quarta-feira, 1 de maio de 2019

Reforma desidratada e a diversificação!

Olá pessoal,

  Hoje irei escrever com base numa matéria publicada hoje no site Infomoney (ver aqui), onde o deputado Paulinho da Força, líder da Força Sindical, afirma o seguinte: “O que estamos discutindo dentro do Centrão é que precisamos fazer uma reforma que não garanta a reeleição de Bolsonaro”. Particularmente eu acho surreal ler uma notícia dessas em pleno Feriado do Trabalhador, que é o que mais sofre com esse atraso da Reforma. É estarrecedor e uma prova incontestável de que historicamente no nosso país, a classe política sempre se preocupou em 1ª lugar com o poder e não com o povo. Quem lê os meus artigos vai entender que essa notícia corrobora tudo o que eu vinha falando em outros artigos sobre o futuro do Brasil, como “Analisar os fundamentos da economia é muito importante!” e “Não sejamos otimistas demais!”.

Deputado Paulinho da Força

  Para quem acompanha a política brasileira, assim como eu, sabe perfeitamente que o grupo partidário chamado “Centrão” tem extrema relevância para a Reforma da Previdência, pois é um grupo que conta com vários partidos, tendo a maior quantidade de parlamentares dentro do Congresso Nacional. Portanto, se esse grupo resolver adotar essa ideia de desidratar a Reforma a fim de inviabilizar uma eventual reeleição de Bolsonaro ou algum outro candidato ligado a ele, eles vão conseguir. E quem vai perder com isso é o povo brasileiro. Porque na verdade o que eles, parlamentares, estarão fazendo, é adiar por mais alguns anos a derrocada da economia brasileira ou como diz o Ministro Paulo Guedes, adiando a queda do avião com todos a bordo, inclusive com as futuras gerações. Essa Reforma já deveria ter sido feita há vários anos atrás, é tanto que os ex-presidentes petistas Lula e Dilma afirmaram durante os seus respectivos mandatos que seria necessária uma Reforma da Previdência. Pois é, logo eles!
  Diante de tal risco iminente batendo à nossa porta, é necessário que os investidores apertem os cintos e já comecem a calibrar as suas carteiras diversificando em vários ativos diferentes, como eu tenho dito nos artigos anteriores. Os fundos imobiliários, a meu ver, são a principal alternativa para diversificar a carteira de renda variável para quem está começando, pois são menos arriscados e distribuem rendimentos mensalmente, permitindo ao investidor reinvestir nos fundos de forma mais frequente. Não é de se espantar que o brasileiro, historicamente, sempre investiu em imóveis físicos, pois não são ativos arriscados como as ações e na maioria das vezes se valorizam no longo prazo, sem contar a opção de aluga-los para auferir rendimentos mensais. Portanto, sempre foram um porto seguro para os brasileiros que nunca tiveram familiaridade com a Bolsa de Valores e ao mesmo tempo sabiam que nunca poderiam confiar numa estabilidade político-econômica brasileira. Existe ainda uma outra alternativa de diversificação, mas não para aumentar patrimônio e sim para proteger a carteira, que são os fundos cambiais. São ativos muito voláteis e devem ser usados apenas para se proteger de uma eventual crise nacional gigantesca. Esses fundos são como uma reserva de valor local e por isso não devem compor mais do que 1% do valor total da carteira. No caso da renda fixa, mais precisamente os títulos públicos, não há garantia nenhuma de que eles trarão retorno para o investidor em uma eventual derrocada total da economia brasileira, como a que nós vimos na década de 80 e início de 90. Eles têm como funções diminuir o risco sistêmico da carteira e constituir reserva de emergência. Mas não podem proteger o investidor de uma inflação galopante, ou seja, não podem garantir o poder de compra do investidor nesse caso.
  Portanto, meus nobres colegas, não se empolguem tanto com esse novo governo liberal e conservador. O Executivo não governa sozinho e mesmo que governasse não conseguiria arrumar a casa em apenas quatro anos. Não esperem que haja uma mudança abrupta na economia nacional e a bolsa se valorize exponencialmente em tão pouco tempo. A mudança é lenta e gradual. Enquanto isso, vamos estudando muito e lendo sobre vários assuntos concernentes aos investimentos todo dia, para que possamos obter êxito no final dessa maratona, olhar para trás e dizer: “valeu a pena”.

Grande abraço a todos,
Seja Independente

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