Olá pessoal,
Neste artigo falarei sobre as áreas de
conhecimento que o investidor deve dominar para que possa ter sucesso na sua
carreira de investidor. Na verdade esse artigo é um complemento do artigo sobre
o conhecimento, mas um pouco mais analítico, com mais digressões sobre o
assunto, e mais voltado para a parte prática.
Para que um investidor consiga primeiramente
sobreviver ao mercado financeiro para depois obter êxito futuramente, ele deve
estar constantemente informado e explorando o máximo de conteúdo disponível na
internet, nos livros e nos cursos. É importante também que antes de qualquer
coisa o investidor comece investindo pouco dinheiro e formando a sua reserva de
emergência. Assim que for adquirindo conhecimento, o investidor se sentirá mais
seguro para aumentar os aportes mensais.
São várias áreas de conhecimento que o
investidor deve dominar com clareza para que possa ter o discernimento
necessário na hora de investir. Para não ter que citar todas, vou citar as que
eu considero mais importante. O investidor deve entender de Política. Saber o que é Socialismo
(Carl Marx, Lênin, Stálin). Saber o que é Capitalismo. O investidor deve
entender de Geopolítica/História.
Saber os principais acontecimentos do mundo moderno e as respectivas lições
extraídas de cada uma delas (Guerras mundiais I e II, Guerra Fria, Ditaduras ao
redor do mundo). O investidor deve entender de Economia. Saber o que é uma economia de livre mercado (Adam Smith,
David Ricardo, Malthus, Escola Austríaca de Economia), o que é uma economia
intervencionista (John Maynard Keynes). Saber o que foi o padrão ouro. Saber o
que é o padrão papel-moeda. Saber como se origina a inflação. Saber um pouco de
microeconomia (oferta e demanda, demanda inelástica, bens complementares, bens
substitutos). O investidor deve entender pelo menos o básico de Matemática Financeira. Saber o que é
juros compostos e o seu efeito exponencial nos investimentos. Saber calcular o
valor presente de qualquer investimento ou empréstimo. O investidor deve
entender pelo menos o básico de Contabilidade.
Saber distinguir um ativo de um passivo e entender o grande segredo por trás da
fórmula [Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo]. Existem vários outras áreas
importantes, mas prefiro deixar o colega investidor satisfazer a sua
curiosidade por conta própria. O Google e o Youtube existem para isso. São
ótimas ferramentas de estudo e de fácil acesso.
O investidor mais conservador que investe boa
parte do patrimônio em renda fixa (acima de 50%) pode questionar a necessidade
de ter essa formação básica, essa vasta gama de conhecimento, para obter êxito
nos investimentos, já que a renda fixa é “segura” e não traz grandes surpresas
ao longo do tempo. Mas é aí que está o grande X da questão. Dependendo da
inflação acumulada ao longo do período e a qualidade da renda fixa desse
investidor, ao invés de ter êxito ele pode ter um grande prejuízo, sem ele
mesmo saber, pois renda fixa não é a mesma coisa de poder aquisitivo. Para
entender melhor o que estou dizendo, basta ler novamente o meu artigo sobre
‘Renda Fixa e Inflação’. Portanto, é importante que o investidor, por mais
conservador que ele seja, tenha um pouco de conhecimento em cada área,
principalmente em Economia. Querem
ver outro exemplo de como é importante ter conhecimento nessas áreas, como Matemática Financeira, por exemplo? Mesmo
na renda fixa existe um vasto leque de opções de investimento, desde CDB e LCI dos
grandes e pequenos bancos, debêntures de empresas, fundos de investimento em
renda fixa, fundos multimercados, até as opções mais seguras, que são os
títulos do Tesouro Direto. Cada um deles possui uma taxa pré-fixada ou pós-fixada
e um prazo de vencimento, além de outras características importantes, mas vamos
nos ater apenas a essas duas para sermos mais objetivos. Para que o investidor
consiga atingir os seus objetivos financeiros, seja uma aposentadoria, um
imóvel próprio, um veículo próprio, ou uma viagem dos sonhos com a família, o
investidor deve saber usar a fórmula de capitalização por juros compostos para
que possa fazer uma estimativa de quanto vai resgatar líquido de taxas e
impostos no dia do vencimento. Sem contar o trabalho que terá para analisar
outros fatores que também influenciam no montante líquido que será resgatado,
como o rating das instituições
financeiras que vendem os produtos bancários, pois existe a possibilidade de
calote nesse caso, e a taxa de
administração que incide nos fundos de investimento.
Mas caso o investidor conservador não tenha
se convencido dessa necessidade de estudar pelo menos um pouco cada assunto, ou
seja, opte pela ignorância (pelo menos nos investimentos e não na profissão) e
delegue o seu patrimônio a um gestor de um fundo de investimento, seja através de
um banco ou de uma corretora, saiba que os riscos continuarão a existir. Você
terá que confiar num gestor ou numa equipe de gestores que você não conhece,
não sabe se tem competência suficiente, se tem outros interesses além de cuidar
do seu patrimônio (sempre tem), enfim, você pagará caro por um serviço ao longo
de vários anos e não sabe se realmente terá o retorno desejado.
Enfim, espero que o investidor compreenda a
mensagem que tentei trazer nesse artigo e a partir de agora invista mais
consciente. Espero ter contribuído mais uma vez para a comunidade de
investidores. Bons estudos e bons investimentos.
Abraços,
Seja Independente
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