Olá
pessoal,
Hoje falarei sobre uma regra que com certeza alguns de vocês já devem
ter ouvido falar. O ato de “se pagar” primeiro assim que o salário cai na conta
é vital para qualquer planejamento financeiro. Você já percebeu que você paga
todo mundo, menos você? Inclusive nesse início de ano você paga os impostos ao
governo, como IPTU e IPVA, sendo que esses são empurrados goela abaixo quando
são cobrados com um desconto de até 30% em alguns casos, e o imposto de renda
após o envio da declaração de ajuste anual. Por que você não se paga com o
mesmo rigor?
Você já parou para pensar nos inúmeros infortúnios que podem nos acometer?
Sempre existirá a possibilidade de você ou algum ente querido ficar inválido,
ficar desempregado, falir um negócio, etc. Isso é fato! Por esses e outros
motivos que você deve começar agora mesmo a se pagar primeiro. Mas isso
significa dizer que você deve poupar e investir de qualquer forma? De jeito
nenhum! Você primeiramente precisa estabelecer metas e conhecer o seu perfil
investidor para que assim possa saber quanto você precisará poupar e investir
todo santo mês. Uma regra de bolso que é essencial em qualquer planejamento
financeiro é ter a disciplina necessária para não deixar de investir
mensalmente, ou seja, você precisa ter regularidade nos aportes mensais.
Quanto maior for a regularidade dos aportes, maior será o efeito dos
juros compostos ao longo da jornada. Esse efeito se torna maior pelo simples
fato de que o tempo é finito para cada ser humano e anda sempre para frente, ou
seja, não há possibilidade de recompor o tempo que foi perdido. A única
possibilidade de compensar é aumentar bastante o valor do aporte após a
retomada, para que assim o investidor possa alcançar a meta desejada. Porém,
sabemos que mudanças e imprevistos sempre acontecem em nossas vidas, nos
forçando muitas vezes a interromper ou diminuir os aportes. Como contornar essa
situação?
Uma estratégia muito utilizada pelos bancos tradicionais que vendem
planos de previdência privada para os seus clientes correntistas é deixar as
contribuições em débito automático, ou seja, debitam a conta do correntista na
data xx de cada mês a crédito do fundo do plano administrado pelo banco. Porém,
os investidores que formatam as suas carteiras previdenciárias em corretoras
independentes não dispõem desse dispositivo. Para isso sugiro transferir os
aportes na data de recebimento do salário, sem inventar desculpas para adiar.
Mas se mesmo assim você não conseguir pelo fato de receber um fixo mensal
pequeno que dá apenas para sobreviver e a maior parte da sua renda vier das
bonificações, sugiro aportar um valor bem pequeno mensalmente e aportar
integralmente todas as suas bonificações.
Caso haja uma grande necessidade de interromper ou diminuir os aportes,
não esmoreça. Assim que a sua situação for normalizada, retorne a aportar, mas
com um valor maior para compensar o tempo perdido. Se isso não for possível,
procure aumentar a sua renda paulatinamente, inclusive buscando fontes
alternativas de renda. Ninguém fará por você o que é necessário para alcançar
as suas metas a não ser você mesmo!
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Abraços,
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