Olá
pessoal,
Não sei se vocês estão por dentro do assunto,
mas vocês sabiam que está havendo um boom de contas abertas na Bolsa de Valores
de São Paulo [B³] por investidores mirins? Segundo essa
matéria da Revista Istoé Dinheiro, o total de investidores de até 18 anos
nas corretoras do grupo XP saltou 370% nos últimos 2 anos. E nos 12 meses
encerrados em setembro, o número de contas de pessoas de até 15 anos na [B³]
mais do que dobrou, passando de 12 mil. Esses dados por si só já mostram uma
mudança relevante na nova geração que está se formando no nosso país. Uma
geração mais educada financeiramente, e que sabe gerenciar riscos e analisar
ativos individualmente no mercado financeiro.
Há 2 décadas atrás, quando eu era
adolescente, não costumávamos ler esse tipo de notícia. Pelo contrário, era
muito comum lermos matérias sobre o consumismo desenfreado por parte das
pessoas da minha idade naquela época. Aliás, vale ressaltar que naquele período
o Brasil ainda mantinha uma taxa Selic muito alta, incentivando as pessoas a
aplicarem o dinheiro na renda fixa do banco tradicional, que se resumia
praticamente à caderneta de poupança, ao CDB e aos fundos de investimentos de
renda fixa com taxa de administração exorbitante. A Bolsa de Valores se resumia
a poucas empresas listadas e pouquíssimos investidores individuais
(especuladores em sua maioria). Ainda era um ambiente hostil, guardando
resquícios da época do pregão viva-voz e da hiperinflação.
Mas para a nossa felicidade, o ambiente de
bolsa vem mudando positivamente nos últimos anos. A relativa estabilidade
monetária, apesar da estabilidade fiscal estar sendo ameaçada agora, permitiu
um amadurecimento do mercado de capitais brasileiro, com a entrada de mais
empresas, maior comprometimento com a governança corporativa e maior amplitude
de salvaguardas internas para combater eventuais fraudes, contando com o apoio
institucional da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Podemos destacar também
o surgimento de uma onda de educação financeira promovida por influenciadores
digitais na internet, principalmente via Youtube. Inclusive alguns investidores
mirins, como mostrado na matéria da Istoé Dinheiro, estão promovendo a disseminação
da educação financeira através de canal próprio no Youtube. É muito importante
que eles tenham essa iniciativa.
É primordial a atitude dos pais em cultivar o
hábito de poupar e investir o suado dinheiro nas crianças ainda cedo. A partir
dos primeiros anos de vida os pais já podem ensinar o filho a poupar e investir
de uma forma mais lúdica, recorrendo a ferramentas como moedas, cédulas, cofres
em formato de porquinho e jogos educativos, como Banco Imobiliário (joguei
muito na minha infância). A personalidade do indivíduo é formada ainda na
primeira infância e os hábitos que ele adquire nessa fase tende a ser cultivado
de forma exponencial ao longo da vida.
O nosso país precisa muito de uma geração de
jovens educados financeiramente, que poupam, investem e disseminam o seu
conhecimento para o restante da sociedade. Nenhum país na história da
humanidade se desenvolveu sem uma poupança interna robusta que alavancasse o
seu crescimento. Se você tem filho(a) pequeno(a) e leu esse artigo, reflita a
respeito. Ele(a) e o Brasil irão lhe agradecer eternamente!
Abraços,
Seja Independente
Nenhum comentário:
Postar um comentário