Olá
pessoal,
Quem acompanha aqui o meu blog deve ter lido
um artigo publicado nessa semana onde eu tratei sobre o aumento assustador da
desigualdade social que haverá no futuro (ver
aqui). Um dos fatores que influenciarão nesse aumento que eu destaquei no
artigo é a robotização da mão-de-obra barata. É um fator que também me preocupa
bastante. Vou explicar.
Quem gosta de acompanhar o surgimento de
novas tecnologias e/ou tem o hábito de assistir documentários que tratam sobre
as revoluções tecnológicas que houveram na história do capitalismo, tem pleno
conhecimento do que está acontecendo nas empresas ao redor do mundo. Muitos
empregos já deixaram de existir, muitos deixarão de existir em breve e muitos
empregos novos surgirão num futuro próximo (ver
aqui). Acredito que os países desenvolvidos têm consciência desse problema
e buscarão implementar políticas públicas de educação para preparar os seus
jovens em relação à essa robotização dos postos de trabalho. A minha
preocupação é em relação aos países subdesenvolvidos com ensino público de baixa
qualidade, como o Brasil. Uma preparação bem feita para enfrentar essa
robotização passa necessariamente por uma boa oferta de ensino público, do
básico ao médio/técnico.
Não basta apenas investir mais recursos
públicos na educação. Precisamos aumentar a eficiência e a eficácia das nossas
políticas públicas de ensino, ou seja, conseguir formar profissionais
capacitados para o novo mercado de trabalho otimizando os recursos públicos
investidos. Na minha opinião, deveríamos investir na educação básica (da
pré-escola ao ensino médio/técnico) ao invés de despejar bilhões de reais em
universidades federais, valorizar os nossos professores através de uma política
salarial baseada na meritocracia e implementar políticas públicas de integração
entre as escolas e as famílias dos estudantes ( comunidade). As escolas públicas
devem ter um maior protagonismo na vida das pessoas de uma determinada região,
contribuindo para o seu desenvolvimento socioeconômico.
Confesso que um dos meus setores preferidos
na Bolsa de Valores, não do ponto de vista financeiro, mas do ponto de vista
social, é o setor educacional. As instituições de ensino são os elementos
propulsores do desenvolvimento social de qualquer país. Continuarei investindo
nesse setor aconteça o que acontecer, pois assim eu poderei contribuir para o
desenvolvimento do meu país de uma forma mais concreta. Obviamente que existem
outros setores que cumprem uma função social importante, como o setor de saúde.
Mas não se compara, na minha visão, com o setor educacional. A Cogna (antiga
Kroton) é a maior empresa do setor no Brasil atualmente (já
falei dela nesse artigo aqui) e está investindo fortemente na educação
básica através de empresas que compõe a sua holding, a Saber e a Vasta.
Enfim, a única forma de enfrentar o processo
de robotização no mercado de trabalho e catapultar o desenvolvimento econômico
de um país é investir com qualidade na educação. Investir em infraestrutura, em
abertura de mercados com privatização de estatais, em importação de mão-de-obra
qualificada etc., gera um crescimento econômico de curto e médio prazo. Mas não
gera um crescimento econômico de longo prazo de forma sustentável. Como eu já
falei diversas vezes em outros artigos: pessoas e cultura são a matéria-prima
para o desenvolvimento econômico de um país. Guardem isso por favor!
Abraços,
Seja
Independente
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