer, mas você terá que perder o medo de investir e começar a aprender o quanto antes!

                     

     

Abraços,

Seja Independente 


sábado, 12 de dezembro de 2020

Tome agora mesmo uma das decisões mais importantes da sua vida!

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo de hoje eu quero chamar a atenção de vocês para a necessidade de uma tomada de decisão no tocante ao seu planejamento financeiro. Provavelmente será uma das decisões mais importantes da sua vida, na medida em que ela lhe trará no futuro mais qualidade de vida. Trata-se da aquisição de Educação Financeira, para que você saia de uma condição cronicamente deficitária para uma condição superavitária. Caso você seja aquela pessoa que raramente fica deficitária, mas sempre se encontra na estaca zero, sem conseguir sair do lugar, essa decisão com certeza servirá para você também. Acredite em mim, é plenamente possível.       

  Já mostrei para vocês em diversos artigos do blog e no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE que no caminho para a prosperidade financeira não existem certos atalhos que foram amplamente difundidos na sociedade brasileira. São eles:

1)      Previdência Social => Aposentar-se nos dias atuais com o mesmo patamar salarial que costumava proporcionar o seu desejado padrão de vida ao longo de décadas está cada vez mais difícil, até mesmo entre os servidores públicos. Conforme eu havia explicado no meu e-book, a necessidade de reformas previdenciárias se tornará cada vez mais latente em virtude de pressões demográficas no nosso país, dificultando cada vez mais a sua aposentadoria;       

2)      Imóveis => Imóveis físicos não são uma opção descartável, porém você deve se atentar para a falta de liquidez e para o capital exigido na compra, que costuma ser muito alto para a maioria das pessoas. Conforme eu havia explicado no meu e-book, muitos brasileiros costumam financiar a compra de imóveis, o que pode se tornar muito arriscado, na medida em que a alavancagem (endividamento) pode potencializar muito o risco de liquidez, acarretando prejuízos severos;

3)      Caderneta de Poupança => Esse tipo de investimento há muito tempo deixou de ser rentável. Ele continua seguro e altamente líquido, é verdade. Mas ele não proporciona mais a mesma rentabilidade que costumava proporcionar na época da hiperinflação e dos primeiros anos do Plano Real. Conforme eu havia explicado no meu e-book, hoje ele perde bem feio da inflação e serve apenas para constituir uma parcela da reserva de emergência. Se você tem uma boa parte do seu patrimônio aplicado na caderneta, saiba que você está deixando a inflação corroer o seu poder de compra.                 

  A construção de um patrimônio no mercado financeiro que lhe proporcione independência financeira no futuro é perfeitamente factível e muito comum no mundo inteiro. Saiba que em vários países, inclusive em emergentes, as pessoas investem no mercado para construir um patrimônio capaz de prove-las na velhice. Nesses países, o ensino público cumpre bem o seu papel de formar profissionais aptos a ingressar no mercado de trabalho, como também ensinam Educação Financeira para os alunos ao longo de toda a vida escolar.                                                

  Pensando nisso, decidi fazer uma oferta para vocês. Os 3 primeiros clientes que contratarem o meu pacote de consultoria de Educação Financeira a partir da data de publicação deste artigo, receberão de presente de Natal o meu e-book. Para ter mais informações e contratar a minha consultoria, basta enviar um Direct no meu Instagram (link no início da página) com a frase “EU QUERO”. Mas atenção! Essa oferta será válida até às 23h59min do dia 23/12/2020. Tome agora mesmo a decisão que transformará a sua vida para melhor!                     

     

Abraços,

Seja Independente 


Fundo Cambial

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo eu explicarei para vocês o que é um Fundo Cambial. Já expliquei para vocês em um artigo do ano passado o que são fundos de investimentos (ver aqui). Em outro artigo mais recente eu expliquei para os leitores que não há problema em investir todo o patrimônio em fundos (ver aqui). O fundo cambial é um fundo atrelado à variação de moedas estrangeiras. Eles servem para proteger o investidor da desvalorização da moeda nacional.

  Existem outras formas do investidor se proteger da desvalorização do Real Brasileiro (BRL). Uma é comprar a moeda estrangeira numa casa de câmbio e guardar em casa em momentos de valorização do real perante a moeda a ser cambiada (geralmente dólar ou euro). É uma forma válida, mas trabalhosa na medida em que o investidor precisa se atentar constantemente em relação à variação do câmbio, e que pode ser perigosa na medida em que chama a atenção de criminosos. A outra é operar contratos futuros e minicontratos de moeda estrangeira (dólar é o mais comum). Esses ativos são derivativos operados pelos profissionais do mercado financeiro que trabalham em bancos e nos próprios fundos cambiais, ou seja, é uma opção praticamente descartada pelo público em geral. É justamente aí que entra em cena a praticidade dos fundos cambiais, pois neles um gestor qualificado tomará as melhores decisões de investimento para os seus cotistas, cabendo a estes arcar com a taxa de administração.             

  Os fundos cambiais são apropriados para aqueles investidores que planejam morar ou passar um ano sabático no exterior. No meu ponto de vista, não há muito custo-benefício em investir nesse tipo de fundo somente para passar as férias no exterior. Compensa mais comprar a moeda estrangeira na casa de câmbio. Eles também servem para diversificar a carteira de um investidor conservador ou moderado, na medida em que eles cumprem a função de descorrelação dos ativos da carteira.                                                

  Escolher bem um fundo cambial não é para todos. Requer tempo. Caso não queira gastar o seu precioso tempo, recomendo contratar um profissional do mercado financeiro para auxiliá-lo nessa missão. Caso deseje aprender a investir de forma conservadora e analisar fundos de investimentos, eu posso te ajudar. Entre em contato comigo no Instagram (link no início da página) e saiba como.                   

     

Abraços,

Seja Independente


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Fundo Multimercado

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo eu explicarei para vocês o que é um Fundo Multimercado. Já expliquei para vocês em um artigo do ano passado o que são fundos de investimentos (ver aqui). Em outro artigo mais recente eu expliquei para os leitores que não há problema em investir todo o patrimônio em fundos (ver aqui). O fundo multimercado pode ser encaixado em uma carteira de investimentos, dependendo do perfil de risco e dos objetivos do investidor.  

  Conforme eu havia explicado no artigo do ano passado, os fundos de investimentos abertos, entre eles o fundo multimercado, possuem uma série de desvantagens, como o imposto de renda come-cotas e as salgadas taxas de administração. Porém, para um investidor conservador que não tenha tempo nem interesse em estudar o mercado financeiro, esse tipo de fundo pode cumprir bem o papel da diversificação da carteira. Existem fundos multimercados mais conservadores, com foco em ativos de renda fixa, e fundos multimercados mais arrojados, com foco em ações, moedas, metais preciosos e derivativos. Caso o investidor opte pelo fundo mais arrojado tendo sido classificado como conservador pela corretora de valores, ele será alertado pela instituição e convidado a responder novamente o questionário de Suitability. Se quiser saber mais a respeito desse questionário, adquira o meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE.      

  Geralmente, os fundos multimercados distribuídos pelos bancos tradicionais tendem a cobrar uma taxa de administração mais alta do que as distribuídas pelas corretoras. Além disso, nas corretoras o investidor tem acesso a um leque mais abrangente de fundos multimercados e uma assessoria especializada para ajuda-lo na escolha do melhor fundo. Em corretoras como a XP e a Rico, o investidor consegue encontrar fundos que atendem os 3 perfis de risco: conservador, moderado e arrojado. Também consegue encontrar fundos que exigem uma aplicação mínima mais baixa, como por exemplo, 500 reais, como também aqueles que exigem uma aplicação mínima mais alta, como por exemplo, 25 mil reais. Também consegue encontrar fundos com as mais variadas estratégias de investimento: apenas ativos de renda fixa, mesclando títulos públicos com crédito privado; ativos de renda fixa com renda variável, mesclando títulos públicos com ações e/ou moedas; ou títulos públicos com uma única classe de renda variável, como por exemplo, metais preciosos.                                             

  Escolher bem um fundo multimercado não é para todos. Requer tempo. Caso não queira gastar o seu precioso tempo, recomendo contratar um profissional do mercado financeiro para auxiliá-lo nessa missão. Caso deseje aprender a investir de forma conservadora e analisar fundos de investimentos, eu posso te ajudar. Entre em contato comigo no Instagram (link no início da página) e saiba como.                   

     

Abraços,

Seja Independente 


terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Não invista em fundo monoação!

 



Olá pessoal,

 

  Neste artigo compartilharei com vocês uma matéria do site Infomoney a respeito dos fundos monoação (ver aqui). Nessa matéria é informado que ainda existem 300 mil investidores brasileiros aplicando em fundos monoação distribuídos pelos bancos tradicionais e que cobram taxas de administração de até 3%. Se você é cotista de algum desses fundos, sinto muito lhe dizer, mas você está jogando o seu suado dinheiro pelo ralo. Vou explicar para vocês.                                                                  

  Por mais que você seja um investidor conservador que não se interessa em aprender a investir por conta própria, é primordial que você saiba pelo menos o básico para não ser uma presa fácil para o seu gerente do banco ou para o seu assessor de investimentos da corretora (conflito de interesses). Já falei um pouco sobre isso em vários artigos do blog. Um dos produtos mais bizarros distribuídos pelos bancos tradicionais são os fundos monoação, pois eles investem exclusivamente em uma única ação e cobram uma taxa de administração exorbitante para fazer algo que você poderia fazer através do home broker da corretora sem maiores problemas. Mas se você ainda não se sente à vontade para comprar uma ação diretamente na bolsa de valores, você tem outras opções bem melhores do que os fundos monoação, como por exemplo, os fundos de ações distribuídos nas corretoras independentes e os ETF (Exchange Traded Fund) disponíveis na [B³]. Eu, particularmente, prefiro os ETF (já falei sobre eles em vários artigos e no meu e-book Aprenda a Investir e SEJA INDEPENDENTE).                                      

  Fazendo uma analogia, é como se investir em um fundo monoação fosse consumir uma sopa enlatada de apenas um sabor cheia de conservantes (como aquela feijoada de calabresa enlatada) e investir em uma ação diretamente na bolsa fosse consumir uma sopa com ingredientes in natura, preparada na hora. Investir em um fundo de ações ou em um ETF é como se fosse consumir uma sopa com ingredientes industrializados (o ETF seria preparado com ingredientes sem glúten, sem lactose e sem conservantes). Talvez eu não seja muito bom em fazer analogias, mas foi a melhor que eu consegui para ilustrar o que é um fundo monoação e a diferença entre ela e as demais opções.                

  Vocês devem ter notado que o título deste artigo é diferente dos demais. Afinal, começar com um verbo no imperativo precedido de um “não” tem um efeito negativo muito forte na mente das pessoas. Mas o propósito é esse mesmo. É totalmente esdrúxulo e sem sentido que ainda existam pessoas aplicando dinheiro nesse tipo de produto. Ele é uma verdadeira porcaria. Fujam dele o quanto antes!             

 

     

Abraços,

Seja Independente 


sábado, 5 de dezembro de 2020

Cuidado com o conflito de interesses!

 



Olá pessoal,

 

  Vocês devem concordar comigo que o surgimento de influenciadores digitais na área de finanças e investimentos aumentou assustadoramente nos últimos anos, não é mesmo? Isso é um movimento a ser comemorado e apoiado, sem dúvida. Afinal, precisamos de educação financeira urgentemente. Porém, como nada nesse mundo é perfeito, existem vieses por trás dos conteúdos transmitidos pelos influenciadores a serem considerados pelos investidores. Trata-se do viés de conflito de interesses. Esse viés existe em todas as categorias profissionais, pois no sistema capitalista as pessoas são movidas por interesses financeiros e não há nenhum problema em relação a isso. O problema está na incapacidade das pessoas reconhecerem o surgimento do conflito. Vou explicar o que está acontecendo.                                                              

  No meu ponto de vista, percebo que muitos influenciadores digitais lidam constantemente com o conflito de interesses na prestação dos serviços aos clientes, pois muitos deles são patrocinados por diversas instituições financeiras, principalmente corretoras de valores mobiliários, cujo faturamento provém majoritariamente de ativos que não atendem o perfil de risco e os objetivos dos investidores. Vejo-os ensinando o público leigo a formar uma carteira de investimentos padronizada, sem levar em conta o perfil individual de cada um. Eles incentivam investimentos em opções de ações, em criptomoedas, em metais preciosos, enfim, em ativos que possuem uma volatilidade acima da média, justificando que os mesmos são necessários para uma boa diversificação de carteira na medida em que aumentam a descorrelação de ativos, diminuindo dessa forma o risco total da carteira. Acontece, meu caro leitor, que nem todo investidor terá o perfil de risco necessário para aprender a gerenciar esses ativos dentro da carteira.                                 

  Você deve compreender que não existe a melhor carteira de investimentos conforme eu havia explicado nesse artigo aqui. Uma carteira pode ser formada de diferentes formas para alcançar objetivos. Eu, por exemplo, não gosto de investir nos ativos citados anteriormente. Acho as opções de ações muito arriscadas, pois são especulativas e complexas, além de gerarem maiores comissões para as corretoras. As criptomoedas (bitcoin) ainda não se provaram no tempo, são muito voláteis e ainda carecem de regulamentação. Nas poucas vezes que investi em bitcoin, não tive bons resultados. Já os metais preciosos (ouro), apesar de terem se provado no tempo, também são muito voláteis e possuem altas taxas de custódia. Mesmo assim, considero a reserva de valor mais amigável. O ETF de ouro é uma boa opção (no mercado norte-americano existem várias opções). Além desses 3 exemplos, existem vários outros ativos que eu poderia citar, mas foquei apenas nesses por serem mais propagados pelos influenciadores.            

  Se você tem um perfil mais agressivo e se dispõe a aprender sobre estratégias com opções de ações, exchanges confiáveis para investir em criptomoedas e as diversas formas de investir em metais preciosos, vá em frente. Caso contrário, tenha muita cautela antes de dar qualquer passo. Independente do seu perfil, saiba reconhecer o surgimento de conflitos de interesses que possam impactar a sua carteira futuramente. A melhor forma de se capacitar para tal é adquirindo conhecimento de forma autônoma, preferencialmente através da leitura de livros e artigos (leia esse artigo aqui). Receio, meu caro leitor, que por mais conservador que você seja, você terá que adquirir algum conhecimento.          

            

Abraços,

Seja Independente 


quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Investidor Mirim

 


Olá pessoal,

 

  Não sei se vocês estão por dentro do assunto, mas vocês sabiam que está havendo um boom de contas abertas na Bolsa de Valores de São Paulo [B³] por investidores mirins? Segundo essa matéria da Revista Istoé Dinheiro, o total de investidores de até 18 anos nas corretoras do grupo XP saltou 370% nos últimos 2 anos. E nos 12 meses encerrados em setembro, o número de contas de pessoas de até 15 anos na [B³] mais do que dobrou, passando de 12 mil. Esses dados por si só já mostram uma mudança relevante na nova geração que está se formando no nosso país. Uma geração mais educada financeiramente, e que sabe gerenciar riscos e analisar ativos individualmente no mercado financeiro.                                                      

  Há 2 décadas atrás, quando eu era adolescente, não costumávamos ler esse tipo de notícia. Pelo contrário, era muito comum lermos matérias sobre o consumismo desenfreado por parte das pessoas da minha idade naquela época. Aliás, vale ressaltar que naquele período o Brasil ainda mantinha uma taxa Selic muito alta, incentivando as pessoas a aplicarem o dinheiro na renda fixa do banco tradicional, que se resumia praticamente à caderneta de poupança, ao CDB e aos fundos de investimentos de renda fixa com taxa de administração exorbitante. A Bolsa de Valores se resumia a poucas empresas listadas e pouquíssimos investidores individuais (especuladores em sua maioria). Ainda era um ambiente hostil, guardando resquícios da época do pregão viva-voz e da hiperinflação.                     

  Mas para a nossa felicidade, o ambiente de bolsa vem mudando positivamente nos últimos anos. A relativa estabilidade monetária, apesar da estabilidade fiscal estar sendo ameaçada agora, permitiu um amadurecimento do mercado de capitais brasileiro, com a entrada de mais empresas, maior comprometimento com a governança corporativa e maior amplitude de salvaguardas internas para combater eventuais fraudes, contando com o apoio institucional da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Podemos destacar também o surgimento de uma onda de educação financeira promovida por influenciadores digitais na internet, principalmente via Youtube. Inclusive alguns investidores mirins, como mostrado na matéria da Istoé Dinheiro, estão promovendo a disseminação da educação financeira através de canal próprio no Youtube. É muito importante que eles tenham essa iniciativa.                   

  É primordial a atitude dos pais em cultivar o hábito de poupar e investir o suado dinheiro nas crianças ainda cedo. A partir dos primeiros anos de vida os pais já podem ensinar o filho a poupar e investir de uma forma mais lúdica, recorrendo a ferramentas como moedas, cédulas, cofres em formato de porquinho e jogos educativos, como Banco Imobiliário (joguei muito na minha infância). A personalidade do indivíduo é formada ainda na primeira infância e os hábitos que ele adquire nessa fase tende a ser cultivado de forma exponencial ao longo da vida.

  O nosso país precisa muito de uma geração de jovens educados financeiramente, que poupam, investem e disseminam o seu conhecimento para o restante da sociedade. Nenhum país na história da humanidade se desenvolveu sem uma poupança interna robusta que alavancasse o seu crescimento. Se você tem filho(a) pequeno(a) e leu esse artigo, reflita a respeito. Ele(a) e o Brasil irão lhe agradecer eternamente!

      

             

Abraços,

Seja Independente 


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A hiperinflação da década de 80 pode voltar?

 



Olá pessoal,

 

  Acredito que muitos de vocês já devem estar preocupados com a volta da hiperinflação no nosso país. Afinal, os preços de alguns bens e serviços subiram absurdamente nos últimos meses, como foram os casos de alguns alimentos e materiais de construção. Vimos recentemente a criação de uma nota de R$200,00 (leia esse artigo), que por sinal já sairá de circulação em breve. E para completar o Governo Federal prorrogou o auxílio emergencial até o final do ano, e caso a 2º onda da pandemia aconteça (fato que já está ocorrendo segundo algumas fontes), esse auxílio será estendido pelo Governo no ano que vem. Mas não nos desesperemos. Vamos analisar os fatos.                                       

  Conforme eu havia explicado nesse artigo, o grande problema do Brasil hoje é a dificuldade de rolar a dívida pública no curtíssimo prazo. Caso o Governo não consiga tirar dinheiro de alguma fonte de recursos para quitar as dívidas que vencem agora no início de 2021, ele terá que imprimir dinheiro para puder quitar. E é aí que mora o problema. Quanto mais dinheiro despejado na praça sem um respectivo aumento no lado da oferta de bens e serviços, maior será a inflação. Esse cenário seria o início de um movimento hiperinflacionário. E se formos levar em consideração o cenário externo, que pode ser deteriorar ainda mais, esse movimento pode ser acelerado no curto prazo.             

  Mas não sejamos tão pessimistas. Eu, particularmente, acredito que a classe política brasileira sentiu bastante na pele num passado recente o que é domar um dragão hiperinflacionário e enfrentar todas as consequências decorrentes dessa espiral perversa que corrói o poder de compra do cidadão como se fosse uma formiga arrancando pedaços da cédula até reduzi-la a nada. Os resultados foram inúmeros, desde crises de desabastecimento até dificuldades enormes de precificar os bens e serviços. Foi uma época traumática para todos os brasileiros, principalmente para aqueles que já eram pais de família. Sendo assim, a classe política tomará as medidas necessárias para que isso não volte a se repetir no nosso país. Mas não no curto prazo. Eles não são bobinhos. Sabem que isso beneficiará o governo atual e todos os seus congressistas apoiadores. Eles farão as mudanças paulatinamente, mesmo que o circo comece a pegar fogo. Já fizeram a Reforma da Previdência no ano passado. No ano que vem, podem fazer a Reforma Administrativa e algumas menos importantes. No último ano de mandato do atual presidente, podem fazer a Reforma Tributária e as derradeiras menos importantes, mas promulgando todas elas aos 45 minutos do segundo tempo, para que os efeitos positivos não sejam sentidos ainda no corrente ano. Privatizações? Tenho sérias dúvidas se farão alguma que seja relevante. Talvez privatizem os Correios até o último ano de mandato, na melhor das hipóteses. Lembrem-se que as estatais são fontes de recursos públicos para a manutenção dos conchavos entre eles.

  A mensagem que eu gostaria de transmitir a vocês neste artigo é a seguinte: independente da hiperinflação voltar ou não, estejam preparados. Diversifiquem geograficamente a carteira de vocês, acumulem algumas reservas de valores e procurem aumentar os rendimentos para aumentar, consequentemente, os aportes. A primeira lição a ser aprendida ao adquirir educação financeira é a de que você deve trilhar o seu caminho rumo à independência financeira por conta própria, sem esperar mudanças positivas a serem realizadas por qualquer governo. O que vier é lucro. Se vier...  

 

               

Abraços,

Seja Independente


domingo, 29 de novembro de 2020

Vai empreender? Saiba disso antes!

 



Olá pessoal,

 

  Hoje eu falarei sobre uma matéria publicada no site Infomoney (ler matéria aqui) que eu achei muito bacana e decidi compartilhar com vocês leitores do meu blog. O título da matéria diz: “Para empreender, educação financeira é mais importante do que você imagina”. Essa matéria corrobora o que eu venho pregando aqui para todos os empreendedores brasileiros: o conhecimento, incluindo a educação financeira, é essencial para o sucesso de qualquer empreendedor. Não basta você ter criatividade e disciplina se você não tem o conhecimento necessário para administrar o seu negócio. Se você quiser saber um pouco mais a respeito, leia (artigo 1), (artigo 2) e (artigo 3).                                                   

  Se você decidiu empreender, você deve entender o seguinte: não basta apenas ter o conhecimento específico do setor de atuação da sua empresa. Você deve adquirir educação financeira para administrar o seu negócio. Muitos empreendedores, por sinal excelentes, quebram nos primeiros anos por não saberem gerenciar o caixa da empresa. Não separam o dinheiro pessoa física do dinheiro pessoa jurídica (erro clássico), não formam uma reserva de emergência para a empresa, não estabelecem metas financeiras, não sabem dimensionar corretamente a retirada de pró-labore mensal e não sabem escolher a melhor linha de crédito para a empresa. Na minha opinião, esses são os erros mais comuns que eu vejo no meio empresarial.                   

  Compreenda que você deve ser educado financeiramente na pessoa física para aplicar todo o seu conhecimento financeiro também na pessoa jurídica. O conhecimento precede qualquer iniciativa de negócios, seja através de uma empresa, seja através de uma carteira de investimentos. Lembre-se que uma empresa, apesar de demandar muito tempo por parte dos proprietários, também pode ser considerado um investimento na medida em que rentabiliza os recursos integralizados pelos sócios no momento da abertura do CNPJ. Aliás, um negócio próprio é o investimento mais arriscado que pode existir, bem mais do que o mercado financeiro. Se para construir um patrimônio no mercado você deve possuir educação financeira, avalie construir um patrimônio no meio empresarial. A sua educação financeira precisa ser dobrada.                

  O nosso país precisa de gente empreendedora, que não tem medo de se arriscar e deseja deixar um legado. Mas não confunda persistência com teimosia. Apenas trabalho não é suficiente. O estudo aliado ao trabalho é que vai fazer a diferença no longo prazo! 

             

Abraços,

Seja Independente