terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A hiperinflação da década de 80 pode voltar?

 



Olá pessoal,

 

  Acredito que muitos de vocês já devem estar preocupados com a volta da hiperinflação no nosso país. Afinal, os preços de alguns bens e serviços subiram absurdamente nos últimos meses, como foram os casos de alguns alimentos e materiais de construção. Vimos recentemente a criação de uma nota de R$200,00 (leia esse artigo), que por sinal já sairá de circulação em breve. E para completar o Governo Federal prorrogou o auxílio emergencial até o final do ano, e caso a 2º onda da pandemia aconteça (fato que já está ocorrendo segundo algumas fontes), esse auxílio será estendido pelo Governo no ano que vem. Mas não nos desesperemos. Vamos analisar os fatos.                                       

  Conforme eu havia explicado nesse artigo, o grande problema do Brasil hoje é a dificuldade de rolar a dívida pública no curtíssimo prazo. Caso o Governo não consiga tirar dinheiro de alguma fonte de recursos para quitar as dívidas que vencem agora no início de 2021, ele terá que imprimir dinheiro para puder quitar. E é aí que mora o problema. Quanto mais dinheiro despejado na praça sem um respectivo aumento no lado da oferta de bens e serviços, maior será a inflação. Esse cenário seria o início de um movimento hiperinflacionário. E se formos levar em consideração o cenário externo, que pode ser deteriorar ainda mais, esse movimento pode ser acelerado no curto prazo.             

  Mas não sejamos tão pessimistas. Eu, particularmente, acredito que a classe política brasileira sentiu bastante na pele num passado recente o que é domar um dragão hiperinflacionário e enfrentar todas as consequências decorrentes dessa espiral perversa que corrói o poder de compra do cidadão como se fosse uma formiga arrancando pedaços da cédula até reduzi-la a nada. Os resultados foram inúmeros, desde crises de desabastecimento até dificuldades enormes de precificar os bens e serviços. Foi uma época traumática para todos os brasileiros, principalmente para aqueles que já eram pais de família. Sendo assim, a classe política tomará as medidas necessárias para que isso não volte a se repetir no nosso país. Mas não no curto prazo. Eles não são bobinhos. Sabem que isso beneficiará o governo atual e todos os seus congressistas apoiadores. Eles farão as mudanças paulatinamente, mesmo que o circo comece a pegar fogo. Já fizeram a Reforma da Previdência no ano passado. No ano que vem, podem fazer a Reforma Administrativa e algumas menos importantes. No último ano de mandato do atual presidente, podem fazer a Reforma Tributária e as derradeiras menos importantes, mas promulgando todas elas aos 45 minutos do segundo tempo, para que os efeitos positivos não sejam sentidos ainda no corrente ano. Privatizações? Tenho sérias dúvidas se farão alguma que seja relevante. Talvez privatizem os Correios até o último ano de mandato, na melhor das hipóteses. Lembrem-se que as estatais são fontes de recursos públicos para a manutenção dos conchavos entre eles.

  A mensagem que eu gostaria de transmitir a vocês neste artigo é a seguinte: independente da hiperinflação voltar ou não, estejam preparados. Diversifiquem geograficamente a carteira de vocês, acumulem algumas reservas de valores e procurem aumentar os rendimentos para aumentar, consequentemente, os aportes. A primeira lição a ser aprendida ao adquirir educação financeira é a de que você deve trilhar o seu caminho rumo à independência financeira por conta própria, sem esperar mudanças positivas a serem realizadas por qualquer governo. O que vier é lucro. Se vier...  

 

               

Abraços,

Seja Independente


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