domingo, 16 de setembro de 2018

Livro O Investidor Inteligente, do autor Benjamin Graham





   Olá pessoal,

  Conforme prometido, irei falar um pouco sobre o Livro O Investidor Inteligente, do autor norte-americano Benjamin Graham. Vou explicar aqui o motivo pelo qual o megainvestidor Warren Buffett disse ser esse o melhor livro sobre investimentos que ele já leu.
   Apesar de se tratar de um livro escrito totalmente dentro da realidade norte-americana numa época longínqua que remonta desde o início do século XX (já foram lançadas várias edições ao longo do tempo), podem-se tirar várias lições valiosíssimas dele. Ao longo da leitura do livro, consegui destacar vários trechos tratando de diversos aspectos pertinentes à formatação de uma carteira de investimentos. De uma forma geral, é um livro que procura aconselhar o investidor leigo a ter o máximo de cautela e humildade na formatação da carteira, através de uma alocação adequada em renda fixa e diversificando ao máximo os ativos em renda variável.
   Assim como eu fiz no artigo anterior, vou tentar abordar as lições tiradas do livro sem me alongar muito para que o artigo não fique cansativo. Logo no início do livro, o autor destaca que o objetivo principal do livro será dar conselhos ao leitor sobre áreas de possíveis erros significativos e desenvolver políticas com as quais ele se sinta à vontade. Ele afirma que o principal problema do investidor é ele mesmo, na medida em que esse se expõe a contragosto às emoções e tentações do mercado após comprar ações, sem ter o temperamento necessário para o processo de investimento. Em outro trecho mais adiante, o autor aborda a questão do risco, cujo conceito é com frequência ampliado de forma a ser aplicado a uma eventual queda no preço de um título, muito embora essa queda possa ser de natureza cíclica e passageira e ser improvável que o proprietário seja forçado a vender em tais épocas. Ele afirma que muitas ações envolvem riscos de deterioração, porém um investimento em um conjunto de ações, executado de forma apropriada, não carrega qualquer risco substancial desse tipo e sendo assim não deveria ser tachado de arriscado simplesmente por causa da oscilação de preços. Em outro trecho mais adiante, o autor aborda a questão da política de investimento, onde essa depende em primeiro lugar de escolher o papel defensivo (passivo) ou o empreendedor (ativo). O ativo deve ter um conhecimento suficiente para justificar encarar suas operações de investimento como equivalentes a um negócio empresarial. Não há espaço nessa filosofia para um meio-termo ou uma série de gradações entre o status passivo e ativo. Nesse trecho, que eu considero o mais intrigante do livro, o autor coloca “o leitor contra a parede” e o aconselha a tomar uma posição no tocante à sua política de investimentos, e aconselhando-o a resistir corajosamente à tentação recorrente de aumentar o retorno da carteira ao se desviar por outros caminhos. Em outro trecho já nos últimos capítulos, o autor aborda a questão da diversificação, afirmando que manter seu dinheiro espalhado por muitas ações e setores é o único seguro confiável contra o risco de estar errado e que, além disso, maximiza suas chances de acerto. Nesse trecho, que considero de suma importância, o autor lembra que uma previsão perfeita do futuro não é um dom disponível para a maioria dos investidores e, sendo assim, a diversificação torna o único almoço grátis que o investidor tem à sua disposição. E aqui vale fazer uma ressalva muito importante: quando se fala em diversificação, não se fala apenas em diversificação de ativos, mas de classes de ativos. Tanto na renda variável como na renda fixa, existem as diversas classes de ativos. Na variável, podemos citar além das ações, os fundos imobiliários, cuja volatilidade é bem menor do que as ações e pagam proventos mensais. Sendo assim, eles ajudam a diversificar a carteira de renda variável diluindo o seu risco. Na renda fixa, além dos títulos públicos, existem várias outras classes de ativos, como CDBs, LCIs e debêntures, mas particularmente não aconselho o investidor a diversificar na renda fixa pelo fato dos títulos públicos serem de longe a classe mais segura, pois o único papel da renda fixa é amortecer o risco sistêmico de toda a carteira.
   Existem vários outros trechos valiosos no livro, mas prefiro que o leitor descubra por si próprio. Citei apenas os que eu considero mais importantes. Aconselho o investidor a adquirir o livro após ter lido o livro Pai Rico e Pai Pobre e ter explorado todo o material disponível na internet (ver Meus Favoritos), por se tratar de um livro um pouco mais técnico, apesar de não abordar nenhuma fórmula matemática.
  Espero ter contribuído mais uma vez para a comunidade de investidores e desejo uma excelente leitura a todos. Bons estudos e bons investimentos!

Abraços,
Seja Independente
  
                                                                                                                 

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