sábado, 29 de junho de 2019

Livro O Poder do Subconsciente, do autor Dr. Joseph Murphy




Olá pessoal,

  Hoje irei falar sobre esse livro muito interessante, chamado O Poder do Subconsciente, do autor Joseph Murphy, considerado um dos livros mais populares de auto-ajuda já escritos. Mas aí você pode se perguntar o que tem a ver um livro de auto-ajuda com os meus investimentos, e eu te respondo: muita coisa a ver. Vou explicar trazendo aqui alguns trechos do livro.
  No capítulo 3 “O poder milagroso de seu subconsciente”, ele afirma o seguinte: Em toda natureza você vai encontrar a lei da ação e reação, de repouso e movimento. As duas têm que se contrabalançar, e, quando isso ocorre, há harmonia e equilíbrio. Você está aqui para deixar que o princípio da vida flua rítmica e harmoniosamente em sua pessoa. O que entra e o que sai devem ser iguais. Gravação e impressão devem ser idênticas. Toda sua frustração tem por origem desejos insatisfeitos. O que ele quer dizer? Se você, investidor, ainda possui crenças, valores e conceitos em relação a dinheiro e prosperidade que te condicionam a permanecer na pobreza ou endividado, de nada vai adiantar formatar uma carteira de investimentos. Nem comece. Se você ainda pensa que todo rico é ganancioso, que dinheiro é a raiz de todo o mal, que “avareza” (termo pejorativo para frugalidade) é pecado e que o normal é gastar mais do que o que ganha e não o contrário, sinto muito lhe dizer, mas você nunca será rico, próspero ou independente financeiramente. Se você investe para ter um “complemento” na sua aposentadoria para te ajudar a pagar as contas, mas ainda possui essas crenças limitantes, você não conseguirá atingir nem esse objetivo, porque com o tempo você não dará a devida importância e perderá o foco e a disciplina. E por quê? Porque vontade é tudo. O segredo do sucesso está dentro de você, na sua mente, e não fora. Portanto, não vá nessa onda da igreja apostólica romana que prega “é mais fácil um camelo passar por uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. O dinheiro não é a raiz de todas as mazelas, mas sim as atitudes dos “ricos” mesquinhos e gananciosos. Você pode fazer coisas maravilhosas com o dinheiro e até se tornar uma pessoa melhor do que era antes. Você pode até desejar apenas se tornar independente financeiramente, ou até mesmo não investir por não gostar, mas ganhar dinheiro somente trabalhando. Ainda assim, se tiver as crenças limitantes, continuará “escravo” do dinheiro.
  No capítulo 9 “Como usar o poder de seu subconsciente para adquirir riqueza”, ele fala sobre a inveja: É devastador abrigar pensamentos de inveja, porque o fato coloca-o em uma posição negativa. E por isso mesmo a riqueza corre para longe e não para perto de você. Se você fica aborrecido ou irritado com a prosperidade ou a riqueza de outra pessoa, diga imediatamente que lhe deseja a maior riqueza possível. Dessa maneira, você neutralizará os pensamentos negativos e fará com que a riqueza flua em sua direção, de acordo com a lei do subconsciente. Esse trecho, em minha opinião, é o que explica o principal obstáculo para o investidor, a lacuna comportamental, que é a necessidade de comparar a sua grama com a grama do vizinho. A grama do vizinho sempre é mais verde, não é verdade? Essa necessidade é o que faz o investidor ter pressa para alcançar o seu objetivo, aumentando demasiadamente o risco da carteira ou assumindo uma posição ativa que não é sua, pois não foi talhado para tal. E também é o que faz qualquer pessoa desaforar o dinheiro, numa busca incessante em mostrar ao vizinho que é mais rico, mesmo que para isso tenha que se endividar. Não existe ditado mais certo do que esse, “dinheiro não leva desaforo para casa”. E a maioria das pessoas somente percebe isso a duras penas, infelizmente.   
  Também merecem uma menção honrosa os capítulos 10 “Seu direito de ser rico” e 11 “A mente subconsciente como sócia em seu sucesso”. Neles você encontrará vários trechos que corroboram os trechos anteriormente citados, talvez sendo os capítulos mais importantes para o investidor. Já no capítulo 12 “Como cientistas usam a mente subconsciente”, o autor afirma: Ao buscar orientação, você simplesmente pensa na ação correta. Isso significa que usa a inteligência infinita existente na mente subconsciente a um ponto em que ela começa a agir por seu intermédio. Desse instante em diante, seu curso de ação é dirigido e controlado pela sabedoria interior residente em você, que tudo sabe e é onipotente. Suas decisões serão corretas. Só poderá haver ação correta porque você está sob uma compulsão subjetiva para fazer a coisa certa. Uso a palavra compulsão porque a lei do subconsciente é compulsória. Apesar de nesse capítulo o autor do livro focar no uso da mente subconsciente pelos cientistas, esse trecho vale também para os investidores, no momento em que ele fala de compulsão, não no sentido mais pejorativo do termo, quando nos referimos à compulsão por comida, drogas, compras, mas sim no sentido de ter uma paixão por algo construtivo, como pesquisar e investir. Quanto mais o investidor for apaixonado pelo universo dos investimentos, mais sucesso ele obterá. Se o investidor puder ler, ouvir ou assistir qualquer assunto relacionado a investimento todo santo dia, durante vários minutos espaçados ao longo do dia, mais preparado e bem talhado ele ficará para ter sucesso nessa empreitada.
  Mas a mensagem mais importante transmitida pelo livro é nunca perder a fé naquilo em que você acredita. Investir, como qualquer outra coisa na vida, também é um ato de fé. Aliás, dizem os sábios que viver já é um ato de coragem. Então faça valer a pena, tenha coragem para se arriscar e construir o teu legado, a tua obra, aquilo para o qual você nasceu!

Abraços,
Seja Independente



sábado, 22 de junho de 2019

Tutorial para iniciantes


Olá pessoal,

  Hoje irei fazer uma espécie de tutorial para iniciantes, mas não aqueles iniciantes que já estão começando a investir em renda variável, mas sim aqueles que estão saindo das dívidas, criando o hábito de poupar uma parte da renda mensal, mas ainda não tem ideia de como começar. Lembrando que o investidor iniciante não precisa necessariamente seguir à risca esse tutorial. Ele é apenas uma forma de começar a se educar financeiramente para que assim o iniciante se sinta mais a vontade para avançar nos investimentos.
  Apenas lembrando que já escrevi um artigo aqui no blog intitulado “Conhecimento, o maior investimento de todos!”, publicado em agosto de 2018 (confiram), onde eu mostrei algumas dicas para os investidores, como uma espécie de tutorial. Mas não sei se aqueles iniciantes que não tem a mínima ideia de como começar, sem uma certa bagagem de educação financeira, conseguiram entender o conteúdo de alguns canais na internet. Portanto, neste artigo vou procurar focar mais naqueles canais para quem está no básico do básico. Conforme falei nesse artigo publicado em agosto de 2018, o site Clube dos Poupadores é o melhor conteúdo que eu já encontrei na internet para quem está iniciando. Aconselho a ler diariamente pelo menos um artigo do site, começando pelo assunto Educação Financeira. Com o tempo pode ir avançando na leitura de artigos sobre assuntos mais “complexos”. É importante que o iniciante tire as lições após a leitura de cada artigo, podendo até registrar em um arquivo no computador ou em uma agenda ou caderno de anotações, e aplique-as na sua vida. O autor do site, Leandro Ávila, sempre se mostrou muito prestativo e atencioso com os seus leitores, respondendo dúvidas, seja através de e-mail ou através de comentários nos artigos. O site é gratuito, você não paga nada para ter acesso aos artigos de excelente qualidade. Leandro também escreve livros e os vende no seu site a preços acessíveis. Portanto, procurem explorar ao máximo esse projeto de vida do grande Leandro Ávila (sou fã dele). Para quem quer ter mais de uma referência, pode também ler alguns livros, como os do Gustavo Cerbasi, apesar de não considera-lo um educador financeiro, mas sim um consultor financeiro (crítica pessoal). Portanto, o iniciante só terá condições de “filtrar” algumas informações contidas nos livros de Cerbasi após adquirir referências com o Clube dos Poupadores. Outra sugestão de autor de livros seria Natália Arcuri, que já tem uma pegada bem mais informal, mas tem um conteúdo de excelente qualidade. Confesso que nunca li um livro dela, mas a minha mãe está lendo o livro Me Poupe e está gostando muito. Considero-a uma educadora financeira assim como o Leandro Ávila, mas não do mesmo quilate. Após a leitura e compreensão dos conteúdos de todos esses canais, ou seja, quando o iniciante já tiver um pouco de educação financeira, sugiro ler o livro Pai Rico Pai Pobre, do autor norte-americano Robert Kiyosaki. Já falei também desse livro, tanto nesse mesmo artigo como em um artigo específico sobre ele publicado logo em seguida, em agosto de 2018 (confiram). É um livro que dispensa maiores comentários, sendo de suma importância para a educação financeira do investidor. Ele derruba crenças, valores e conceitos sobre dinheiro e trabalho que são arraigados desde a nossa infância, transformando toda uma vida.



  Eu poderia continuar falando aqui sobre vários outros sites, livros e cursos sobre investimentos, mas ficaria muito cansativo. Meu objetivo neste artigo é fornecer uma diretriz, um norte, um caminho, para que o iniciante possa obter êxito na sua caminhada e não cometer os mesmos erros que eu cometi ao longo da minha ainda curta caminhada.

Abraços,
Seja Independente

quinta-feira, 20 de junho de 2019

A dificuldade do investidor empreendedor


Olá pessoal,

  Hoje irei fazer uma breve continuação do artigo “Que tipo de investidor você é?”, publicado no início desse mês. E irei adotar a mesma estratégia: tomando como ponto central mais alguns trechos do livro O Investidor Inteligente (gosto muito desse livro), com o intuito de estimular a leitura dele pelos investidores iniciantes e reforçar a ideia que tentei transmitir neste outro artigo.
  No artigo eu falei sobre as dificuldades do investidor empreendedor, dando o exemplo das limitações dos gestores de fundos de investimentos. Pois bem, vou tomar essa ideia como ponto de partida. No capítulo 15 do livro, intitulado “A escolha de ações para o investidor empreendedor”, entre as páginas 417 a 419, o autor é muito feliz em alguns trechos ao tentar explicar as dificuldades enfrentadas pelos analistas e gestores de fundos. Vamos ao primeiro trecho: Com muita frequência, lembramos a analogia entre o trabalho da multidão de analistas de títulos em Wall Street e o desempenho dos jogadores de bridge mestres em um torneio de bridge duplicado. Os primeiros tentam escolher as ações com “mais probabilidade de sucesso”; os últimos, obter os pontos máximos em cada mão jogada. Apenas poucos podem realizar ambos os objetivos. Na medida em que todos os jogadores de bridge têm um nível similar de perícia, os vencedores podem ser determinados por acasos de vários tipos, em vez de pela capacidade superior. Apesar de o autor ser norte-americano e citar “Wall Street”, essa verdade dita por ele serve para qualquer lugar do mundo. Outro trecho bem interessante: Os leitores deste livro, por mais inteligentes e conhecedores que sejam, dificilmente poderiam esperar fazer um trabalho melhor de seleção de carteira do que os melhores analistas do país. No entanto, se é verdade que um segmento razoavelmente grande do mercado acionário é muitas vezes discriminado ou inteiramente desprezado pelas seleções analíticas usuais, então o investidor inteligente pode ter condições para lucrar com as subvalorizações daí resultantes. Porém, para fazer isso, ele precisa seguir métodos específicos que não são geralmente aceitos  em Wall Street, uma vez que os métodos lá aceitos não parecem produzir os resultados que todos gostariam de obter. O que autor quis dizer aqui foi o seguinte: se você não faz parte do seleto grupo dos melhores analistas do país, mas se garante ao selecionar determinados ativos, deve ter em mente que possui conhecimento suficiente para ter plena segurança do que está fazendo e também personalidade suficiente para seguir em frente sem se importar com as opiniões do “Senhor Mercado”.
  Enfim, não estou aqui querendo insinuar que os investidores empreendedores sempre irão perder para o “resto do mercado” ao tentar bater o seu benchmarking. Apenas insisto em afirmar que para se tornar um investidor empreendedor ganhador, se requer tempo, e até lá o investidor defensivo pode ter uma performance superior dentro daquele determinado período, pois lembrem-se que os fatores mais importantes no processo de construção de riqueza é o valor aplicado e o tempo, e não a rentabilidade.

Abraços,
Seja Independente


sábado, 15 de junho de 2019

Marcação a mercado e a miragem da renda fixa


Olá pessoal,

  Hoje irei escrever sobre um assunto que vejo muito em alguns canais no youtube que talvez confunda a cabeça daqueles que estão iniciando agora e precisa ser esclarecido. Trata-se da marcação a mercado dos títulos de renda fixa e a miragem gerada por esses ganhos de curto prazo. Quem é mais conservador, mas ainda está dando os primeiros passos, se ilude facilmente com esse tipo de informação. Vou explicar por que isso acontece.
  Marcação a mercado é a atualização diária do preço de um ativo de renda fixa ou cota de um fundo de investimento. Essa marcação permite ao investidor saber quanto receberia hoje se vendesse aquele título ou aquela cota. Sendo assim, caso o investidor tenha adquirido um título público IPCA + 7% com vencimento em 2035 no ano de 2015, no auge da crise do governo de Dilma Roussef, cuja taxa Selic atingiu o pico de 12,25%, e ele resolvesse resgatá-lo hoje, onde esse mesmo título está precificado em IPCA + 3,5%, esse investidor poderia ter uma rentabilidade de IPCA + 20% ou 30% ou até mesmo 40%. Percebam que se trata de uma rentabilidade digna de renda variável. Diante desse quadro, o conservador tira conclusões apressadas e investe 100% do seu patrimônio em renda fixa. Mas vamos analisar os fatos. Esse tipo de ganho na renda fixa acontece apenas no Brasil e em outros poucos países, como a Rússia, onde os juros reais são os maiores do mundo. Mas se formos fazer uma retrospectiva dos juros reais no Brasil de 20 anos para trás, perceberemos que esses juros estão diminuindo e a tendência é diminuir mais ainda. Basta acompanhar a queda da taxa Selic ao longo de todo esse tempo. Então, consequentemente, essas oportunidades de ganho com a marcação a mercado da renda fixa se tornarão mais raras com o passar do tempo. Talvez essa oportunidade gerada pelo governo de Dilma Roussef seja a última. E vamos ser francos aqui, para obter ganhos desse tipo o investidor conservador também precisa estudar um pouco de Economia, saber as perspectivas da taxa de juros, saber escolher os títulos públicos adequados para os seus objetivos, saber calcular o impacto da variação da taxa na rentabilidade do título de acordo com os respectivos vencimento e rentabilidade contratados, etc. Então, se for estudar mesmo, que estude para obter ganhos muito maiores na renda variável.
  Além disso, existe outro detalhe da renda fixa que os conservadores não se atentam e até já comentei sobre isso em um dos meus primeiros artigos aqui no blog, intitulado “Renda Fixa e a Inflação”, publicado em Julho de 2018 (confiram). O IPCA e outros índices inflacionários divulgados pelo IBGE e outras instituições, além de poderem ser “maquiados”, eles também podem não representar a real inflação da maior parte das famílias brasileiras. Isso acontece porque esses índices “oficiais” divulgados na imprensa são meramente percentuais médios de uma cesta de bens e serviços, levando em consideração várias famílias de diferentes classes sociais e de diferentes regiões. Por mais que as instituições de censo se esforcem na coleta dos dados amostrais, o desvio-padrão “real” desses índices pode ser muito maior do que o divulgado. Se a sua família tem uma renda de alto padrão, tem filhos em escolas particulares, tem plano de saúde para toda a família, tem carro importado que bebe muita gasolina ou diesel, costuma viajar para o exterior todo ano e tem mais de um imóvel, como uma casa de veraneio ou uma sala comercial, e ainda sobra um dinheiro mensalmente para investir TODO na renda fixa, sinto muito dizer, mas você está perdendo poder de compra ao longo do tempo. Então, quando você se surpreender com uma rentabilidade de IPCA + 20 ou 30% em um eventual resgate neste mês, lembre-se que esse IPCA de 3 a 4% ao ano divulgado pelo IBGE desde 2017 talvez não seja o “seu IPCA”. Talvez ele seja de 5 a 15%, por exemplo. E mesmo que você ainda tenha um ganho real, não se iluda, pois esse tipo de ganho não acontece sempre na renda fixa.
    Enfim, não estou aqui querendo desencorajar a investir na renda fixa, mas apenas lembrar que não existe investimento melhor ou pior, apenas investimento com vantagens e desvantagens. O grande segredo é saber filtrar as informações recebidas dos diversos canais de conhecimento e a partir daí ter a sabedoria suficiente para formatar uma carteira bem diversificada e ganhadora!

Abraços,
Seja Independente


sábado, 8 de junho de 2019

Que tipo de investidor você é?


Olá pessoal,

  Hoje irei escrever sobre um assunto de suma importância para os investidores e de certa forma envolve esse meu processo de amadurecimento como investidor. Esse amadurecimento vem apenas com o tempo, após muita análise dos aspectos macroeconômicos a nível nacional e internacional, leituras diárias, conversas em grupos de investidores que estão no mesmo processo e outros meios que nos ajudam a melhorar a cada dia.
  E então, que tipo de investidor você é? Eu poderia escrever aqui sobre várias ideias, conceitos e estratégias para responder essa pergunta. Mas eu correria o risco de ser prolixo e deixar o artigo muito extenso e cansativo, e sem transmitir a mensagem final de forma clara e sucinta. Portanto, eu decidi escrever tomando como ponto central um trecho do livro O Investidor Inteligente, e que inclusive eu citei anteriormente num artigo sobre esse mesmo livro intitulado de “Livro O Investidor Inteligente, do autor Benjamin Graham”, em 16 de setembro de 2018 (confiram lá). O trecho diz o seguinte: a política de investimento depende em primeiro lugar de escolher o papel defensivo (passivo) ou o empreendedor (ativo). O ativo deve ter um conhecimento suficiente para justificar encarar suas operações de investimento como equivalentes a um negócio empresarial. Não há espaço nessa filosofia para um meio-termo ou uma série de gradações entre o status passivo e ativo. Conforme eu falei nesse artigo anterior, eu considero esse trecho o mais intrigante do livro, pois o autor coloca “o leitor contra a parede” e o aconselha a tomar uma posição no tocante à sua política de investimentos. Hoje eu concluo que a minha posição é ter um papel defensivo (passivo), e eu vou explicar o motivo. Quem está lendo o artigo e discorda do motivo que irei expor aqui, peço por gentileza que comente no espaço reservado para comentários logo abaixo do artigo, pois isso contribui muito para o enriquecimento do conteúdo abordado e de certa forma irá ajudar no processo de amadurecimento de outros investidores que visitam esse blog.





  No meu entendimento, o investidor empreendedor (ativo) é aquele que já tem vários anos de estudo, na teoria e na prática, várias certificações do mercado financeiro, como CNPI, CPA, CFA, CFP, e o mais importante, já se machucaram muito colocando o conhecimento em prática, tendo prejuízos após análises equivocadas de valores mobiliários, e não apenas com o dinheiro dele, mas com o dinheiro de milhares de outras pessoas, ou seja, é um profissional acostumado a investir até bilhões de reais em diversos investimentos arriscados. É o tipo do investidor que sabe tudo sobre Economia, Contabilidade e Mercado Financeiro. Ele tem uma ideia clara para onde vai a taxa de juros e o dólar, sabe analisar ao nível mais analítico possível todas as demonstrações financeiras, inclusive enxergar problemas encontrados nas entrelinhas das notas explicativas e relatórios de auditoria que podem gerar problemas futuros para os acionistas minoritários, sabe analisar a governança corporativa ao conhecer a estrutura societária (quem são os sócios controladores), os membros do conselho de administração, os membros da diretoria e as políticas de governança implementadas pela empresa, como o compliance, por exemplo. Então, meus caros colegas, não é para qualquer um. Isso demanda muito tempo e dedicação. Para quem está começando agora e já tem uma carreira profissional em outra área que não a dos investimentos, se torna inviável adotar um papel empreendedor.
  Mas é bom lembrar que não há nenhum demérito em assumir o papel defensivo, aliás pode até ser mais vantajoso para o investidor individual, que são a grande maioria quando se fala em investimentos. Digo isso por que o investidor empreendedor, nem todos, mas muitos deles, além de levarem tempo para adquirir conhecimento e experiência, também contam com muita responsabilidade, cobrança e operam com muitas limitações, como é o caso clássico dos gestores de fundos de investimentos. Dependendo da política de investimento do fundo, eles não podem fazer grandes “movimentos”, pois muitos desses fundos, principalmente os abertos, sofrem resgates de seus cotistas, e sendo assim, são obrigados a alocar parte dos recursos aportados em renda fixa de forma a “provisionar” esses resgates, diminuindo consequentemente a performance do fundo. Mas voltando ao ponto central, no livro supracitado, o autor destaca que o investidor defensivo deve alocar metade da carteira em renda fixa e a outra em renda variável. Mas cabe uma ponderação aqui. Não necessariamente essa seja a alocação mais certa, pois isso depende muito do nível de tolerância ao risco do investidor defensivo. O investidor pode alocar de 20 a 40% da carteira em renda fixa e a outra parte em renda variável ser sabiamente diversificada. Na verdade, não existe uma alocação estática ao longo do tempo, ela sempre vai variar de acordo com vários fatores externos e internos.
  Enfim, esse posicionamento no tocante à política de investimentos não vem de uma hora para outra, mas apenas com o passar do tempo. Alguns já assumem um posicionamento logo no início, outros assumem depois de certo tempo, como foi o meu caso. É muito importante enxergar as suas limitações, isso é essencial para quem quer sobreviver e continuar ganhando!

Abraços,
Seja Independente